TCC 2015

TCC 2015

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

terça-feira, 9 de junho de 2015

Chegou a tradução em português do livro de David Burns, um best-seller com mais de 4 milhões de exemplares vendidos!

Acabou de sair do forno! Leia, compreenda e aprenda com David Burns mais sobre o combate eficaz à depressão; um livro tradicional e contemporâneo que com muita criatividade vai ajudar aos que se sentem deprimidos ou que convivam com pessoas que estejam neste estado no momento. Tive o prazer de poder colaborar na apresentação desta obra que muito acrescentou para minha atuação clínica no dia-a-dia e para meu maior entendimento do grande benefício que tem todos aqueles que se envolvem com a Terapia Cognitiva Comportamental. Agradeço a Maíra, Coordenadora deste projeto e diretora da Edipro. Confiram e compartilhem.

Atenção queridos amigos interessados em comprar o livro Antidepressão de David Burns; ele já está a venda nas lojas de Bauru:  Jalovi e Emporio Cultural.
Quem preferir também pode comprar direto com a editora em São Paulo mandando e-mail para pedidos@edipro.com.br.
Em alguns dias também estarão nas grandes redes – Saraiva, Leitura, Cultura, Argumento, Travessa e sites como submarino, americanas, etc. Aproveitem esta oportunidade de aprender uma forma simples para prevenir e ou combater a depressão. Indicado também para as ansiedades, fobias e irritações; além de se aprimorar nos enfrentamentos das dificuldades do dia a dia. Um grande abraço. Arnaldo Vicente.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

sábado, 11 de abril de 2015

Você que não é psicólogo clínico ou psiquiatra, gostaria de poder participar do nosso curso para leigos?

Curso: Aprenda a identificar e lidar com as suas distorções cognitivas e resolva (ou previna) os seus problemas emocional, físico e comportamental.
OBS: muitas pessoas leigas tem me perguntado se poderiam participar de nossos cursos, esta seria uma boa oportunidade.
Caso se interesse, ligue para (14) 3214-3343 e deixe seu nome na lista de interessados, com Vânia. Ou envie seu email para arnaldo@ctccbauru.com.br.
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Distorções Cognitivas - Arnaldo Vicente, 2015.
01- Tudo ou nada - você vê uma situação em apenas duas categorias sem meio termo; e acaba se vendo como uma pessoa perfeita ou fracassada.
02- Catastrofização – você prevê o futuro negativamente sem considerar outros resultados possíveis.
03- Supergeneralização – você vê uma situação negativa isolada como se fosse uma série de situações negativas. 
04- Argumentação emocional - você pensa que algo deve ser verdade porque você ¨sente¨, mesmo desconsiderando evidências contrárias.
05- Leitura mental - você pensa que sabe o que estão pensando de você.
06- Personalização - você acredita que é responsável pelos fatos negativos externos.
07- Cobranças, ¨eu devo, você deve¨ - você tem uma idéia exata estabelecida de como se deve agir e superestima quão ruim é que essas expectativas não sejam preenchidas.
08- Visão em túnel – você vê apenas os aspectos negativos da situação.
09- Filtro mental - você presta atenção indevida a um detalhe negativo e desconsidera o quadro geral.
10- Desconsiderando o positivo – você crê que as experiências, atos ou qualidades positivos não contam.
11- Rotulando – sem observar que as evidências possam ser mais razoavelmente conduzidas a uma conclusão menos desastrosa.
12- Magnificação/ minimização – você magnífica o negativo e/ou minimiza o positivo e pensa que é incapaz de realizar seus objetivos.
13- Euforização - você magnífica o positivo e/ou minimiza o negativo; e pensa que é capaz de fazer tudo dar sempre certo 100%.. Otimismo irrealista.
14- Auto-referência – você crê que o mundo funciona exatamente como você acredita.
As distorções enumeradas de 1 a 12 nesta lista foram concentradas a partir da leitura de vários livros de TCC, principalmente dos doutores Beck e Judith Beck; os de números 11 e 12 foram acrescentados por mim, de acordo com o que tenho encontrado nos meus atendimentos 1999.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

17º CURSO DE FORMAÇÃO EM TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL - 07 março 2015 no CTCCBauru

A pedidos prorrogamos a data de início do 17º CURSO DE FORMAÇÃO EM TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL.

Nova data de início: 07.03.2015

17º CURSO DE FORMAÇÃO EM TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL

Início 07/03/2015 – CTCCBauru-SP – Fundado em 2002.


Coordenação e Supervisão: Psicólogo – Professor Arnaldo VicenteEspecialista em Terapia Cognitiva Comportamental, formado pelo Instituto de Terapia Cognitiva, em São Paulo. Presidente da Oficina de Pensamento – OSCIP. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Psicoterapia Cognitiva. Ex-Professor-Supervisor do ITC-SP.

Venha contribuir e aprimorar a sua, a nossa experiência como TCC! Vagas limitadas!


Curso Avançado de Terapia Cognitiva Comportamental - Desafios Clínicos -  início 21/02/2015
Primeira turma

Desconto de 20% para Alunos formados no CTCCBauru, ITC-SP, CTCVeda, CTCMarília e CTCRioVerde.



Coordenação e Supervisão: Psicólogo – Professor Arnaldo VicenteEspecialista em Terapia Cognitiva Comportamental, formado pelo Instituto de Terapia Cognitiva, em São Paulo. Presidente da Oficina de Pensamento – OSCIP. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Psicoterapia Cognitiva.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Desconfie de suas crenças negativas sobre você mesmo. "Haja em legítima defesa"

Crenças como "Sou fraco, incompetente, inadequado ou não sou estimável" formadas ao longo de sua história repercutem negativamente sobre seu auto conceito e influenciam de modo catastrófico na realização de suas metas. Diante de quaisquer situações que você não tenha cem por cento da certeza de que você é perfeito e o sucesso está quase garantido elas ativarão todas as suas incertezas contribuindo para que você se esquive e busque a proteção no conforto imediato.

É preciso que você perceba quando estas crenças se apresentam e tenha condições de advogar a favor de sua saúde, questionando a validade delas.

É preciso defender-se das próprias crenças, quando aparecem reveladas ou em forma de pans.

A terapia cognitiva na busca da reestruturação de crenças propõe aos pacientes que desafiem seus pans e suas crenças com empatia, determinação, segurança, persistência e sensibilidade.

Por exemplo: um paciente com TOC, sofrerá diante da possibilidade de ser visto como responsável pela morte de um ente querido. Ou seja, a idéia de ver-se ou ser visto como uma pessoa inadequada leva-o a desenvolver formas de neutralizar essa consequência através de suas esquivas ou neutralizações.

Ele desenvolve meios para evitar algo que ele não é (irresponsável e inadequado) e cada vez mais age com receio de que suas defesas não sejam suficientes, crendo que um dia falhará e será mesmo o inadequado que tanto evitou se tornar.

O que aconteceria se ele ao invés de envolver em planos de defesas, antes identificasse e avaliasse seus pensamentos e crenças sobre ele mesmo? Agisse relevando os aspectos positivos de sua história comprovando que não é imperfeito, mas apenas uma pessoa normal que tem erros e acertos, as vezes contribuindo para a saúde do outro, mas sem poder para garantir a imortalidade de quem ama.

Compreendendo que o fato de não ter poder para garantir a vida dos outros não significa que tenha um defeito de caráter, que seja inadequado e não se importe com as pessoas.

Podemos nos importar e cuidar do outro, mas sem imortalizá-lo.

Na medida em que nos acusamos ou nos cobramos, dvemos ter uma visão integrativa a nosso respeito, não aceitando débitos que não oram comprovados. Cabe ao acusador primeiro nos dar provas concretas sobre sua acusação e cobrança e depois ouvir as provas positivas que desconsiderou. Se devemos, pagamos, mas jamais pagar sem dever!


Busquemos no Direito um pouco de sabedoria para melhor compreendermos do que se trata a "legítima defesa":

- "A legitimidade da defesa se configura com os seguintes pressupostos básicos: obstar a ação danosa na mesma intensidade, na mesma medida, se possível com os mesmo recursos, privilegiando a preservação da vida como um bem maior, e dentro do espaço de tempo no qual a agressão ou ofensa esteja ocorrendo. Este último para evitar as denominadas vinganças pessoais. O nosso Código Penal traz nos seus artigos 23 e 25, importantes definições para melhor compreensão, com destaque para o Parágrafo único do artigo 23, que trata de eventual excesso na defesa. Por Vandeler Ferreira da Silva"

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

AGENDA 2009



"CTC Bauru - Formando e Informando TC”

Atividades de Terapia Cognitiva para Psicólogos, Psiquiatras e Alunos destas áreas

Workshop de Terapia Cognitiva:
Conhecendo e vivenciando a Terapia Cognitiva
Dia 06 de março de 2009
6º Curso de Formação em Terapia Cognitiva
Em Bauru – SP, a partir de
28 de março de 2009.

Atividades de Terapia Cognitiva para Terapeutas Cognitivos, sempre ás sextas-feiras.

Atividades de Terapia Cognitiva para o público em geral, ministradas pelos profissionais do CTC Bauru, sempre às terças-feiras.

Livros de Terapia Cognitiva: compre os seus livros com descontos, no CTC Bauru.

Atendimentos em Terapia Cognitiva com os profissionais do CTC Bauru podem ser agendadas pelos fones (14) 3224 1544 e 3227 1473 (fax), com Vânia.

Saiba com detalhes:

Atividades de Terapia Cognitiva Apenas para Psicólogos, Psiquiatras e Alunos de último ano destas áreas:


Workshop de Terapia Cognitiva: Conhecendo (o que é) e vivenciando (como funciona) a Terapia Cognitiva para compreender como as cognições (pensamentos e crenças) influenciam em nossas emoções, comportamentos e na escolha e resultados de nossas metas. Dia 06 de março de 2009.

Programa Vivencial, segundo o modelo de Terapia Cognitiva criado por Aaron Beck: 1- Conceitos: Como os pensamentos e as crenças/esquemas comprometem a saúde mental (aspectos psicopatológicos da depressão, da ansiedade, do pânico, etc). 2- Técnicas: Como lidar com os pensamentos e as crenças/esquemas para resgatar a saúde mental (aspectos psicoterapêuticos).

