TCC 2015

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terça-feira, 23 de setembro de 2008

Transtornos Alimentares


Anorexia, bulimia e compulsão alimentar: a busca da perfeição faz com que a pessoa tenha uma vida de ...
1- O que são transtornos alimentares
Patologias psiquiátricas em que o indivíduo expressa no corpo, através de uma disfunção alimentar grave, alguma insatisfação de sua vida pessoal.

2- Quais são os transtornos?
Anorexia nervosa, bulimia nervosa e compulsão alimentar.

3- O que caracteriza a anorexia?
Caracteriza-se por recusa à alimentação, peso muito baixo (em 85% ou menos do nível normal) e medo obsessivo de engordar. As mulheres não menstruam e podem desenvolver problemas nos órgãos reprodutores.
A pessoa têm problemas físicos, psicológicos e sociais.

4- Como começa a anorexia?
A anorexia começa sorrateiramente, em geral, com uma dieta onde não é possível perceber um comportamento problemático. Aos poucos, o medo de engordar cresce a tal ponto que a paciente deixa de sair com amigos e de comer com a família por medo de perder o controle sobre a dieta.

5- Como ela restringe a alimentação?
Ela restringe sua alimentação ao máximo e pode passar dias sem fazer uma refeição. Isso sem contar o abuso de laxantes, diuréticos e exercícios físicos.

6- A pessoa perde peso, mas continua emagrecendo?
Sim, mesmo quando estão muito abaixo do peso - há casos de meninas que chegam aos 20 kg -, as pacientes continuam 'se vendo' gordas, um problema conhecido como distorção da imagem corporal. Muitas, depois de dias sem se alimentar, quando enfim comem qualquer coisa, vomitam logo em seguida.

7- É grande o número de pessoas que chegam a morrer por anorexia?
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 20% dos casos de anorexia terminam em morte da paciente.

8- E como é a bulimia nervosa?
É um problema bastante diferente, embora ambas queiram perder peso.
Outra diferença importante é que enquanto a bulímicas sabem que seu comportamento é nocivo e sentem-se culpadas, as anoréxicas acreditam que o que fazem é normal e justificável.

9- As mulheres que tem bulimia não ficam tão magras como as que têm anorexia?
Não, as bulímicas não apresentam uma perda de peso acentuada como as anoréxicas. A maioria é de mulheres com peso normal, ou até um pouco acima.
Além disso, as pacientes de bulimia não têm uma distorção de imagem corporal tão grande como a que é causada pela anorexia.

10- Que características têm as mulheres com anorexia?
São mulheres que vivem fazendo dieta e exercícios para manter a forma. De uma hora para outra, elas perdem o controle e comem tudo o que vêem pela frente em curto espaço de tempo (estudos descrevem situações em que chegam a ingerir mais de 15 mil calorias em um único dia). A comilança é seguida de vômitos ou de tentativas de esvaziar o estômago com laxantes e exercícios físicos.

11- Como é a Compulsão alimentar?
É um processo semelhante ao que ocorre com os pacientes bulímicos, onde a pessoa tem momentos de compulsão e come de modo exagerado mas sem compensações para eliminar o excesso de calorias, o que leva à obesidade.
Afeta 25% das pessoas que procuram tratamento para emagrecer. Os comedores compulsivos são mais deprimidos que os obesos normais.

12- Um regime pode causar um transtorno alimentar?
Indivíduos diagnosticados com transtornos alimentares freqüentemente relatam que seu problema alimentar começou com uma dieta para emagrecer.

13- O que dizem as pesquisas?
As pesquisas revelam que a dieta é, de fato, o fator desencadeante mais comum dos transtornos alimentares, mas ela sozinha não explica o desenvolvimento da síndrome completa.

Mas, é preciso lembrar que, nas sociedades ocidentais ou ocidentalizadas, uma enorme proporção de indivíduos faz dietas para emagrecer, mas apenas uma pequena parcela destes desenvolve um transtorno alimentar.

14- O que causam esses transtornos?
Na verdade, os transtornos alimentares são causados por uma combinação de múltiplos fatores, que incluem predisposições genéticas, traços de personalidade e padrões de relação familiar.

A dieta pode exacerbar dificuldades pré-existentes e, em combinação com mudanças de vida e acontecimentos estressantes, pode levar indivíduos suscetíveis a desenvolverem o transtorno.

A restrição alimentar pode favorecer o aparecimento das compulsões alimentares e iniciar o ciclo compulsão/purgação em indivíduos cuja auto-estima esteja excessivamente baseada na aparência física.

Alguns indivíduos em restrição alimentar, no entanto, conseguem aumentar cada vez mais a restrição sem ter compulsões, possivelmente porque o emagrecimento diminui sua sensação de impotência e baixa auto-estima.

Assim se instala a desnutrição, que aumenta a distorção da imagem corporal e os pensamentos obsessivos sobre comida, levando a um aumento vicioso da necessidade de controle e do medo de engordar , típicos da anorexia nervosa.

15- Quais as dicas para não desenvolver transtornos alimentares?

- Pare de falar sobre seu peso, especialmente perto de outras garotas: 40% delas estão tentando emagrecer
- Duvide dos padrões da indústria da moda. As modelos pesam 23% a menos que a média das mulheres
- Pare de tentar emagrecer por conta própria. Preocupe-se em fazer refeições saudáveis e exercícios físicos
- Gaste seu dinheiro com roupas que valorizem sua silhueta
- Faça uma lista de mulheres admiráveis que não seguem o padrão de beleza vigente
- Invista nas tarefas que você faz bem e em seus relacionamentos

16- Como é o tratamento dos transtornos alimentares?

