Crenças como "Sou fraco, incompetente, inadequado ou não sou estimável" formadas ao longo de sua história repercutem negativamente sobre seu auto conceito e influenciam de modo catastrófico na realização de suas metas. Diante de quaisquer situações que você não tenha cem por cento da certeza de que você é perfeito e o sucesso está quase garantido elas ativarão todas as suas incertezas contribuindo para que você se esquive e busque a proteção no conforto imediato.
É preciso que você perceba quando estas crenças se apresentam e tenha condições de advogar a favor de sua saúde, questionando a validade delas.
É preciso defender-se das próprias crenças, quando aparecem reveladas ou em forma de pans.
A terapia cognitiva na busca da reestruturação de crenças propõe aos pacientes que desafiem seus pans e suas crenças com empatia, determinação, segurança, persistência e sensibilidade.
Por exemplo: um paciente com TOC, sofrerá diante da possibilidade de ser visto como responsável pela morte de um ente querido. Ou seja, a idéia de ver-se ou ser visto como uma pessoa inadequada leva-o a desenvolver formas de neutralizar essa consequência através de suas esquivas ou neutralizações.
Ele desenvolve meios para evitar algo que ele não é (irresponsável e inadequado) e cada vez mais age com receio de que suas defesas não sejam suficientes, crendo que um dia falhará e será mesmo o inadequado que tanto evitou se tornar.
O que aconteceria se ele ao invés de envolver em planos de defesas, antes identificasse e avaliasse seus pensamentos e crenças sobre ele mesmo? Agisse relevando os aspectos positivos de sua história comprovando que não é imperfeito, mas apenas uma pessoa normal que tem erros e acertos, as vezes contribuindo para a saúde do outro, mas sem poder para garantir a imortalidade de quem ama.
Compreendendo que o fato de não ter poder para garantir a vida dos outros não significa que tenha um defeito de caráter, que seja inadequado e não se importe com as pessoas.
Podemos nos importar e cuidar do outro, mas sem imortalizá-lo.
Na medida em que nos acusamos ou nos cobramos, dvemos ter uma visão integrativa a nosso respeito, não aceitando débitos que não oram comprovados. Cabe ao acusador primeiro nos dar provas concretas sobre sua acusação e cobrança e depois ouvir as provas positivas que desconsiderou. Se devemos, pagamos, mas jamais pagar sem dever!
Busquemos no Direito um pouco de sabedoria para melhor compreendermos do que se trata a "legítima defesa":
- "A legitimidade da defesa se configura com os seguintes pressupostos básicos: obstar a ação danosa na mesma intensidade, na mesma medida, se possível com os mesmo recursos, privilegiando a preservação da vida como um bem maior, e dentro do espaço de tempo no qual a agressão ou ofensa esteja ocorrendo. Este último para evitar as denominadas vinganças pessoais. O nosso Código Penal traz nos seus artigos 23 e 25, importantes definições para melhor compreensão, com destaque para o Parágrafo único do artigo 23, que trata de eventual excesso na defesa. Por Vandeler Ferreira da Silva"