Objetivo: apresentar de modo teórico e prático a Terapia Cognitiva de Aaron Beck, revelando, enfatizando e ensinando a identificar e questionar os nossos estilos cognitivos e nossas metas no dia-a-dia para alcançar melhor qualidade de vida em nosso modo de pensar, sentir e agir (individual e socialmente).

Público alvo: profissionais e estudantes de graduação interessados em conhecer e vivenciar os benefícios da Terapia Cognitiva.

Data: 06 de março de 2009. Horário: 8:00 as 12:00 e 13:00 as 17:00 hs

Carga Horária: 08 horas

Certificado: oferecido pelo Centro de Terapia Cognitiva de Bauru.

Ministrado por: Psicólogo Arnaldo Vicente - Terapeuta e Professor Especialista em TC - Vice- Presidente da ABPC - Professor do ITC-SP e Coordenador do CTC Bauru.

Investimento: R$100,00 até 25/02/2009 ou R$ 120,00 a partir de 26/02/2009.

Local: Sala de Eventos Dra. Ana Maria Serra, PhD; no CTCBauru, Rua Aviador Gomes Ribeiro 17-38. Altos da Cidade. CEP 17012. Fone: (14) 3227-1473.

Inscrições: com Vânia no horário comercial.

Vagas: 15 pessoas.

Parceiros:



6º Curso de Formação em Terapia Cognitiva
Em Bauru – SP, a partir de 28 de março de 2009.

Ministrado pelo Psicólogo Arnaldo Vicente, Especialista em Terapia Cognitiva; Coordenador do CTC Bauru; Professor do ITC-SP; Vice-Presidente da ABPC - Associação Brasileira de Psicoterapia Cognitiva.
Em parceria com o Instituto de Terapia Cognitiva, Dra. Ana Maria Serra, PhD em Psicologia e Terapeuta Cognitiva pela Universidade de Londres, Inglaterra.

Destinado à: Psicólogos, Psiquiatras e alunos no último ano de formação destas áreas: sem o pré-requisito de cursos de introdução em TC.
Programa: Breve histórico de TC. Hipótese da primazia das cognições. A 'tríade' cognitiva. Características definidoras de TC. Modelo Cognitivo de Personalidade e de Psicopatologia. Pensamentos automáticos e crenças básicas disfuncionais. A hipótese de especificidade cognitiva. Conceituação cognitiva. Técnicas terapêuticas: reestruturação cognitiva e abordagem de resolução de problemas. Princípios básicos do processo terapêutico. Estrutura do processo clínico e estrutura das sessões. Instrumentos objetivos de avaliação clínica. Áreas de aplicação de TC. Apresentação da literatura especializada.
"Prática supervisionada dos modelos teórico e aplicado da Terapia Cognitiva, conforme abordados durante o Curso Intensivo de Introdução à TC, visando a compreensão e assimilação desse conteúdo pelos participantes. Serão abordados especialmente: estrutura das sessões e do processo terapêutico, planejamento da intervenção, prática dos princípios técnicas e estratégias terapêuticas, a promoção da aliança terapêutica segundo os moldes da TC e estudo da literatura especializada. O programa é complementado por supervisão clínica em grupo e por palestras sobre áreas de aplicação da Terapia Cognitiva, especificamente nas seguintes área de transtornos: Depressão, Transtornos de Ansiedade, Suicídio, Transtornos Alimentares, TC Crianças e Adolescentes e TC com Casais. O Curso requer a preparação e apresentação de um relatório de caso clínico supervisionado."

Material: Apostila e Kit Atendimento do ITC-SP (incluso).
Duração: 102 horas em 14 meses, sendo um sábado por mês.
Horário: 8h às 12h e 13h às 16h30
Investimento: 14 vezes de R$330,00.
Número de alunos: máximo de 10 alunos.

Datas das 14 aulas:

01ª. 28/03/2009 02ª. 25/04/2009 03ª. 23/05/2009
04ª. 20/06/2009 05ª. 25/07/2009 06ª. 22/08/2009
07ª. 26/09/2009 08ª. 24/10/2009 09a. 21/11/2009
10ª. 19/12/2009 11ª. 23/01/2010 12ª. 20/02/2010
13a.20/03/2010 14a.24/04/2010


Local: Centro de Terapia Cognitiva de Bauru (www.ctcbauru.com.br)
End: Rua Aviador Gomes Ribeiro 17-38, Altos da Cidade, Bauru-SP
Fone: (14) 3227 - 1473

INFORMAÇÕES
(14) 3227-1473, com Vânia, Secretária do CTC Bauru ou
vania@ctcbauru.com.br
arnaldo@ctcbauru.com.br
www.ctcbauru.com.br

• Realização: ITC - Instituto de Terapia Cognitiva e CTCBauru - Centro de Terapia Cogntiva de Bauru
• Apoio: ABPC - Associação Brasileira de Psicoterapia Cognitiva

Para Terapeutas Cognitivos, sempre ás sextas-feiras.

Workshop de Terapia Cognitiva 01: Desafiando Pensamentos Automáticos que geram a Depressão, Abril de 2009.

Workshop de Terapia Cognitiva 02: Desafiando Pensamentos Automáticos que geram Ansiedade. Maio de 2009.

Palestra de Terapia Cognitiva: A Terapia Focada em esquemas de Jeffrey Young. Maio de 2009.

Workshop de Terapia Cognitiva 03: Desafiando Pensamentos Automáticos que geram a Raiva. Junho de 2009.

Workshop de Terapia Cognitiva 04: Desafios Ineficazes de Pensamentos Automáticos Negativos. Agosto de 2009.

Workshop de Terapia Cognitiva 05: Conceituação Cognitiva: compreendendo a influência dos esquemas na formação, instalação e manutenção das dificuldades no dia-a-dia e nas escolhas de metas disfuncionais. Setembro de 2009

Workshop de Terapia Cognitiva 06: Desafiando Crenças Básicas e Intermediárias (regras Condicionais). Outubro de 2009.

Supervisão Clínica Avançada em Terapia Cognitiva: Discussão de casos, individual ou em grupos fechados.


Para o público em geral, sempre às terças-feiras.

Palestra: Tenha uma vida mais saudável mudando o seu modo de pensar. Aprenda a lidar com os seus pensamentos automáticos negativos (P.A.Ns) sobre você, sobre as pessoas e sobre o futuro). Maio 2009.

Palestra: Aprenda a identificar, prevenir e vencer o Transtorno da Depressão usando ferramentas da Terapia Cognitiva. Junho 2009.

Palestra: Aprenda a identificar, prevenir e vencer o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), usando ferramentas da Terapia Cognitiva. Julho 2009.

Palestra: Aprenda a identificar, prevenir e vencer a Síndrome do Pânico, usando ferramentas da Terapia Cognitiva. Agosto 2009.

Palestra: Aprenda a identificar, prevenir e vencer as Ideações Suicidas, usando ferramentas da Terapia Cognitiva. Setembro 2009.

Palestra: Aprenda a ser Otimista. Identifique, previna e vença o Pessimismo, usando ferramentas da Terapia Cognitiva. Outubro 2009.

Palestra: O segredo da Auto-Motivação. Entenda como a escolha de suas metas influencia suas emoções e o seu bem-estar, usando ferramentas da Terapia Cognitiva. Novembro 2009.


Informações com Vânia (14 - 3227 1473) ou pelo site
www.ctcbauru.com.br

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Transtornos Alimentares


Anorexia, bulimia e compulsão alimentar: a busca da perfeição faz com que a pessoa tenha uma vida de ...
1- O que são transtornos alimentares
Patologias psiquiátricas em que o indivíduo expressa no corpo, através de uma disfunção alimentar grave, alguma insatisfação de sua vida pessoal.

2- Quais são os transtornos?
Anorexia nervosa, bulimia nervosa e compulsão alimentar.

3- O que caracteriza a anorexia?
Caracteriza-se por recusa à alimentação, peso muito baixo (em 85% ou menos do nível normal) e medo obsessivo de engordar. As mulheres não menstruam e podem desenvolver problemas nos órgãos reprodutores.
A pessoa têm problemas físicos, psicológicos e sociais.

4- Como começa a anorexia?
A anorexia começa sorrateiramente, em geral, com uma dieta onde não é possível perceber um comportamento problemático. Aos poucos, o medo de engordar cresce a tal ponto que a paciente deixa de sair com amigos e de comer com a família por medo de perder o controle sobre a dieta.

5- Como ela restringe a alimentação?
Ela restringe sua alimentação ao máximo e pode passar dias sem fazer uma refeição. Isso sem contar o abuso de laxantes, diuréticos e exercícios físicos.

6- A pessoa perde peso, mas continua emagrecendo?
Sim, mesmo quando estão muito abaixo do peso - há casos de meninas que chegam aos 20 kg -, as pacientes continuam 'se vendo' gordas, um problema conhecido como distorção da imagem corporal. Muitas, depois de dias sem se alimentar, quando enfim comem qualquer coisa, vomitam logo em seguida.

7- É grande o número de pessoas que chegam a morrer por anorexia?
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 20% dos casos de anorexia terminam em morte da paciente.

8- E como é a bulimia nervosa?
É um problema bastante diferente, embora ambas queiram perder peso.
Outra diferença importante é que enquanto a bulímicas sabem que seu comportamento é nocivo e sentem-se culpadas, as anoréxicas acreditam que o que fazem é normal e justificável.

9- As mulheres que tem bulimia não ficam tão magras como as que têm anorexia?
Não, as bulímicas não apresentam uma perda de peso acentuada como as anoréxicas. A maioria é de mulheres com peso normal, ou até um pouco acima.
Além disso, as pacientes de bulimia não têm uma distorção de imagem corporal tão grande como a que é causada pela anorexia.

10- Que características têm as mulheres com anorexia?
São mulheres que vivem fazendo dieta e exercícios para manter a forma. De uma hora para outra, elas perdem o controle e comem tudo o que vêem pela frente em curto espaço de tempo (estudos descrevem situações em que chegam a ingerir mais de 15 mil calorias em um único dia). A comilança é seguida de vômitos ou de tentativas de esvaziar o estômago com laxantes e exercícios físicos.