O tratamento dos transtornos alimentares envolve necessariamente uma equipe multi-disciplinar especializada, composta geralmente por psiquiatra, clínico geral, nutricionista e psicólogo.
O tratamento clínico tem como meta o restabelecimento de um peso adequado e da condição física do indivíduo, assim como uma normalização da rotina alimentar.

Do ponto de vista psicológico, a psicoterapia tem o objetivo de abordar os receios e angustias subjacentes aos sintomas propiciando a busca por soluções mais satisfatórias e adaptadas para o indivíduo.

Muitas vezes, é necessário também abordar a família e os padrões de interação que propiciam o aparecimento e a perpetuação dos sintomas alimentares.
Diferenças entre os pacientes de transtornos alimentares:
Anorexia
Bulimia
Compulsão alimentar
Grande maioria de mulheres (0,5% da população)
Grande maioria de mulheres (1% da população)
Maioria de mulheres, mas há bem mais homens que nos outros transtornos (2% da pop.)

Algumas, além de restringir alimentação, vomitam (por auto-indução ou com remédios)
vomitam (por auto-indução ou com uso de remédios) recorrentemente após episódios compulsivos
Não apresentam vômitos
Abusam de diuréticos e laxantes
Algumas abusam de diuréticos e laxantes
Não usam diuréticos ou laxantes
Apresentam perda de peso grave
Apresentam peso normal ou acima do normal
75% apresentam obesidade Possuem grande distorção da imagem corporal, tanto própria quanto alheia
Distorção da imagem corporal é menos acentuada
Não há distorção da imagem corporal
Têm em média 16 anos
Têm em média 20 anos
Têm em média mais de 30 anos
Negam a fome
Tentam controlar a fome e acabam tendo episódios onde ela é muito grande e foge ao controle
Alimentam-se normalmente durante o dia, mas têm episódios onde comem em demasiado
São introvertidas São mais extrovertidas
São introvertidos
Acreditam que seu comportamento é normal e suas atitudes, corretas
Sentem-se culpadas por seu comportamento
Culpam-se por seu comportamento
Sua menstruação pára
Sua menstruação pode se tornar irregular
Não há problemas com menstruação
Podem apresentar problemas afetivos
Podem apresentar problemas afetivos e abuso de álcool e drogas
Podem apresentar problemas afetivos e vício em jogos de azar e bingos

TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO - TOC.


Querer sentir-se seguro no dia a dia é um desejo normal, para que isto aconteça é preciso ter certos cuidados como seguir regras e evitar situações que possam nos ameaçar. Quando estes cuidados são repetidos excessivamente podemos estar diante de um transtorno comum: o TOC.
1- O que é o TOC?

O TOC é um transtorno mental incluído entre os chamados transtornos de ansiedade.

2- Quais são os seus sintomas?

Seu sintoma principal é a presença de obsessões que são acompanhados de ansiedade ou desconforto, e das compulsões ou rituais realizados para reduzir a aflição que acompanha as obsessões.

3- O que são obsessões?

Obsessões são pensamentos ou impulsos sentidos como estranhos ou impróprios, que invadem a mente de forma repetitiva e persistente. Podem ainda ser imagens, palavras, frases, números, músicas, etc.

4- Quais as obsessões mais comuns?

• Preocupação excessiva com sujeira, germes ou contaminação

• Dúvidas quanto a fechar o carro, o gás, etc

• Preocupação com simetria, exatidão, ordem, seqüência ou alinhamento

• Pensamentos, imagens ou impulsos de ferir, insultar ou agredir outras pessoas

• Pensamentos, cenas ou impulsos indesejáveis e impróprios, relacionados a sexo (comportamento sexual violento, abusar sexualmente de crianças, falar obscenidades, etc.)

• Preocupação em armazenar, poupar, guardar coisas inúteis ou economizar

• Preocupações com doenças ou com o corpo

• Religião (pecado, culpa, escrupulosidade, sacrilégios ou blasfêmias)

• Pensamentos supersticiosos: preocupação com números especiais, cores de roupa, datas e horários (podem provocar desgraças)

• Palavras, nomes, cenas ou músicas intrusivas e indesejáveis

5- As obsessões interferem no estado emocional das pessoas?

Sim, obsessões são pensamentos, e já sabemos que os pensamentos determinam nossas emoções; geralmente as pessoas sentem ansiedade, medo, aflição, angústia, culpa ou desprazer.

6- O que as pessoas com TOC fazem para lidar com essas emoções?

Elas tentam neutralizar esse desconforto realizando rituais ou compulsões, ou através de evitações (não tocar, evitar certos lugares).

7- O que são compulsões ou rituais?

São comportamentos ou atos mentais voluntários e repetitivos, executados em resposta a obsessões, ou em virtude de regras que devem ser seguidas rigidamente.

8- Quais as compulsões mais comuns?

• De lavagem ou limpeza

• Verificações ou controle

• Repetições ou confirmações

• Contagens

• Ordem, simetria, seqüência ou alinhamento.

• Acumular, guardar ou colecionar coisas inúteis (colecionismo), poupar ou economizar.

• Compulsões mentais: rezar, repetir palavras, frases, números.

• Diversas: tocar, olhar, bater de leve, confessar, estalar os dedos.

9- Existem compulsões mentais que a pessoa faz e ninguém percebe?

Sim, elas são realizadas mentalmente e não mediante comportamentos motores, observáveis. Elas têm a mesma finalidade: reduzir a aflição associada a um pensamento. Alguns exemplos:

• Repetir palavras especiais ou frases

• Rezar

• Relembrar cenas ou imagens

• Contar ou repetir números

• Fazer listas

• Marcar datas

• Tentar afastar pensamentos indesejáveis, substituindo-os por pensamentos contrários.

10- Existe mais algum tipo de compulsão?

Não são bem compulsões de fazer, mas de não fazer; são chamadas de evitações.

11- Quais são estas evitações?

• Não tocar em trincos de portas, corrimãos de escadas ou de ônibus; não tocar nas portas, nas tampas de vasos, descargas ou torneiras de banheiros (ou usar um lenço ou papel para tocá-los);

• Isolar compartimentos e impedir o acesso dos familiares quando estes chegam da rua; obrigá-los a tirar os sapatos, trocar de roupas, lavar as mãos ou tomar um banho quando chegam da rua;

• Restringir o contato com sofás (cobri-los com lençóis, não sentar com a roupa da rua ou com o pijama);

• Não sentar em bancos de praça ou de coletivos;

• Não encostar roupas usadas “contaminadas”, nas roupas “limpas” dentro do guarda-roupa;

• Evitar sentar em salas de espera de clínicas ou hospitais (principalmente em lugares especializados em câncer ou AIDS);

• Não usar talheres de restaurantes ou de outras pessoas da família;

• Não usar telefones públicos;

• Não cumprimentar determinadas pessoas (mendigos, aidéticos, pessoas com câncer, etc.);

• Não utilizar banheiros que não sejam os da própria casa;

• Evitar pisar no tapete ou piso do banheiro em casa ou no escritório;

12- As compulsões e os rituais curam a pessoa que tem o TOC?

Não. As compulsões aliviam momentaneamente a ansiedade associada às obsessões, levando o indivíduo a executá-las toda vez que sua mente é invadida por uma obsessão.

Por outro lado, em vez de enfrentar as obsessões que geram seus medos seus medos a pessoa faz com que eles se perpetuem, tornando-se ao mesmo tempo prisioneiro das suas compulsões e dos seus rituais.

13- As compulsões tem uma conexão com a realidade?

Assim como as obsessões podem ser ilógicas também as compulsões podem não ter uma conexão com a realidade que desejam prevenir:

Por exemplo: alinhar os chinelos ao lado da cama antes de deitar para que não aconteça algo de ruim no dia seguinte; dar três batidas em uma pedra da calçada ao sair de casa, para que a mãe não adoeça.

Isto acontece nesses casos,porque por trás desses rituais existe um pensamento ou obsessão de conteúdo mágico, muito semelhante ao que ocorre nas superstições.

14- O TOC torna a vida das pessoas mais dificeis?
Sim, por exemplo, é comum, em portadores do TOC, a lentidão ao executar tarefas.

Essa lentidão pode ocorrer em razão de dúvidas, repetições para “fazer a coisa certa ou exata...” (tirar e colocar a roupa várias vezes, sentar e levantar, sair e entrar, etc.), verificações repetidas (trabalho, listas, documentos), banho demorado, tempo demasiado para se arrumar (perfeccionismo), ou do adiamento de tarefas devido à indecisão (necessidade de ter certeza).

15- Há conseqüências na convivência familiar?

Sim, as pessoas com TOC podem fazer exigências que vão causar conflitos constantes comprometendo a harmonia conjugal e familiar. Vamos pensar nas pessoas que tem preocupações excessivas com sujeira, doenças e contaminação:

Uma paciente obrigava seus familiares a trocarem a roupa ou os sapatos para entrar em casa;

Outra obrigava o marido a tomar um banho imediatamente antes das relações sexuais;

Uma terceira obrigava o marido a lavar a boca antes de lhe dar um beijo ao chegar da rua e

Outra exigia que seu filho de dois anos usasse luvas para abrir a porta

16- Quais as causas do TOC?

Até o presente momento, ainda não foram esclarecidas as verdadeiras causas do TOC. Evidências apontam diversos fatores de ordem biológica (envolvendo especialmente o funcionamento cerebral) e de ordem psicológica que contribuem para o aparecimento e para a manutenção dos sintomas.

17- O TOC é considerado uma doença grave?

Sim, o TOC é considerado uma doença mental grave por vários motivos: está entre as dez maiores causas de incapacitação, de acordo com a organização Mundial de Saúde; acomete preferentemente indivíduos jovens ao final da adolescência – e muitas vezes começa ainda na infância -, sendo raro seu início depois dos 40 anos; geralmente é crônica e se não tratada, na maioria das vezes seus sintomas se mantêm por toda a vida.

18- O TOC é uma doença rara?

Não, o TOC é uma doença bastante comum, acometendo aproximadamente um em cada 40 ou 50 indivíduos.

No Brasil, é provável que existam entre 3 e 4 milhões de portadores. Muitas dessas pessoas, embora tenham suas vidas gravemente comprometidas pelos sintomas, nunca foram diagnosticadas e tampouco tratadas.

Talvez a maioria desconheça o fato de esses sintomas constituírem uma doença para a qual já existem tratamentos bastante eficazes.

19- Quais os tratamentos indicados para o TOC?

Os tratamentos mais efetivos para o TOC incluem alguns medicamentos e também a terapia cognitivo-comportamental.

A hipótese de que as aprendizagens errôneas desempenham importante papel no TOC consiste na base do chamado modelo cognitivo-comportamental reduzir seus efeitos constitui forte evidência a favor dessa hipótese ou modelo.

Esta reduz ou elimina os sintomas em mais de 70% dos pacientes. A terapia ainda é um método pouco conhecido e pouco utilizado em nosso meio.

Assista nossas palestras:

Palestras com enfoque em Terapia Cognitiva.