11- Como é a Compulsão alimentar?
É um processo semelhante ao que ocorre com os pacientes bulímicos, onde a pessoa tem momentos de compulsão e come de modo exagerado mas sem compensações para eliminar o excesso de calorias, o que leva à obesidade.
Afeta 25% das pessoas que procuram tratamento para emagrecer. Os comedores compulsivos são mais deprimidos que os obesos normais.

12- Um regime pode causar um transtorno alimentar?
Indivíduos diagnosticados com transtornos alimentares freqüentemente relatam que seu problema alimentar começou com uma dieta para emagrecer.

13- O que dizem as pesquisas?
As pesquisas revelam que a dieta é, de fato, o fator desencadeante mais comum dos transtornos alimentares, mas ela sozinha não explica o desenvolvimento da síndrome completa.

Mas, é preciso lembrar que, nas sociedades ocidentais ou ocidentalizadas, uma enorme proporção de indivíduos faz dietas para emagrecer, mas apenas uma pequena parcela destes desenvolve um transtorno alimentar.

14- O que causam esses transtornos?
Na verdade, os transtornos alimentares são causados por uma combinação de múltiplos fatores, que incluem predisposições genéticas, traços de personalidade e padrões de relação familiar.

A dieta pode exacerbar dificuldades pré-existentes e, em combinação com mudanças de vida e acontecimentos estressantes, pode levar indivíduos suscetíveis a desenvolverem o transtorno.

A restrição alimentar pode favorecer o aparecimento das compulsões alimentares e iniciar o ciclo compulsão/purgação em indivíduos cuja auto-estima esteja excessivamente baseada na aparência física.

Alguns indivíduos em restrição alimentar, no entanto, conseguem aumentar cada vez mais a restrição sem ter compulsões, possivelmente porque o emagrecimento diminui sua sensação de impotência e baixa auto-estima.

Assim se instala a desnutrição, que aumenta a distorção da imagem corporal e os pensamentos obsessivos sobre comida, levando a um aumento vicioso da necessidade de controle e do medo de engordar , típicos da anorexia nervosa.

15- Quais as dicas para não desenvolver transtornos alimentares?

- Pare de falar sobre seu peso, especialmente perto de outras garotas: 40% delas estão tentando emagrecer
- Duvide dos padrões da indústria da moda. As modelos pesam 23% a menos que a média das mulheres
- Pare de tentar emagrecer por conta própria. Preocupe-se em fazer refeições saudáveis e exercícios físicos
- Gaste seu dinheiro com roupas que valorizem sua silhueta
- Faça uma lista de mulheres admiráveis que não seguem o padrão de beleza vigente
- Invista nas tarefas que você faz bem e em seus relacionamentos

16- Como é o tratamento dos transtornos alimentares?

O tratamento dos transtornos alimentares envolve necessariamente uma equipe multi-disciplinar especializada, composta geralmente por psiquiatra, clínico geral, nutricionista e psicólogo.
O tratamento clínico tem como meta o restabelecimento de um peso adequado e da condição física do indivíduo, assim como uma normalização da rotina alimentar.

Do ponto de vista psicológico, a psicoterapia tem o objetivo de abordar os receios e angustias subjacentes aos sintomas propiciando a busca por soluções mais satisfatórias e adaptadas para o indivíduo.

Muitas vezes, é necessário também abordar a família e os padrões de interação que propiciam o aparecimento e a perpetuação dos sintomas alimentares.
Diferenças entre os pacientes de transtornos alimentares:
Anorexia
Bulimia
Compulsão alimentar
Grande maioria de mulheres (0,5% da população)
Grande maioria de mulheres (1% da população)
Maioria de mulheres, mas há bem mais homens que nos outros transtornos (2% da pop.)

Algumas, além de restringir alimentação, vomitam (por auto-indução ou com remédios)
vomitam (por auto-indução ou com uso de remédios) recorrentemente após episódios compulsivos
Não apresentam vômitos
Abusam de diuréticos e laxantes
Algumas abusam de diuréticos e laxantes
Não usam diuréticos ou laxantes
Apresentam perda de peso grave
Apresentam peso normal ou acima do normal
75% apresentam obesidade Possuem grande distorção da imagem corporal, tanto própria quanto alheia
Distorção da imagem corporal é menos acentuada
Não há distorção da imagem corporal
Têm em média 16 anos
Têm em média 20 anos
Têm em média mais de 30 anos
Negam a fome
Tentam controlar a fome e acabam tendo episódios onde ela é muito grande e foge ao controle
Alimentam-se normalmente durante o dia, mas têm episódios onde comem em demasiado
São introvertidas São mais extrovertidas
São introvertidos
Acreditam que seu comportamento é normal e suas atitudes, corretas
Sentem-se culpadas por seu comportamento
Culpam-se por seu comportamento
Sua menstruação pára
Sua menstruação pode se tornar irregular
Não há problemas com menstruação
Podem apresentar problemas afetivos
Podem apresentar problemas afetivos e abuso de álcool e drogas
Podem apresentar problemas afetivos e vício em jogos de azar e bingos

TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO - TOC.


Querer sentir-se seguro no dia a dia é um desejo normal, para que isto aconteça é preciso ter certos cuidados como seguir regras e evitar situações que possam nos ameaçar. Quando estes cuidados são repetidos excessivamente podemos estar diante de um transtorno comum: o TOC.
1- O que é o TOC?

O TOC é um transtorno mental incluído entre os chamados transtornos de ansiedade.

2- Quais são os seus sintomas?

Seu sintoma principal é a presença de obsessões que são acompanhados de ansiedade ou desconforto, e das compulsões ou rituais realizados para reduzir a aflição que acompanha as obsessões.

3- O que são obsessões?

Obsessões são pensamentos ou impulsos sentidos como estranhos ou impróprios, que invadem a mente de forma repetitiva e persistente. Podem ainda ser imagens, palavras, frases, números, músicas, etc.

4- Quais as obsessões mais comuns?

• Preocupação excessiva com sujeira, germes ou contaminação

• Dúvidas quanto a fechar o carro, o gás, etc

• Preocupação com simetria, exatidão, ordem, seqüência ou alinhamento

• Pensamentos, imagens ou impulsos de ferir, insultar ou agredir outras pessoas

• Pensamentos, cenas ou impulsos indesejáveis e impróprios, relacionados a sexo (comportamento sexual violento, abusar sexualmente de crianças, falar obscenidades, etc.)

• Preocupação em armazenar, poupar, guardar coisas inúteis ou economizar

• Preocupações com doenças ou com o corpo

• Religião (pecado, culpa, escrupulosidade, sacrilégios ou blasfêmias)

• Pensamentos supersticiosos: preocupação com números especiais, cores de roupa, datas e horários (podem provocar desgraças)

• Palavras, nomes, cenas ou músicas intrusivas e indesejáveis

5- As obsessões interferem no estado emocional das pessoas?

Sim, obsessões são pensamentos, e já sabemos que os pensamentos determinam nossas emoções; geralmente as pessoas sentem ansiedade, medo, aflição, angústia, culpa ou desprazer.

6- O que as pessoas com TOC fazem para lidar com essas emoções?

Elas tentam neutralizar esse desconforto realizando rituais ou compulsões, ou através de evitações (não tocar, evitar certos lugares).

7- O que são compulsões ou rituais?

São comportamentos ou atos mentais voluntários e repetitivos, executados em resposta a obsessões, ou em virtude de regras que devem ser seguidas rigidamente.

8- Quais as compulsões mais comuns?

• De lavagem ou limpeza

• Verificações ou controle

• Repetições ou confirmações

• Contagens

• Ordem, simetria, seqüência ou alinhamento.

• Acumular, guardar ou colecionar coisas inúteis (colecionismo), poupar ou economizar.

• Compulsões mentais: rezar, repetir palavras, frases, números.

• Diversas: tocar, olhar, bater de leve, confessar, estalar os dedos.

9- Existem compulsões mentais que a pessoa faz e ninguém percebe?

Sim, elas são realizadas mentalmente e não mediante comportamentos motores, observáveis. Elas têm a mesma finalidade: reduzir a aflição associada a um pensamento. Alguns exemplos:

• Repetir palavras especiais ou frases

• Rezar

• Relembrar cenas ou imagens

• Contar ou repetir números

• Fazer listas

• Marcar datas

• Tentar afastar pensamentos indesejáveis, substituindo-os por pensamentos contrários.

10- Existe mais algum tipo de compulsão?

Não são bem compulsões de fazer, mas de não fazer; são chamadas de evitações.

11- Quais são estas evitações?

• Não tocar em trincos de portas, corrimãos de escadas ou de ônibus; não tocar nas portas, nas tampas de vasos, descargas ou torneiras de banheiros (ou usar um lenço ou papel para tocá-los);

• Isolar compartimentos e impedir o acesso dos familiares quando estes chegam da rua; obrigá-los a tirar os sapatos, trocar de roupas, lavar as mãos ou tomar um banho quando chegam da rua;

• Restringir o contato com sofás (cobri-los com lençóis, não sentar com a roupa da rua ou com o pijama);

• Não sentar em bancos de praça ou de coletivos;

• Não encostar roupas usadas “contaminadas”, nas roupas “limpas” dentro do guarda-roupa;

• Evitar sentar em salas de espera de clínicas ou hospitais (principalmente em lugares especializados em câncer ou AIDS);

• Não usar talheres de restaurantes ou de outras pessoas da família;

• Não usar telefones públicos;

• Não cumprimentar determinadas pessoas (mendigos, aidéticos, pessoas com câncer, etc.);

• Não utilizar banheiros que não sejam os da própria casa;

• Evitar pisar no tapete ou piso do banheiro em casa ou no escritório;

12- As compulsões e os rituais curam a pessoa que tem o TOC?

Não. As compulsões aliviam momentaneamente a ansiedade associada às obsessões, levando o indivíduo a executá-las toda vez que sua mente é invadida por uma obsessão.

Por outro lado, em vez de enfrentar as obsessões que geram seus medos seus medos a pessoa faz com que eles se perpetuem, tornando-se ao mesmo tempo prisioneiro das suas compulsões e dos seus rituais.

13- As compulsões tem uma conexão com a realidade?

Assim como as obsessões podem ser ilógicas também as compulsões podem não ter uma conexão com a realidade que desejam prevenir:

Por exemplo: alinhar os chinelos ao lado da cama antes de deitar para que não aconteça algo de ruim no dia seguinte; dar três batidas em uma pedra da calçada ao sair de casa, para que a mãe não adoeça.

Isto acontece nesses casos,porque por trás desses rituais existe um pensamento ou obsessão de conteúdo mágico, muito semelhante ao que ocorre nas superstições.

14- O TOC torna a vida das pessoas mais dificeis?
Sim, por exemplo, é comum, em portadores do TOC, a lentidão ao executar tarefas.

Essa lentidão pode ocorrer em razão de dúvidas, repetições para “fazer a coisa certa ou exata...” (tirar e colocar a roupa várias vezes, sentar e levantar, sair e entrar, etc.), verificações repetidas (trabalho, listas, documentos), banho demorado, tempo demasiado para se arrumar (perfeccionismo), ou do adiamento de tarefas devido à indecisão (necessidade de ter certeza).

15- Há conseqüências na convivência familiar?

Sim, as pessoas com TOC podem fazer exigências que vão causar conflitos constantes comprometendo a harmonia conjugal e familiar. Vamos pensar nas pessoas que tem preocupações excessivas com sujeira, doenças e contaminação:

Uma paciente obrigava seus familiares a trocarem a roupa ou os sapatos para entrar em casa;

Outra obrigava o marido a tomar um banho imediatamente antes das relações sexuais;

Uma terceira obrigava o marido a lavar a boca antes de lhe dar um beijo ao chegar da rua e

Outra exigia que seu filho de dois anos usasse luvas para abrir a porta

16- Quais as causas do TOC?

Até o presente momento, ainda não foram esclarecidas as verdadeiras causas do TOC. Evidências apontam diversos fatores de ordem biológica (envolvendo especialmente o funcionamento cerebral) e de ordem psicológica que contribuem para o aparecimento e para a manutenção dos sintomas.

17- O TOC é considerado uma doença grave?

Sim, o TOC é considerado uma doença mental grave por vários motivos: está entre as dez maiores causas de incapacitação, de acordo com a organização Mundial de Saúde; acomete preferentemente indivíduos jovens ao final da adolescência – e muitas vezes começa ainda na infância -, sendo raro seu início depois dos 40 anos; geralmente é crônica e se não tratada, na maioria das vezes seus sintomas se mantêm por toda a vida.

18- O TOC é uma doença rara?

Não, o TOC é uma doença bastante comum, acometendo aproximadamente um em cada 40 ou 50 indivíduos.

No Brasil, é provável que existam entre 3 e 4 milhões de portadores. Muitas dessas pessoas, embora tenham suas vidas gravemente comprometidas pelos sintomas, nunca foram diagnosticadas e tampouco tratadas.

Talvez a maioria desconheça o fato de esses sintomas constituírem uma doença para a qual já existem tratamentos bastante eficazes.

19- Quais os tratamentos indicados para o TOC?

Os tratamentos mais efetivos para o TOC incluem alguns medicamentos e também a terapia cognitivo-comportamental.

A hipótese de que as aprendizagens errôneas desempenham importante papel no TOC consiste na base do chamado modelo cognitivo-comportamental reduzir seus efeitos constitui forte evidência a favor dessa hipótese ou modelo.

Esta reduz ou elimina os sintomas em mais de 70% dos pacientes. A terapia ainda é um método pouco conhecido e pouco utilizado em nosso meio.

Assista nossas palestras:

Palestras com enfoque em Terapia Cognitiva.

Um novo conceito em psicoterapia.

A ansiedade no dia-a-dia: o que é, como se prevenir e como tratar.

Palestrante: Psicólogo Arnaldo Vicente, Especialista em Terapia
Cognitiva Coordenador do CTCBauru, Professor do
ITC Dra Ana Maria Serra.

Data: 03 de outubro de 2006. Horário: 19:00 às 20:30 hs.

Público: Comunidade em geral. Números de vagas: 25 pessoas.

Investimento: 05 kilos de alimentos não perecíveis para a APAE.

Local: CTCBauru -Centro de Terapia Cognitiva de Bauru - Rua Aviador Gomes Ribeiro 17-38.

Inscrições pelo telefone: (14... . Acesse: www.ctcbauru.com.br

Próximas palestras: 17 de outubro: Depressão, em prol da Creche São Paulo.

31 de outubro: Síndrome do Pânico, em prol da SAPAB.
Aguarde nossa agenda para novas palestras em novembro.

Equipe CTCBauru: Mauricéia Quinhoneiro Vicente - Rosemary Pandolfi - Melissa Sandrin.

Reservas de vagas apenas pessoalmente; você entrega os alimentos e recebe o seu ingresso.

Empresário agende nossas palestras e cursos para os funcionários de sua empresa.

Rua Aviador Gomes Ribeiro 17-38 – Altos – Bauru – SP - Fone 3227 1473 – www.ctcbauru.com.br

Terapia Cognitiva, o que é e como funciona nas dificuldades de aprendizagem infantil.


Este foi o título da palestra proferida pelo Psicólogo Arnaldo Vicente na Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil - Núcleo Regional de Marília-SP, durante a XII Jornada do Núcleo Regional da ABENEPI; ao lado da Prof. Dra. Carolina A.R.Funayama com a palestra Distúrbios da Aprendizagem. Arnaldo enfatizou que a metacognição...
Este foi o título da palestra proferida pelo Psicólogo Arnaldo Vicente na Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil - Núcleo Regional de Marília-SP, durante a XII Jornada do Núcleo Regional da ABENEPI; ao lado da Prof. Dra. Carolina A.R.Funayama com a palestra Distúrbios da Aprendizagem.
Arnaldo enfatizou que a metacognição, capacidade de perceber suas próprias idéias, e a postura otimista são as principais funções que vão auxiliar a criança que tem dificuldades de aprendizagem.
Identificação, Desafios de pans e Resolução de problemas e metas como reeducação e desenvolvimento de habilidades cognitivas no Transtorno de Aprendizagem.
Diferenças entre crianças e adolescentes, segundo a visão de TC, quanto a transtornos de:
- memória - atenção
- hiperatividade - dislexia
- Crianças e adolescentes sem transtornos de aprendizagem têm facilidade nos aspectos cognitivos:
- Metacognição;
- Desenvolver estratégias;
- Perceber e desafiar cognições disfuncionais
- Auto- instrução
- Auto-intervenção ou implementação
-Auto-regulação
- Automonitoração - Crianças e adolescentes com transtornos de aprendizagem têm dificuldade nesses aspectos cognitivos:
Postura Cognitiva: é realista otimista Postura Cognitiva: é pessimista ou otimista irrealista
Planejamento de Intervenção se fundamenta no desenvolvimento da Metacognição.
Ao desenvolver Metacognição a pessoa poderá:
- Perceber cognições disfuncionais.
- Desenvolver cognições alternativas.
-Desenvolver cognições funcionais
- Desenvolver estratégias
- Auto- instrução
- Auto-intervenção ou implementação
-Auto-regulação
- Automonitoração.
- Generalização de ganhos;
-Prevenção de recaídas.
Ganhos em curto prazo: aumento de sucesso quanto a alcançar suas metas, desejos e sonhos.
Ganhos em médio prazo: diminuição dos fracassos quanto a alcançar suas metas.
Ganhos em longo prazo: desenvolvimento de crenças alternativas e funcionais sobre a tríade cognitiva.
Objetivo: reestruturar cognições pessimistas em realistas otimistas, diminuição da depressão, ansiedade e da desesperança.
NÚCLEO REGIONAL DE MARÍLIA-SP
COORDENADOR
Silvia Regina Rodrigues Correa (Pedagoga)
Rua Rio Grande do Sul, 594
Marília –SP – CEP. 17515-170
Fone: (14) 433 2140 / 9703 3404
email: silviarrc@terra.com.br

O ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO.