Um novo conceito em psicoterapia.

A ansiedade no dia-a-dia: o que é, como se prevenir e como tratar.

Palestrante: Psicólogo Arnaldo Vicente, Especialista em Terapia
Cognitiva Coordenador do CTCBauru, Professor do
ITC Dra Ana Maria Serra.

Data: 03 de outubro de 2006. Horário: 19:00 às 20:30 hs.

Público: Comunidade em geral. Números de vagas: 25 pessoas.

Investimento: 05 kilos de alimentos não perecíveis para a APAE.

Local: CTCBauru -Centro de Terapia Cognitiva de Bauru - Rua Aviador Gomes Ribeiro 17-38.

Inscrições pelo telefone: (14... . Acesse: www.ctcbauru.com.br

Próximas palestras: 17 de outubro: Depressão, em prol da Creche São Paulo.

31 de outubro: Síndrome do Pânico, em prol da SAPAB.
Aguarde nossa agenda para novas palestras em novembro.

Equipe CTCBauru: Mauricéia Quinhoneiro Vicente - Rosemary Pandolfi - Melissa Sandrin.

Reservas de vagas apenas pessoalmente; você entrega os alimentos e recebe o seu ingresso.

Empresário agende nossas palestras e cursos para os funcionários de sua empresa.

Rua Aviador Gomes Ribeiro 17-38 – Altos – Bauru – SP - Fone 3227 1473 – www.ctcbauru.com.br

Terapia Cognitiva, o que é e como funciona nas dificuldades de aprendizagem infantil.


Este foi o título da palestra proferida pelo Psicólogo Arnaldo Vicente na Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil - Núcleo Regional de Marília-SP, durante a XII Jornada do Núcleo Regional da ABENEPI; ao lado da Prof. Dra. Carolina A.R.Funayama com a palestra Distúrbios da Aprendizagem. Arnaldo enfatizou que a metacognição...
Este foi o título da palestra proferida pelo Psicólogo Arnaldo Vicente na Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil - Núcleo Regional de Marília-SP, durante a XII Jornada do Núcleo Regional da ABENEPI; ao lado da Prof. Dra. Carolina A.R.Funayama com a palestra Distúrbios da Aprendizagem.
Arnaldo enfatizou que a metacognição, capacidade de perceber suas próprias idéias, e a postura otimista são as principais funções que vão auxiliar a criança que tem dificuldades de aprendizagem.
Identificação, Desafios de pans e Resolução de problemas e metas como reeducação e desenvolvimento de habilidades cognitivas no Transtorno de Aprendizagem.
Diferenças entre crianças e adolescentes, segundo a visão de TC, quanto a transtornos de:
- memória - atenção
- hiperatividade - dislexia
- Crianças e adolescentes sem transtornos de aprendizagem têm facilidade nos aspectos cognitivos:
- Metacognição;
- Desenvolver estratégias;
- Perceber e desafiar cognições disfuncionais
- Auto- instrução
- Auto-intervenção ou implementação
-Auto-regulação
- Automonitoração - Crianças e adolescentes com transtornos de aprendizagem têm dificuldade nesses aspectos cognitivos:
Postura Cognitiva: é realista otimista Postura Cognitiva: é pessimista ou otimista irrealista
Planejamento de Intervenção se fundamenta no desenvolvimento da Metacognição.
Ao desenvolver Metacognição a pessoa poderá:
- Perceber cognições disfuncionais.
- Desenvolver cognições alternativas.
-Desenvolver cognições funcionais
- Desenvolver estratégias
- Auto- instrução
- Auto-intervenção ou implementação
-Auto-regulação
- Automonitoração.
- Generalização de ganhos;
-Prevenção de recaídas.
Ganhos em curto prazo: aumento de sucesso quanto a alcançar suas metas, desejos e sonhos.
Ganhos em médio prazo: diminuição dos fracassos quanto a alcançar suas metas.
Ganhos em longo prazo: desenvolvimento de crenças alternativas e funcionais sobre a tríade cognitiva.
Objetivo: reestruturar cognições pessimistas em realistas otimistas, diminuição da depressão, ansiedade e da desesperança.
NÚCLEO REGIONAL DE MARÍLIA-SP
COORDENADOR
Silvia Regina Rodrigues Correa (Pedagoga)
Rua Rio Grande do Sul, 594
Marília –SP – CEP. 17515-170
Fone: (14) 433 2140 / 9703 3404
email: silviarrc@terra.com.br

O ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO.