Nossos pensamentos registram os eventos avaliando-os de acordo com nossas crenças. Quando avaliamos um evento como muito ameaçador ele pode continuar a nos perturbar mesmo depois que...
Nossos pensamentos registram os eventos avaliando-os de acordo com nossas crenças. Quando avaliamos um evento como muito ameaçador ele pode continuar a nos perturbar mesmo depois que já passou. Nestes momentos podemos dizer que estamos sentindo os efeitos do transtorno de estresse pós traumático.
1- O que é o estresse pós-traumático?
O transtorno de estresse pós-traumático é uma perturbação psíquica decorrente e relacionada a um evento fortemente ameaçador ao próprio indivíduo ou sendo este apenas testemunha da tragédia.
O transtorno consiste num tipo de recordação que é melhor definido como revivescência pois é muito mais forte que uma simples recordação.
Na revivescência além de recordar as imagens o paciente sente como se estivesse vivendo novamente a tragédia com todo o sofrimento que ela causou originalmente.
2- O Transtorno é a repetição da lembrança desse sofrimento?
O transtorno então é a recorrência do sofrimento original de um trauma, que além do próprio sofrimento é desencadeante também de alterações neurofisiológicas e mentais.
3- O que deve ser considerado para este diagnóstico?
O primeiro aspecto a ser definido é a existência de um evento traumatizante.
4- Que tipo de sofrimento marcante pode gerar o Transtorno?
Aquele suficientemente marcante, que não há dúvidas quanto a ser ameaçador à vida ou à integridade individual, como os seqüestros, assaltos violentos, estupros.
5- O transtorno pode ocorrer em eventos que poderiam não ser considerado grave?
Sim, por exemplo, num acidente de carro sem vítimas pode causar o transtorno para algumas pessoas, mas não para todas.
6- Então o importante é que o evento marcante tenha de fato ocorrido?
Com certeza, um evento marcante, fora da rotina, que de alguma forma represente uma ameaça, tem que ter acontecido: sem isso não será possível fazer o diagnóstico, pois a definição dele envolve o evento externo.
7- Tudo que a pessoa sente na hora que lembra está diretamente ligado ao que aconteceu?
Sim, os sintomas têm que estar diretamente relacionados ao evento estressante, as imagens, as recordações e as revivescência têm que ser a respeito do ocorrido e não sobre outros fatos quaisquer, ainda que ameaçadores.
8- Então já sabemos que para o diagnóstico é essencial que a pessoa tenha experimentado ou testemunhado um evento traumatizante ou gravemente ameaçador. Mais algum ponto a ser destacado?
Sim, é necessário também que a pessoa tenha apresentado uma resposta marcante de medo, desesperança ou horror imediatamente após o evento traumático.
Depois disso o indivíduo deve passar a ter recordações vivas, intrusivas (involuntárias e abruptas) do evento, incluindo a recordação do que pensou, sentiu ou percebeu enquanto vivia o evento traumático.
9- O que mais acontece além das recordações?
Podem ocorrer pesadelos baseados no tema. Sentir como se o evento fosse acontecer de novo, chegando a comportar-se como se estivesse de fato vivendo de novo o evento traumático. Nesses eventos é possível que o paciente tenha flashbacks ou alucinações com as imagens do evento traumático.
10- O indivíduo passa a evitar situações iguais a que passou?
Sim, ele passa a evitar as situações que lembram o evento. Ter de expor-se novamente ao local pode ser insuportável para o indivíduo. Com isso a pessoa passa a evitar os assuntos que lembrem o evento, como: as conversas, pessoas, objetos e sensações, tudo que se relacione ao trauma.
11- Ele tenta evitar tudo que o remeta ao evento?
Sim, e as vezes a recordação dos aspectos essenciais do trauma pode também ser apagada da memória.
12- Depois de algum tempo como a pessoa reage?
A pessoa pode afastar-se do convívio social e outras atividades mesmo que não relacionadas ao evento.
Pode passar a sentir-se diferente das outras pessoas. Pode passar a ter dificuldade de sentir determinadas emoções, como se houvesse um embotamento geral dos afetos.
Pode passar a encarar as coisas com uma perspectiva de futuro mais restrita, passando a viver como se fosse morrer dentro de poucos anos, sem que exista nenhum motivo para isso.
Outros sintomas podem ser também insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração, respostas exageradas a estímulos normais ou banais.
13- O diagnóstico é feito na logo em seguida ao evento ocorrer?
Não. Para se fazer o diagnóstico é preciso que esses sintomas estejam presentes por no mínimo um mês. Caso o tempo seja inferior a isso não significa que a pessoa não teve nada, só não se pode dar esse diagnóstico.
Certos sintomas não compõem o diagnóstico, mas podem ser encontrados nos paciente com estresse pós-traumático como dor de cabeça, problemas gastrintestinais, problemas imunológicos, tonteiras, dores no peito, desconfortos.
14- É um transtorno difícil de ocorrer?
Não. O transtorno de estresse pós-traumático é provavelmente um transtorno muito comum, porém pouco conhecido, como nas décadas passadas foram desconhecidos porém freqüentes os transtornos de pânico, fobia social, obsessivo compulsivo.
15- Ele é um transtorno onde a pessoa sente muito medo, fica muito ansiosa?
Sim. Na verdade, ele também é um transtorno de ansiedade, a diferença é por ser causado a partir de um fator externo.
16- Porque ele ocorre?
A mente do homem é capaz de lidar com situações estressantes sem que isso deixe cicatrizes, da mesma forma que os vasos sanguíneos são capazes de suportar elevações da pressão arterial durante o exercício físico normalmente.
Há, contudo limites a partir dos quais o funcionamento mental fica perturbado. Provavelmente isso ocorre quando os mecanismos de enfrentamento e suporte contra estresse são fracos ou quando os estímulos são fortes demais.
17- Dá para saber quando vai surgir o transtorno?
Não dá para saber, o fato de uma pessoa ter passado por um trauma não significa necessariamente que ela terá estresse pós-traumático.
Observa-se que num mesmo evento, algumas pessoas podem apresentar esse transtorno e outras não. Essas variações nos levam a julgar que existem também predisposições pessoais a este problema, o que de fato tem sido constatado, principalmente nos estilos cognitivos.
Pessoas com outros problemas de ansiedade prévios apresentam maior susceptibilidade a desenvolverem o estresse pós-traumático.
18- Quem está no Grupo de Risco do TEPT?
Qualquer pessoa pode desenvolver estresse pós-traumático, desde uma criança até um ancião. Os sintomas não surgem necessariamente logo após o evento, podem levar meses. O intervalo mais comum entre evento traumatizante e o início dos sintomas são três meses. Muitas pessoas se recuperam dos sintomas em seis meses aproximadamente, outras podem ficar com os sintomas durante anos.
19- Que tratamentos a pessoa deve procurar?
Os tratamentos preconizados são os medicamentosos e psicológicos.
Fonte de base:http://www.psicosite.com.br/tra/ans/estrespos.htm
Ref. Bibliograf: Liv 01 Liv 02 Liv 05 Liv 14 Psychiatry Res. 1998; 81: 179-193
Epidemiological and Phenomenological Aspects of Post-Traumatic Stress Disorder
Michael Maes

A PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA. FICA PREJUDICANDO VOCÊ, A MAIORIA DAS VEZES.


A primeira impressão que temos sobre as pessoas e sobre os eventos é uma avaliação feita em alta velocidade. Neste...
A primeira impressão que temos sobre as pessoas e sobre os eventos é uma avaliação feita em alta velocidade. Neste caso podemos afirmar que a pressa é inimiga da perfeição.

1- O que contribui para formarmos uma impressão sobre uma pessoa?

Tudo que já aprendemos sobre ela e sobre as pessoas em geral. Todas estas informações estão em nossa memória o tempo todo.

2- Então avaliamos as pessoas primeiro de acordo com a nossa experiência?

Sim, a nossa experiência está influenciando a nossa impressão sobre o que há no mundo o tempo todo.

3- A nossa experiência ajuda ou atrapalha?

Ajuda. Temos a necessidade de ter uma impressão rápida sobre as coisas que acontecem em nossa vida. Isto faz parte de nosso instinto de preservação: da nossa vida e dos outros.

Há momentos em que a única saída é atacar ou fugir, mas isto não acontece o tempo todo. Não estamos sempre ameaçados.

Não é verdade que matamos um leão por dia e que nunca temos uma folga dos problemas.

4- É um exagero acreditar nisto?

Sim, é um exagero que faz muito mal para as pessoas que, por acreditarem nestas impressões, acabam ficando estressadas, ansiosas, revoltadas ou deprimidas.

5- Como não acreditar que a primeira impressão é a que vale?
Não as seguindo de imediato, devemos considerá-las como uma idéia, uma hipótese que na maioria das vezes, pode ser verdadeira ou falsa. Seguí-las sem lembrar disto pode ser um grande erro.

6- Você tem exemplos de pessoas que seguiram suas primeiras impressões e se deram mal?

Sim.

a) Uma alto executivo perdeu o emprego e teve a impressão que nunca mais trabalharia e que ficaria na miséria. Ficou muito ansioso e passou a pressionar a família a arrumar um emprego imediatamente. Causando sérios conflitos, pois a esposa nunca tinha trabalhado e os filhos estavam no meio de um curso universitário.

b) Uma mulher teve a impressão que o seu marido a estava traindo, porque ultimamente ele estava sempre se queixando de dores e não a procurava mais sexualmente. Ela ficou triste porque achou que ele a deixaria.

c) Uma adolescente teve a impressão que sua mãe não gostava mais dela porque sempre lhe cobrava ter comportamentos de adultos. Ela ficou com raiva e usou drogas.

d) Um homem ficou deprimido depois do falecimento de sua esposa porque teve a impressão achou que sua vida não tinha mais valor. Isolando-se dos filhos, netos, amigos e trabalho.

e) Uma professora mandou um menino para fora da classe porque teve a impressão que um aviãozinho foi jogado por ele enquanto ela estava de costas. Ela ficou muito revoltada e ofendeu o menino sem escuta-lo.

f) O marido brigou com a esposa porque teve a impressão que ela achava a novela mais importante do buscar um café para ele. Evitou falar com ela por uma semana.

g) Uma mulher agrediu uma criança porque teve a impressão que ela chorava para irritá-la.

h) Um irmão agrediu a irmã porque teve a impressão que ela não sairia nunca mais do computador que ele queria usar.

i) Um homem estava com o coração disparado porque estava ansioso, mas teve a impressão que isto o levaria a um enfarto e foi para uma UTI.

j) Uma adolescente deixou de ir na escola porque tinha a impressão que ia desmaiar todas vezes que tinha que fazer prova e ficava nervosa.

7- Em todas estas situações as pessoas acreditaram que a primeira impressão é a que vale, é a que fica?

Sim. Todas elas estavam habituadas a pensar que isto era o certo e achavam que estavam fazendo o certo.

Felizmente, todas essas aprenderam que a primeira impressão é apenas uma idéia e é preciso analisá-las para ver o quanto são verdadeiras ou não.

8- E qual a melhor idéia para se fazer isto?

Ao ter impressões sobre as pessoas ou eventos, pergunte-se:

- Como posso provar que esta impressão é verdadeira?
- Essa impressão é para sempre?
- Essa impressão está me ajudando neste momento?
- Como posso resolver esta situação?

9- Trabalhando assim as impressões não vão atrapalhar mais?

Não. Elas vão ocupar o lugar delas que é de identificar o que está acontecendo e não tirar uma conclusão final precipitada.

10-Porque essas impressões são tão rápiadas?

Elas são comandadas pelo nosso subconsciente. que capta tudo que está fora do nosso foco. Sua principal função é a de avaliar a nossa segurança zelando pela nossa preservação. Ela trabalha com milhões de informações por segundo e ao mesmo tempo.

11-Ele nos protege?

Sim, mas como se nós ainda vivêssemos na pré-história cercado por famintos dinossauros.

Ou como se tivéssemos que matar um leão por dia.

Sua intenção é boa, mas ele tem que ser comandado pela nossa consciência.

12-E qual a função da consciência?

É ela que: percebe o que é de nosso interesse no momento, qual a nossa meta.

É ela que pensa, compara, analisa, avalia, raciocina, associa, organiza, etc.