Nossos pensamentos registram os eventos avaliando-os de acordo com nossas crenças. Quando avaliamos um evento como muito ameaçador ele pode continuar a nos perturbar mesmo depois que...
Nossos pensamentos registram os eventos avaliando-os de acordo com nossas crenças. Quando avaliamos um evento como muito ameaçador ele pode continuar a nos perturbar mesmo depois que já passou. Nestes momentos podemos dizer que estamos sentindo os efeitos do transtorno de estresse pós traumático.
1- O que é o estresse pós-traumático?
O transtorno de estresse pós-traumático é uma perturbação psíquica decorrente e relacionada a um evento fortemente ameaçador ao próprio indivíduo ou sendo este apenas testemunha da tragédia.
O transtorno consiste num tipo de recordação que é melhor definido como revivescência pois é muito mais forte que uma simples recordação.
Na revivescência além de recordar as imagens o paciente sente como se estivesse vivendo novamente a tragédia com todo o sofrimento que ela causou originalmente.
2- O Transtorno é a repetição da lembrança desse sofrimento?
O transtorno então é a recorrência do sofrimento original de um trauma, que além do próprio sofrimento é desencadeante também de alterações neurofisiológicas e mentais.
3- O que deve ser considerado para este diagnóstico?
O primeiro aspecto a ser definido é a existência de um evento traumatizante.
4- Que tipo de sofrimento marcante pode gerar o Transtorno?
Aquele suficientemente marcante, que não há dúvidas quanto a ser ameaçador à vida ou à integridade individual, como os seqüestros, assaltos violentos, estupros.
5- O transtorno pode ocorrer em eventos que poderiam não ser considerado grave?
Sim, por exemplo, num acidente de carro sem vítimas pode causar o transtorno para algumas pessoas, mas não para todas.
6- Então o importante é que o evento marcante tenha de fato ocorrido?
Com certeza, um evento marcante, fora da rotina, que de alguma forma represente uma ameaça, tem que ter acontecido: sem isso não será possível fazer o diagnóstico, pois a definição dele envolve o evento externo.
7- Tudo que a pessoa sente na hora que lembra está diretamente ligado ao que aconteceu?
Sim, os sintomas têm que estar diretamente relacionados ao evento estressante, as imagens, as recordações e as revivescência têm que ser a respeito do ocorrido e não sobre outros fatos quaisquer, ainda que ameaçadores.
8- Então já sabemos que para o diagnóstico é essencial que a pessoa tenha experimentado ou testemunhado um evento traumatizante ou gravemente ameaçador. Mais algum ponto a ser destacado?
Sim, é necessário também que a pessoa tenha apresentado uma resposta marcante de medo, desesperança ou horror imediatamente após o evento traumático.
Depois disso o indivíduo deve passar a ter recordações vivas, intrusivas (involuntárias e abruptas) do evento, incluindo a recordação do que pensou, sentiu ou percebeu enquanto vivia o evento traumático.
9- O que mais acontece além das recordações?
Podem ocorrer pesadelos baseados no tema. Sentir como se o evento fosse acontecer de novo, chegando a comportar-se como se estivesse de fato vivendo de novo o evento traumático. Nesses eventos é possível que o paciente tenha flashbacks ou alucinações com as imagens do evento traumático.
10- O indivíduo passa a evitar situações iguais a que passou?
Sim, ele passa a evitar as situações que lembram o evento. Ter de expor-se novamente ao local pode ser insuportável para o indivíduo. Com isso a pessoa passa a evitar os assuntos que lembrem o evento, como: as conversas, pessoas, objetos e sensações, tudo que se relacione ao trauma.
11- Ele tenta evitar tudo que o remeta ao evento?
Sim, e as vezes a recordação dos aspectos essenciais do trauma pode também ser apagada da memória.
12- Depois de algum tempo como a pessoa reage?
A pessoa pode afastar-se do convívio social e outras atividades mesmo que não relacionadas ao evento.
Pode passar a sentir-se diferente das outras pessoas. Pode passar a ter dificuldade de sentir determinadas emoções, como se houvesse um embotamento geral dos afetos.
Pode passar a encarar as coisas com uma perspectiva de futuro mais restrita, passando a viver como se fosse morrer dentro de poucos anos, sem que exista nenhum motivo para isso.
Outros sintomas podem ser também insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração, respostas exageradas a estímulos normais ou banais.
13- O diagnóstico é feito na logo em seguida ao evento ocorrer?
Não. Para se fazer o diagnóstico é preciso que esses sintomas estejam presentes por no mínimo um mês. Caso o tempo seja inferior a isso não significa que a pessoa não teve nada, só não se pode dar esse diagnóstico.
Certos sintomas não compõem o diagnóstico, mas podem ser encontrados nos paciente com estresse pós-traumático como dor de cabeça, problemas gastrintestinais, problemas imunológicos, tonteiras, dores no peito, desconfortos.
14- É um transtorno difícil de ocorrer?
Não. O transtorno de estresse pós-traumático é provavelmente um transtorno muito comum, porém pouco conhecido, como nas décadas passadas foram desconhecidos porém freqüentes os transtornos de pânico, fobia social, obsessivo compulsivo.
15- Ele é um transtorno onde a pessoa sente muito medo, fica muito ansiosa?
Sim. Na verdade, ele também é um transtorno de ansiedade, a diferença é por ser causado a partir de um fator externo.
16- Porque ele ocorre?
A mente do homem é capaz de lidar com situações estressantes sem que isso deixe cicatrizes, da mesma forma que os vasos sanguíneos são capazes de suportar elevações da pressão arterial durante o exercício físico normalmente.
Há, contudo limites a partir dos quais o funcionamento mental fica perturbado. Provavelmente isso ocorre quando os mecanismos de enfrentamento e suporte contra estresse são fracos ou quando os estímulos são fortes demais.
17- Dá para saber quando vai surgir o transtorno?
Não dá para saber, o fato de uma pessoa ter passado por um trauma não significa necessariamente que ela terá estresse pós-traumático.
Observa-se que num mesmo evento, algumas pessoas podem apresentar esse transtorno e outras não. Essas variações nos levam a julgar que existem também predisposições pessoais a este problema, o que de fato tem sido constatado, principalmente nos estilos cognitivos.
Pessoas com outros problemas de ansiedade prévios apresentam maior susceptibilidade a desenvolverem o estresse pós-traumático.
18- Quem está no Grupo de Risco do TEPT?
Qualquer pessoa pode desenvolver estresse pós-traumático, desde uma criança até um ancião. Os sintomas não surgem necessariamente logo após o evento, podem levar meses. O intervalo mais comum entre evento traumatizante e o início dos sintomas são três meses. Muitas pessoas se recuperam dos sintomas em seis meses aproximadamente, outras podem ficar com os sintomas durante anos.
19- Que tratamentos a pessoa deve procurar?
Os tratamentos preconizados são os medicamentosos e psicológicos.
Fonte de base:http://www.psicosite.com.br/tra/ans/estrespos.htm
Ref. Bibliograf: Liv 01 Liv 02 Liv 05 Liv 14 Psychiatry Res. 1998; 81: 179-193
Epidemiological and Phenomenological Aspects of Post-Traumatic Stress Disorder
Michael Maes

A PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA. FICA PREJUDICANDO VOCÊ, A MAIORIA DAS VEZES.


A primeira impressão que temos sobre as pessoas e sobre os eventos é uma avaliação feita em alta velocidade. Neste...
A primeira impressão que temos sobre as pessoas e sobre os eventos é uma avaliação feita em alta velocidade. Neste caso podemos afirmar que a pressa é inimiga da perfeição.

1- O que contribui para formarmos uma impressão sobre uma pessoa?

Tudo que já aprendemos sobre ela e sobre as pessoas em geral. Todas estas informações estão em nossa memória o tempo todo.

2- Então avaliamos as pessoas primeiro de acordo com a nossa experiência?

Sim, a nossa experiência está influenciando a nossa impressão sobre o que há no mundo o tempo todo.

3- A nossa experiência ajuda ou atrapalha?

Ajuda. Temos a necessidade de ter uma impressão rápida sobre as coisas que acontecem em nossa vida. Isto faz parte de nosso instinto de preservação: da nossa vida e dos outros.

Há momentos em que a única saída é atacar ou fugir, mas isto não acontece o tempo todo. Não estamos sempre ameaçados.

Não é verdade que matamos um leão por dia e que nunca temos uma folga dos problemas.

4- É um exagero acreditar nisto?

Sim, é um exagero que faz muito mal para as pessoas que, por acreditarem nestas impressões, acabam ficando estressadas, ansiosas, revoltadas ou deprimidas.

5- Como não acreditar que a primeira impressão é a que vale?
Não as seguindo de imediato, devemos considerá-las como uma idéia, uma hipótese que na maioria das vezes, pode ser verdadeira ou falsa. Seguí-las sem lembrar disto pode ser um grande erro.

6- Você tem exemplos de pessoas que seguiram suas primeiras impressões e se deram mal?

Sim.

a) Uma alto executivo perdeu o emprego e teve a impressão que nunca mais trabalharia e que ficaria na miséria. Ficou muito ansioso e passou a pressionar a família a arrumar um emprego imediatamente. Causando sérios conflitos, pois a esposa nunca tinha trabalhado e os filhos estavam no meio de um curso universitário.

b) Uma mulher teve a impressão que o seu marido a estava traindo, porque ultimamente ele estava sempre se queixando de dores e não a procurava mais sexualmente. Ela ficou triste porque achou que ele a deixaria.

c) Uma adolescente teve a impressão que sua mãe não gostava mais dela porque sempre lhe cobrava ter comportamentos de adultos. Ela ficou com raiva e usou drogas.

d) Um homem ficou deprimido depois do falecimento de sua esposa porque teve a impressão achou que sua vida não tinha mais valor. Isolando-se dos filhos, netos, amigos e trabalho.

e) Uma professora mandou um menino para fora da classe porque teve a impressão que um aviãozinho foi jogado por ele enquanto ela estava de costas. Ela ficou muito revoltada e ofendeu o menino sem escuta-lo.

f) O marido brigou com a esposa porque teve a impressão que ela achava a novela mais importante do buscar um café para ele. Evitou falar com ela por uma semana.

g) Uma mulher agrediu uma criança porque teve a impressão que ela chorava para irritá-la.

h) Um irmão agrediu a irmã porque teve a impressão que ela não sairia nunca mais do computador que ele queria usar.

i) Um homem estava com o coração disparado porque estava ansioso, mas teve a impressão que isto o levaria a um enfarto e foi para uma UTI.

j) Uma adolescente deixou de ir na escola porque tinha a impressão que ia desmaiar todas vezes que tinha que fazer prova e ficava nervosa.

7- Em todas estas situações as pessoas acreditaram que a primeira impressão é a que vale, é a que fica?

Sim. Todas elas estavam habituadas a pensar que isto era o certo e achavam que estavam fazendo o certo.

Felizmente, todas essas aprenderam que a primeira impressão é apenas uma idéia e é preciso analisá-las para ver o quanto são verdadeiras ou não.

8- E qual a melhor idéia para se fazer isto?

Ao ter impressões sobre as pessoas ou eventos, pergunte-se:

- Como posso provar que esta impressão é verdadeira?
- Essa impressão é para sempre?
- Essa impressão está me ajudando neste momento?
- Como posso resolver esta situação?

9- Trabalhando assim as impressões não vão atrapalhar mais?

Não. Elas vão ocupar o lugar delas que é de identificar o que está acontecendo e não tirar uma conclusão final precipitada.

10-Porque essas impressões são tão rápiadas?

Elas são comandadas pelo nosso subconsciente. que capta tudo que está fora do nosso foco. Sua principal função é a de avaliar a nossa segurança zelando pela nossa preservação. Ela trabalha com milhões de informações por segundo e ao mesmo tempo.

11-Ele nos protege?

Sim, mas como se nós ainda vivêssemos na pré-história cercado por famintos dinossauros.

Ou como se tivéssemos que matar um leão por dia.

Sua intenção é boa, mas ele tem que ser comandado pela nossa consciência.

12-E qual a função da consciência?