Ela trabalha com muitas informações por segundos, mas tem o cuidado de avaliar cada informação por vez.

13-Por isso erra menos?

Exatamente.

14- Então a impressão não é a primeira que fica, as aparências enganam?

Isso mesmo.

Preocupação em excesso


Desde criança aprendemos que devemos nos preocupar, mas quando adulto precisamos saber que a preocupação excessiva é uma doença.

1- O que são preocupações excessivas?
São as preocupações frequentemente usadas como estratégias para controlar as conseqüências negativas imaginadas. Essas preocupações se tornam crônicas.

2- Qual o perfil da pessoa que tem preocupações excessivas?
- É uma pessoa que acha que se algo ruim pode acontecer, é sua responsabilidade se preocupar a respeito;
- Não aceita qualquer incerteza – precisa saber de tudo com certeza;
- Trata os seus pensamentos negativos como se fossem verdadeiros;
- Qualquer coisa ruim que venha a acontecer é um reflexo do que ela é como pessoa;
- O fracasso é inaceitável;
- Quer livrar-se de qualquer sentimento negativo imediatamente;
- Trata tudo como se fosse uma emergência.
- Na verdade, se preocupa com algo que provavelmente nunca ocorrerá.
- Elas fazem “o caminho real para a infelicidade!

3- Como fazer para se livrar das preocupações excessivas antes que fiquem crônicas?
São sete passos:
Primeiro passo é pragmático: que utilidade tem a preocupação?
A pessoa argumenta que a preocupação é uma estratégia: que preocupada estará preparada, motivada e capaz de jamais ser surpreendida.
O segundo passo refere-se a lidar com a incerteza, a pessoa deve aceitar a incerteza, que é inevitável e cujo desconforto decorrente pode motivar a mudança e o crescimento.
Terceiro passo, deve desafiar e testar seus pensamentos, através de perguntas como: “qual o pior resultado, o melhor e o mais provável?” ou “estou fazendo as mesmas previsões futuras erradas que eu sempre faço?”.
Perceber e para de fazer a “fusão pensamento-realidade”, em que os preocupados tratam seus pensamentos preocupantes como se fossem fatos, cometendo erros cognitivos típicos, como tirar conclusões precipitadas, perfeccionismo, idéias de “emergência repentina”,
Quarto passo, devem avaliar custos e benefícios, pesando evidências a favor e contra, ou através de experimentos comportamentais e testes de realidade para modificar formas de pensar.
Quinto passo, se perguntar se tem alguém que nunca fracassou ou fracassará?
Todas as pessoas percebem o fracasso do outro sempre? A meta que não alcançou estava correta, era viável? O fracasso é fatal? Não estou exigindo um padrão alto demais?
O sexto passo, devem aceitar e valorizar suas emoções, reconhecendo-as como temporárias se permitir que elas ocorram.
Finalmente, no sétimo passo, deve ter cuidado contra a crença de que o mal chegará muito rapidamente; procurar se desligar do senso de urgência e viver o presente, observando que o que o está preocupando em um momento em breve poderá ser esquecido.

4- Estes passos ajuda a pessoa a não ter as procupações excessivas que param e atrapalham as pessoas?
Sim, é assim que a pessoa vai distinguir entre preocupação produtiva e improdutiva, e apreder a tratar fracassos como oportunidades.
Exemplo: diante da proximidade de uma prova, a pessoa pode escolher entre:
1-se preocupar a respeito; 2) se embebedar; ou 3) estudar. Qual dessas é a melhor estratégia?”

5- O que as pesquisas mostram preocupações excessivas?
85% das coisas sobre as quais os preocupados se preocupam tendem a ter um resultado positivo (ou seja elas nâo acontecem).
E desses 15% que dão resultado negativo 79% dos casos as pessoas dizem que lidaram melhor do que esperavam.

Texto baseado nos comentários da Dra Ana Maria Serra sobre o livro Robert L. Leahy
“Worry Cure – Seven steps to stop worry from stopping you”, Ed. Harmony Books, New York, 2005.

PESSOAS ENLATADAS



Algumas pessoas parecem que estão em conservas, o tempo passa e elas não mudam, continuam conservadas com suas idéias e jeito de ser.
Os conservantes facilitam a vida das pessoas, principalmente no setor de alimentação. Você vai ao comércio e se depara com uma grande variedade de alimentos em conserva; o objetivo é fazer com que o alimento se mantenha saudável. Algumas pessoas parecem que estão em conservas, o tempo passa e elas não mudam, continuam conservadas com suas idéias e jeito de ser.

1- As pessoas tentam se manter conservadas em quais aspectos?

Na maioria das vezes tentam se manterem conservadas em tudo.
Na idade, na aparência, no emprego, na família e, principalmente em seu jeito de pensar e de ser.

2- É ruim manter-se conservada?

Sim. À medida que a pessoa tem como meta se conservar ela investe em comportamentos que a mantenha do mesmo jeito, no mesmo local, o tempo todo.
Uma pessoa resiste em terminar um relacionamento que lhe faz mal.
Uma pessoa resiste em sair de um curso que já descobriu que não tem interesse.
Uma pessoa resiste em aceitar ser promovida de cargo no trabalho por medo de mudar.
Uma pessoa resiste em não reconhecer que seu filho já sabe fazer escolhas.
Uma pessoa resiste em abusar de bebida alcoólica mesmo ficando mal.

3- Pessoas que desejam manterem-se conservadas têm medo de mudanças?

Sim, qualquer mudança é vista como uma ameaça da qual ela se esquiva. Elas têm muitos pensamentos de ameaça.

4- São esses pensamentos de ameaça que geram a ansiedade?

Sim, pensamentos de ameaça sempre geram ansiedade. Podemos afirmar que essas pessoas têm pensamentos rígidos ou uma rigidez mental.

5- Então os pensamentos rígidos são os conservantes que mantém essas pessoas do mesmo jeito, como se estivessem enlatadas?

Isso mesmo, com uma grande diferença: os alimentos precisam ser protegidos dos microorganismos ou ficarão estragados, mas as pessoas são diferentes dos alimentos.
As pessoas quando usam os pensamentos rígidos para se manterem do mesmo jeito elas ficam muito mais ameaçadas.

6- Como assim, quanto mais elas se protegem mais ficam ameaçadas?

Ficar com alguém com quem freqüentemente tem problemas não garante a sua felicidade.
Fazer uma faculdade sem interesse não garante que a pessoa venha a ser um bom profissional.
Não aceitar uma promoção não garante o seu emprego.
Não aceitar as escolhas do filho não garante que ele seguirá as dos pais.
Continuar abusando de bebida alcoólica não lhe garante um bem estar.

7- Se quanto mais se protegem mais ficam piores porque insistem em não mudarem?

Por que no exato momento, em que ficam ansiosas, a única coisa que importa é acabar com o mal estar.

8- Mas elas não sabem que o mal estar vai voltar que o alívio é passageiro?

A maioria das pessoas sabe, mas elas acreditam que se o mal estar voltar poderão se defender do mesmo jeito.
Se a pessoa fica mal porque está com alguém com quem freqüentemente tem problemas ela lembra o quanto pode ser ruim ficar sozinha e volta para a pessoa.

Se a pessoa fica mal por fazer uma faculdade sem interesse ela lembra que ficar sem o curso pode ser pior e não muda.

Se a pessoa fica mal por não aceitar uma promoção ela lembra que pode errar na nova função e não muda.

Se a pessoa fica mal porque o filho tem suas próprias escolhas ela lembra que ele não sabe tudo da vida e continuará a ser superprotetora..

Se a pessoa fica mal porque está sem beber ela lembra que o mal estar passou quando ela bebeu e, então, bebe de novo.

É assim que nasce a rigidez, o vício, a compulsão.

9- Essas pessoas nunca mudam?

Mudam quando acreditam que manter a rigidez vai lhes acarretar um grande ameaça.

Ou seja: mudam de roupas, de sapatos, etc, mas não mudam os seus pensamentos. Continuam rígidas quanto a pensarem que continuam ameaçadas.

E não mudam porque no íntimo acreditam que estão certas.

10- Qual a saída para elas?

Perceberem que fazem previsões de ameaça o tempo todo e começarem a conferir se essas previsões de fato ocorrem.

Trocarem idéias sobre suas preocupações com pessoas em quem confiam e pedir que lhes ajudem a conferir se os seus pensamentos estão bem fundamentados na realidade.

Outra opção, procurar ajuda profissional.
"Uma situação não determina como nos sentimos, mas sim a maneira como a construímos"
Aaron T. Beck
Programa Rádio Mulher de 05 de julho de 2006.

PENSE BEM, VENDA MELHOR.


A realização pessoal acontece também quando temos uma realização profissional. Não importa a profissão, sempre estaremos formando idéias ao refletirmos sobre o nosso desempenho na mesma. Faz-se necessário conhecer essas idéias e examiná-las.
PENSE BEM, VENDA MELHOR.
Programa Rádio Mulher de 08 de fevereiro de 2006.
Consultor Arnaldo Vicente, Psicólogo Especialista em Terapia Cognitiva.
1- O que um vendedor pensa influi em suas vendas?
Com certeza. No momento em que avistam o cliente sua primeira reação é refletir e ter pensamentos sobre a situação.
2- Porque esses pensamentos influem tanto nas pessoas?
Por que esses pensamentos se congelam em convicções, ou seja, as pessoas imediatamente, automaticamente acreditam no que pensam.
Uma vez acreditadas essas convicções podem se tornar tão habituais que o vendedor nem se dá conta de que as tem.
Porém as convicções não ficam ociosas: tem conseqüências.
3- E quais são as conseqüências de acreditar nesses pensamentos automaticamente?
Eles são as causas diretas do que ele sente e do que ele faz em seguida.
4- Então as convicções podem estabelecer a diferença entre um vendedor desanimado e desistente, de um lado, e o de um vendedor animado e persistente, do outro?
É isso mesmo.
5- Em geral quais são os pensamentos do vendedor desanimado e desistente?
Depende da situação do momento.
6- Considerando que não é possível ter certeza se o cliente comprará ou não, o que ele pode pensar?
- Lá vou eu para receber mais um não. Detesto fazer isto. Fica irritado, tenso e vai até o cliente com má vontade.
7- E numa situação em que o cliente diz que está apenas olhando, o que ele pode pensar?
- Ele está me enrolando, devia ir enrolar em outro lugar. Fica irritado e se distancia do cliente.
- Eu devo mesmo ser muito ruim.
8- E quando consegue fazer uma boa venda, o que ele pode pensar?
- Pelo menos este não tomou apenas o meu tempo, mesmo assim não foi grande coisa. Fica ansioso e anda agitado sem estar preparado para uma próxima venda.
9- Em geral quais são os pensamentos do vendedor animado e persistente?
Também depende da situação.
10- Considerando que não é possível ter certeza se o cliente comprará ou não, o que ele pode pensar?
- Vamos ver o que ele precisa hoje. Fica animado e dá atenção, mostrando possibilidades de produtos ou plano de compra que o cliente nem imaginava..
11- Numa situação em que o cliente diz que está apenas olhando?
- Ele está interessado, vou ficar por perto. Fica animado, dá atenção e se interessa em saber o que o cliente está pensando sobre os produtos.
12- E quando consegue fazer uma boa venda?
- Mais uma vez consegui, eu estou ficando bom nisso. Fica animado, alegre, confiante e pronto para novas vendas.
13- Os vendedores desanimados e desistentes são pessimistas?
Exatamente. Eles têm, mesmo sem perceberem, pensamentos de que se as vendas não dão sempre certo então nunca venderão nada para alguém.
E mais: quando conseguem fazer uma venda já pensam nas que não conseguirão fazer.
Eles estão sempre insatisfeitos, mau humorados e desanimados.
Em geral ficam pouco tempo em cada emprego.
14- Os vendedores animados e persistentes são otimistas?
Exatamente. Eles têm, mesmo sem perceberem, pensamentos de que se conseguiram fazer uma venda isto é uma prova de que têm jeito para vendas e que podem ficar melhor a cada dia.
E mais: quando não conseguem fazer uma venda pensam que o cliente teve seus motivos para não comprar desta vez, mas poderão voltar e comprar num outro momento.
E lembram que se um cliente não comprou não significa que todos não comprarão.
Eles estão sempre aumentando sua satisfação, são pessoas bem humoradas e animadas as maiorias das vezes..
Em geral ficam no emprego um bom tempo, principalmente se sua empresa também for otimista..
15- Os vendedores pessimistas podem se transformar em vendedores otimistas?
É claro que sim.
Eles podem começar a se dar conta de suas reflexões e desafiá-las.
Verificar se estão bem fundamentadas na realidade.
Verificar se elas têm ajudado ou atrapalhado suas metas no trabalho.
E criar novas reflexões e ações para as situações em que se descobriu pessimista.
16- A pessoas devem investir em si mesmas ou devem esperar pela empresa?

As empresas modernas devem investir em seu pessoal tanto quanto investem no seu desenvolvimento e na tecnologia de seus produtos. Não basta uma mudança material é preciso associa-la a mudanças de atitudes, do empresário e de seus funcionários.
No entanto isto não tira a responsabilidade de que cada pessoa deve investir em si mesma e tornar-se um indivíduo cada vez melhor.
Lembrem-se
"Uma situação não determina como nos sentimos,
mas sim o modo com a construímos"

Otimismo


Você pode escolher ser otimista ou pessimista. Estilos de atribuição de Martin Seligman.
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Ao analisar as suas auto explicações sobre você, o mundo e o futuro as dimenões de permanência, abrangência e personalização tem uma importância fundamental na qualidade de suas emoções e comportamentos.
Quem Não Desiste Nunca?

Como você pensa a respeito das causas dos Infortúnios pequenos e grandes, que se abatem sobre você? Algumas pessoas as que desistem facilmente, dizem habitualmente de seus infortúnios: “ Só podia acontecer comigo. Vai durar para sempre e vai comprometer tudo que estou fazendo.”. Outros, aqueles que resistem a se entregar à adversidade, dizem: “ Foram as circunstâncias. Vai passar logo e, além do mais, a vida ainda tem muito o que oferecer .”
Sua maneira habitual de explicar os maus acontecimentos, seu estilo explicativo, é muito mais do que as palavras que você anuncia quando fracassa. É um hábito de pensar adquirido na infância e na adolescência. Seu estilo explicativo emana diretamente da maneira como vê o lugar que ocupa no mundo – se se considera uma pessoa possuidora de méritos ou desprovida de qualidades, inútil. É a marca que o distingue como otimista ou pessimista.

HÁ TRÊS DIMENSÕES CRUCIAIS PARA O SEU ESTILO EXPLICATIVO: PERMANÊNCIA, ABRANGÊNCIA E PERSONALIZAÇÃO.

PERMANÊNCIA

As pessoas que desistem com facilidade acreditam que as causas dos maus acontecimentos que ocorrem em suas vidas são permanentes, persistem, afetando tudo o que fazem. As que resistem ao desamparo acreditam que as causas dos infortúnios são passageiras.

PERMANENTES PASSAGEIRAS
“Estou liquidado.” “Estou exausto”.
“Os regimes nunca funcionam.” “Os regimes não funcionam
quando você come fora.”
“Você sempre resmunga.” “ Você resmunga quando não
limpo meu quarto.”
“O patrão é um f.- d.-p.” “O patrão está de mau humor.”
“Você nunca fala comigo”. “ Você não tem falado comigo
ultimamente.”

Se pensa sobre os reveses em termos de sempre e nunca, você tem um estilo permanente, pessimista. Se pensa em termos de às vezes e ultimamente, se usa gradações e atribui os reveses a condições transitórias, você tem um estilo otimista.

Os reveses fazem com que qualquer um fique pelo memos momentaneamente desamparado. É como um soco no estomâgo. Dói mas a dor passa – para algumas quase estantaneamente. Para as outras, a dor permanece ela ferve, ela corrói, e acaba se transformando em rancor. Entregam-se ao desamparo durante dias e até meses, até mesmo diante de pequenos contratempos. São capazes de nunca mais se recuperarem de grandes reveses.

O ESTILO OTIMISTA DE EXPLICAR OS BONS ACONTECIMENTOS É JUSTAMENTE O OPOSTO DO ESTILO OTIMISTA DE EXPLICAR OS MAUS ACONTECIMENTOS.

As pessoas que acreditam que os bons momentos acontecimentos têm causas permanentes são mais otimistas do que as que acreditam que eles têm causas temporárias.

TEMPORÁRIAS PERMANENTES
(Pessimistas): (Otimistas):
“É o meu dia de sorte.” “Tenho sempre sorte”.
“Faço força.” “Sou talentoso.”
“O meu adversário cansou.” “O meu adversário não é bom.”

As pessoas otimistas explicam os bons eventos a si mesmas em termos de causas permanentes : características, habilidades, sempre. Os pessimistas denominam as causas transitórias de: estados de espírito, esforço, às vezes.

As pessoas que acreditam que os bons acontecimentos têm causas permanentes esforçam-se ainda mais depois de terem sido bem sucedidas. As que atribuem razões temporárias aos bons acontecimentos podem desistir depois de serem bem sucedidas, acreditando que o sucesso foi um casualidade.

Abrangência: O Específico contra o Universal

A PERMANÊNCIA TEM A VER COM O TEMPO. A ABRANGÊNCIA, COM O ESPAÇO.
Vejamos um exemplo: numa grande firma de varejo, metade do departamento de contabilidade foi despedido. Dois dos contadores, Nora e Kevin, ficaram deprimidos. Durante muito meses, não podiam nem pensar em procurar outro emprego e evitavam qualquer tarefa que lhes lembrasse cálculos contábeis, até mesmo preenchimento da declaração do imposto de renda. Nora, entretanto, continuou sendo uma esposa carinhosa e inteligente. Sua vida social prosseguiu normalmente, sua saúde manteve-se ótima, e ela passou a trabalhar três vezes por semana. Em contrapartida, Kevin desabou. Esqueceu a mulher e o filho pequeno, ficando o tempo todo ensimesmado. Recusava-se a ir em festas, dizendo que não podia ver gente. Não achava graça nas piadas.
Pegou um resfriado que durou todo inverno, e desistiu de correr todas as manhãs. Algumas pessoas são capazes de arquivar seus problemas e continuar tocando a vida mesmo quando um de seus aspectos importantes – o trabalho ou o relacionamento amoroso, por exemplo – esteja em crise. Outros se descabelam por qualquer coisa,
dramatizam. Quando um fio de suas vidas cede, lá se vai todo o tecido. Trocando em miúdos: as pessoas que dão explicações universais para seus insucessos desistem de tudo quando ocorre um réves numa determinada área. As pessoas que dão explicações específicas podem se sentir desamparadas naquele segmento de suas vidas, o que não as impede, entretanto, de cuidar corajosamente dos demais.
Eis aqui alguns exemplos de explicações universais e específicas de maus acontecimentos:

UNIVERSAIS ESPECÍFICAS
(Pessimistas): ( Otimista):
“Todos os professores “O professor Seligman é injusto”.
são injustos”.
“ Eu sou repulsiva”. “ Eu sou repulsiva para ele.”
“Os livros são inúteis”. “ Esta livro é inútil”.

Nora e Kevin eram ambos pessimista nesse particular . Quando foram despedidos, ambos ficaram deprimidos por muito tempo. Mas eram diferentes na dimensão de abrangência. Kevin acreditava que a dispensa iria comprometer tudo o que tentasse fazer; passou a se considerar um fracasso, imcompetente. Nora achou que os acontecimentos adversos tinham motivos muito específicos. Quando foi despedida, pensou que não era boa em contabilidade.

Explicações universais, de caráter genérico,produzem desamparo num raio de muitas situações, e explicações específicas produzem desamparo somente na área em crise. Kevin era vítima da dimensão de abrangência. Ao ser despedido, achou que a causa era genérica, e agiu como o desastre tivesse atingido todos os aspecto de sua vida. O escore de abrangência de Kevin revelou que ele era catastrofizador.

Você acostuma catastrofizar?