É ela que: percebe o que é de nosso interesse no momento, qual a nossa meta.

É ela que pensa, compara, analisa, avalia, raciocina, associa, organiza, etc.

Ela trabalha com muitas informações por segundos, mas tem o cuidado de avaliar cada informação por vez.

13-Por isso erra menos?

Exatamente.

14- Então a impressão não é a primeira que fica, as aparências enganam?

Isso mesmo.

Preocupação em excesso


Desde criança aprendemos que devemos nos preocupar, mas quando adulto precisamos saber que a preocupação excessiva é uma doença.

1- O que são preocupações excessivas?
São as preocupações frequentemente usadas como estratégias para controlar as conseqüências negativas imaginadas. Essas preocupações se tornam crônicas.

2- Qual o perfil da pessoa que tem preocupações excessivas?
- É uma pessoa que acha que se algo ruim pode acontecer, é sua responsabilidade se preocupar a respeito;
- Não aceita qualquer incerteza – precisa saber de tudo com certeza;
- Trata os seus pensamentos negativos como se fossem verdadeiros;
- Qualquer coisa ruim que venha a acontecer é um reflexo do que ela é como pessoa;
- O fracasso é inaceitável;
- Quer livrar-se de qualquer sentimento negativo imediatamente;
- Trata tudo como se fosse uma emergência.
- Na verdade, se preocupa com algo que provavelmente nunca ocorrerá.
- Elas fazem “o caminho real para a infelicidade!

3- Como fazer para se livrar das preocupações excessivas antes que fiquem crônicas?
São sete passos:
Primeiro passo é pragmático: que utilidade tem a preocupação?
A pessoa argumenta que a preocupação é uma estratégia: que preocupada estará preparada, motivada e capaz de jamais ser surpreendida.
O segundo passo refere-se a lidar com a incerteza, a pessoa deve aceitar a incerteza, que é inevitável e cujo desconforto decorrente pode motivar a mudança e o crescimento.
Terceiro passo, deve desafiar e testar seus pensamentos, através de perguntas como: “qual o pior resultado, o melhor e o mais provável?” ou “estou fazendo as mesmas previsões futuras erradas que eu sempre faço?”.
Perceber e para de fazer a “fusão pensamento-realidade”, em que os preocupados tratam seus pensamentos preocupantes como se fossem fatos, cometendo erros cognitivos típicos, como tirar conclusões precipitadas, perfeccionismo, idéias de “emergência repentina”,
Quarto passo, devem avaliar custos e benefícios, pesando evidências a favor e contra, ou através de experimentos comportamentais e testes de realidade para modificar formas de pensar.
Quinto passo, se perguntar se tem alguém que nunca fracassou ou fracassará?
Todas as pessoas percebem o fracasso do outro sempre? A meta que não alcançou estava correta, era viável? O fracasso é fatal? Não estou exigindo um padrão alto demais?
O sexto passo, devem aceitar e valorizar suas emoções, reconhecendo-as como temporárias se permitir que elas ocorram.
Finalmente, no sétimo passo, deve ter cuidado contra a crença de que o mal chegará muito rapidamente; procurar se desligar do senso de urgência e viver o presente, observando que o que o está preocupando em um momento em breve poderá ser esquecido.

4- Estes passos ajuda a pessoa a não ter as procupações excessivas que param e atrapalham as pessoas?
Sim, é assim que a pessoa vai distinguir entre preocupação produtiva e improdutiva, e apreder a tratar fracassos como oportunidades.
Exemplo: diante da proximidade de uma prova, a pessoa pode escolher entre:
1-se preocupar a respeito; 2) se embebedar; ou 3) estudar. Qual dessas é a melhor estratégia?”

5- O que as pesquisas mostram preocupações excessivas?
85% das coisas sobre as quais os preocupados se preocupam tendem a ter um resultado positivo (ou seja elas nâo acontecem).
E desses 15% que dão resultado negativo 79% dos casos as pessoas dizem que lidaram melhor do que esperavam.

Texto baseado nos comentários da Dra Ana Maria Serra sobre o livro Robert L. Leahy
“Worry Cure – Seven steps to stop worry from stopping you”, Ed. Harmony Books, New York, 2005.

PESSOAS ENLATADAS



Algumas pessoas parecem que estão em conservas, o tempo passa e elas não mudam, continuam conservadas com suas idéias e jeito de ser.
Os conservantes facilitam a vida das pessoas, principalmente no setor de alimentação. Você vai ao comércio e se depara com uma grande variedade de alimentos em conserva; o objetivo é fazer com que o alimento se mantenha saudável. Algumas pessoas parecem que estão em conservas, o tempo passa e elas não mudam, continuam conservadas com suas idéias e jeito de ser.

1- As pessoas tentam se manter conservadas em quais aspectos?

Na maioria das vezes tentam se manterem conservadas em tudo.
Na idade, na aparência, no emprego, na família e, principalmente em seu jeito de pensar e de ser.

2- É ruim manter-se conservada?

Sim. À medida que a pessoa tem como meta se conservar ela investe em comportamentos que a mantenha do mesmo jeito, no mesmo local, o tempo todo.
Uma pessoa resiste em terminar um relacionamento que lhe faz mal.
Uma pessoa resiste em sair de um curso que já descobriu que não tem interesse.
Uma pessoa resiste em aceitar ser promovida de cargo no trabalho por medo de mudar.
Uma pessoa resiste em não reconhecer que seu filho já sabe fazer escolhas.
Uma pessoa resiste em abusar de bebida alcoólica mesmo ficando mal.

3- Pessoas que desejam manterem-se conservadas têm medo de mudanças?