O estilo explicativo otimista para os bons acontecimentos é o oposto do estilo explicativo para os maus acontecimentos. O otimista acredita que os maus acontecimentos têm causas específicas, ao passo que os bons acontecimentos favorecerão tudo que fizer; o pessimista acredita que os maus acontecimentos têm causas universais e que os bons acontecimentos são causados por fatores específicos. Quando ofereceram a Nora a oportunidade de voltar a trabalhar temporariamente na companhia, ela pensou: “ Finalmente, concluíram que não podem passar sem mim.” Quando fizeram a mesma proposta a Kevin, ele pensou: “ Eles devem estar mesmo precisando de gente.”

ESPECÍFICAS UNIVERSAIS
(Pessimistas): ( Otimistas):
“ Sou bom em matemática.” “Sou bom”.
“ Meu corretor conhece ações “Meu corretor conhece Wall Street”.
de petróleo.”.
“Fui charmoso com ela.” “Fui charmoso”.

A Matéria da Esperança

A esperança tem sido amplamente explorada pelos pregadores, políticos e vendedores. O conceito de estilo explicativo traz esperança aos laboratórios, onde os cientistas podem dissecá-lo a fim de compreender como ele funciona. Termos ou não termos esperança depende de duas dimensões do nosso estilo explicativo: abrangência e permanência. Encontrar razões temporárias limitam o desamparo no tempo e as razões específicas limitam o desamparo à situação original. De outra parte, as razões permanentes estendem o desamparo ao futuro distante e as razões universais espalham o desamparo por todas as suas iniciativas. Atribuir razões permanentes e universais para o infotúnio é praticar o desespero.

SEM ESPERANÇA ESPERANÇOSO
“Sou burro”. “Estou de ressaca.”
“Os homens são tiranos.” “ Meu marido não estava numa boa.”
“Aposto que esse tumor é câncer”. “Aposto que esse tumor é benigno.”

As pessoas que dão explicações permanentes universais para os seus problemas tendem a entrar em colapso quando sob pressão, por muito tempo e diversas situações. Nenhum outro resultado isolado é tão importante quanto o seu escore de esperança.

Personalização: Interna contra Externa ( Interior contra Exterior )

HÁ UM ASPECTO FINAL DO ESTILO EXPLICATIVO: PERSONALIZAÇÃO.
Uma ocasião, comenta Seligman, vivi com uma mulher que punha a culpa de tudo em cima de mim. A comida ruim de um restaurante, vôos atrasados e até o vinco malfeito das calças que voltavam da tinturaria. -Querida – eu disse um dia, exasperado após ter sido repreendido porque o secador de cabelos não funcionava -, você é a criatura que mais exterioriza as contrariedades que já conheci.
- É verdade – esbravejou -, e você é o culpado!

Quando acontecem coisas ruins, podemos nos culpar (interiorizar) ou ou podemos culpar outras pessoas pelas circunstâncias (exteriorizar). As pessoas que se culpam têm, conseqüentemente, pouca auto-estima. Julgam-se sem valor e sem talento e desprezíveis. As pessoas que põem a culpa nos acontecimentos externos não perdem
a auto-estima quando ocorrem reveses. No fundo, gostam mais de si mesmas do que as pessoas que se culpam pelos tropeços da vida. Um nível baixo de auto-estima deriva geralmente de um estilo interiorizado com relação aos maus acontecimentos.

INTERIORIZADO EXTERIORIZADO
(Baixa auto-estima) (Alta auto-estima)
“Sou um burro.” “Você é um burro.”
“Não sou bom jogador de pôquer.” “Não tenho sorte no pôquer”
“Sou inseguro”. “Cresci na pobreza.”

Das três dimensões do estilo explicativo, a personalização é a mais fácil de se entender . Afinal, uma das primeiras coisas que uma criança aprende a dizer é: “Foi ele, não fui eu!” A personalização também é a dimensão mais fácil de ser superestimada. Ela controla apenas o que você sente sobre si mesmo, mas a abrangência e a permanência – as dimensões mais importantes – controlam o que faz; quanto tempo você fica desamparado e em quantas situações.
A personalização é a única dimensão fácil de ser camuflada. Se eu lhe disser para falar sobre seus problemas de uma maneira exteriorizada, você será capaz de fazê-lo – mesmo que seja um introvertido crônico. Você poderá divagar, pondo a culpa nos outros pelos seus problemas. Entretanto, se for pessimista e eu lhe disser para discorrer sobre os seus problemas conferindo-lhes causas temporárias e específicas, você não será capaz de fazê-lo ( a menos que tenha lido o livro e dominado as técnicas da Terceira Parte: “Mudando: Do Pessimismo para o Otimismo”).
Uma última informação, o estilo otimista de explicar os bons eventos é o oposto do usado para os maus aconte-
cimentos. É interno e não externo. As pessoas que acreditam que são causadoras de coisas boas em geral gostam mais de si mesmas do que as que julgam que as boas coisas derivam de outras pessoas ou de outras circunstâncias.

EXTERIORIZADO INTERIOZADO
(Pessimistas): (Otimistas):
“Um golpe de sorte ...” “Posso tirar partido da sorte”.
“A habilidade de meus colegas...” “ Minha habilidade...”

Advertência sobre a responsabilidade:

EMBORA SEJAM EVIDENTES AS VANTAGENS DE APRENDER O OTIMISMO – há alguns desejos.

Temporários? Circunscritos? Tudo bem. Quero que minhas depressões sejam curtas e limitadas. Quero me recuperar rapidamente. E se suas causas forem externas? Será justo culpar outras pessoas por seus reveses? Sem dúvida, queremos que as pessoas assumam as conseqüências das confusões que aprontam, que sejam responsáveis pelos seus atos. Certas doutrinas psicológicas, prejudicaram nossa sociedade ajudando a corroer a responsabilidade pessoal. O mal é rotulado erroneamente de insanidade; os maus modos são levados à conta de neuroses; pacientes “tratados com êxito”negligenciam suas obrigações para com suas famílias porque elas não lhes proporcionam realização pessoal. A questão é saber se a mudança de conceituação sobre as causas dos reveses, que deixariam de ser interiores para se exteriorizarem (“A culpa não é minha... é falta de sorte”), não é minha a responsabilidade.
Sou contra qualquer estratégia que contribua para erodir ainda mais a responsabilidade. Não acredito que as pessoas devam mudar radicalmente suas convicções, transformando seu sucesso mental interior em exterior, por atacado. Todavia, há uma condição em que isso não pode deixar de ser feito: a depressão. As pessoas deprimidas geralmente assumem muito a responsabilidade pelas adversidades do que lhes cabe.
Há um assunto mais profundo a ser considerado: por um motivo, antes de tudo, as pessoas devem assumir a responsabilidade por seus reveses. A resposta, quero crer, é porque queremos que as pessoas mudem, e sabemos que elas não o farão se não assumirem responsabilidade. Se quisermos que as pessoas mudem, a interiorização não é tão decisiva quanto a permanência. Se você acreditar que a causa de seu infortúnio – estupidez, falta de talento, feiúra – é permanente, não agirá para modificá-la. Não fará nada para se aperfeiçoar. Se quisermos que as pessoas sejam responsáveis pelos seus atos, então, sim, havemos de querer que elas tenham um estilo interior. E, o que
é mais importante: as pessoas precisam adotar um estilo temporário em relação aos reveses – precisam acreditar que, sejam quais forem as causas, elas podem ser modificadas.

E se Você For um Pessimista?

FAZ MUITA DIFERENÇA SE O SEU ESTILO É PESSIMISTA.

Se o seu escore no teste for fraco, há quatro áreas onde você encontrará ( e provavelmente já encontrou) problemas. Primeiro, você tem tendência a ficar deprimido com facilidade. Segundo, é possível que o seu rendimento no trabalho esteja aquém do seu talento. Terceiro, sua saúde física – e seu sistema imunológico – provavelmente deixam a desejar, e o quadro atual poderá piorar à medida que você envelhecer. Finalmente, a vida não é tão prazerosa quanto deveria ser.
O estilo explicativo pessimista é uma desgraça. Se o seu pessimismo situa-se num nível médio, ele não chegará a constituir problema em tempos normais. Mas nas crises, nos tempos difíceis que a vida reserva para nós, é quase certo que você pagará um preço indevido. Quando for vitima do revés, tudo indica que ele o deixará mais deprimido do que seria razoável. Como você reage normalmente quando suas ações caem, quando é rejeitado por
alguém que ama, quando não consegue o emprego que pleiteava? Você fica muito triste. Perde a alegria de viver. É impossível para você enfrentar qualquer tipo de desafio. O futuro lhe parece tenebroso. E você se sente assim durante muitos dias e até mesmo meses. Sem dúvida, você já se sentiu desta maneira muitas vezes; a maioria das pessoas reage desse modo. Entretanto, embora essas rasteiras possam ser um fato corriqueiro, isso não quer dizer que ele seja aceitável ou que a vida tenha de ser necessariamente assim. Se você usar um estilo explicativo diferente, estará mais bem aparelhado para enfrentar tempos difíceis e evitar que eles o levem à depressão. Mas isso está longe de esgotar as vantagens de um novo estilo explicativo. Se o seu grau de pessimismo for médio, você estará atravessando a vida num nível inferior ao que faz jus por força de seus talentos. Como você verá mesmo um grau médio de pessimismo compromete seu desempenho no colégio, no trabalho e nos esportes, o que também é verdade no que diz respeito à sua saúde física. O capítulo 10, do livro, ilustra como, ainda que você seja apenas discretamente pessimista, sua saúde pode não ser das melhores. É de se supor que sofrerá de doenças crônicas decorrentes ao envelhecimento prematuro e mais penoso do que o necessário. O seu sistema imunológico poderá não funcionar tão bem quanto deveria; você também poderá ser mais lenta. Se você recorrer às técnicas expostas no Capítulo 12, poderá elevar seu nível diário de otimismo. Reagirá às adversidades normais da vida muito mais positivamente e se recuperará dos reveses com muito mais rapidez do que antes. Realizará mais no trabalho, no colégio e nas praças de esporte. E, a longo prazo, até o seu corpo o servirá melhor.

Entenda tudo sobre otimismo lendo o livro de Martin Seligman: Aprenda a ser Otimista
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