Sim, qualquer mudança é vista como uma ameaça da qual ela se esquiva. Elas têm muitos pensamentos de ameaça.

4- São esses pensamentos de ameaça que geram a ansiedade?

Sim, pensamentos de ameaça sempre geram ansiedade. Podemos afirmar que essas pessoas têm pensamentos rígidos ou uma rigidez mental.

5- Então os pensamentos rígidos são os conservantes que mantém essas pessoas do mesmo jeito, como se estivessem enlatadas?

Isso mesmo, com uma grande diferença: os alimentos precisam ser protegidos dos microorganismos ou ficarão estragados, mas as pessoas são diferentes dos alimentos.
As pessoas quando usam os pensamentos rígidos para se manterem do mesmo jeito elas ficam muito mais ameaçadas.

6- Como assim, quanto mais elas se protegem mais ficam ameaçadas?

Ficar com alguém com quem freqüentemente tem problemas não garante a sua felicidade.
Fazer uma faculdade sem interesse não garante que a pessoa venha a ser um bom profissional.
Não aceitar uma promoção não garante o seu emprego.
Não aceitar as escolhas do filho não garante que ele seguirá as dos pais.
Continuar abusando de bebida alcoólica não lhe garante um bem estar.

7- Se quanto mais se protegem mais ficam piores porque insistem em não mudarem?

Por que no exato momento, em que ficam ansiosas, a única coisa que importa é acabar com o mal estar.

8- Mas elas não sabem que o mal estar vai voltar que o alívio é passageiro?

A maioria das pessoas sabe, mas elas acreditam que se o mal estar voltar poderão se defender do mesmo jeito.
Se a pessoa fica mal porque está com alguém com quem freqüentemente tem problemas ela lembra o quanto pode ser ruim ficar sozinha e volta para a pessoa.

Se a pessoa fica mal por fazer uma faculdade sem interesse ela lembra que ficar sem o curso pode ser pior e não muda.

Se a pessoa fica mal por não aceitar uma promoção ela lembra que pode errar na nova função e não muda.

Se a pessoa fica mal porque o filho tem suas próprias escolhas ela lembra que ele não sabe tudo da vida e continuará a ser superprotetora..

Se a pessoa fica mal porque está sem beber ela lembra que o mal estar passou quando ela bebeu e, então, bebe de novo.

É assim que nasce a rigidez, o vício, a compulsão.

9- Essas pessoas nunca mudam?

Mudam quando acreditam que manter a rigidez vai lhes acarretar um grande ameaça.

Ou seja: mudam de roupas, de sapatos, etc, mas não mudam os seus pensamentos. Continuam rígidas quanto a pensarem que continuam ameaçadas.

E não mudam porque no íntimo acreditam que estão certas.

10- Qual a saída para elas?

Perceberem que fazem previsões de ameaça o tempo todo e começarem a conferir se essas previsões de fato ocorrem.

Trocarem idéias sobre suas preocupações com pessoas em quem confiam e pedir que lhes ajudem a conferir se os seus pensamentos estão bem fundamentados na realidade.

Outra opção, procurar ajuda profissional.
"Uma situação não determina como nos sentimos, mas sim a maneira como a construímos"
Aaron T. Beck
Programa Rádio Mulher de 05 de julho de 2006.

PENSE BEM, VENDA MELHOR.


A realização pessoal acontece também quando temos uma realização profissional. Não importa a profissão, sempre estaremos formando idéias ao refletirmos sobre o nosso desempenho na mesma. Faz-se necessário conhecer essas idéias e examiná-las.
PENSE BEM, VENDA MELHOR.
Programa Rádio Mulher de 08 de fevereiro de 2006.
Consultor Arnaldo Vicente, Psicólogo Especialista em Terapia Cognitiva.
1- O que um vendedor pensa influi em suas vendas?
Com certeza. No momento em que avistam o cliente sua primeira reação é refletir e ter pensamentos sobre a situação.
2- Porque esses pensamentos influem tanto nas pessoas?
Por que esses pensamentos se congelam em convicções, ou seja, as pessoas imediatamente, automaticamente acreditam no que pensam.
Uma vez acreditadas essas convicções podem se tornar tão habituais que o vendedor nem se dá conta de que as tem.
Porém as convicções não ficam ociosas: tem conseqüências.
3- E quais são as conseqüências de acreditar nesses pensamentos automaticamente?
Eles são as causas diretas do que ele sente e do que ele faz em seguida.
4- Então as convicções podem estabelecer a diferença entre um vendedor desanimado e desistente, de um lado, e o de um vendedor animado e persistente, do outro?
É isso mesmo.
5- Em geral quais são os pensamentos do vendedor desanimado e desistente?
Depende da situação do momento.
6- Considerando que não é possível ter certeza se o cliente comprará ou não, o que ele pode pensar?
- Lá vou eu para receber mais um não. Detesto fazer isto. Fica irritado, tenso e vai até o cliente com má vontade.
7- E numa situação em que o cliente diz que está apenas olhando, o que ele pode pensar?
- Ele está me enrolando, devia ir enrolar em outro lugar. Fica irritado e se distancia do cliente.
- Eu devo mesmo ser muito ruim.
8- E quando consegue fazer uma boa venda, o que ele pode pensar?
- Pelo menos este não tomou apenas o meu tempo, mesmo assim não foi grande coisa. Fica ansioso e anda agitado sem estar preparado para uma próxima venda.
9- Em geral quais são os pensamentos do vendedor animado e persistente?
Também depende da situação.
10- Considerando que não é possível ter certeza se o cliente comprará ou não, o que ele pode pensar?
- Vamos ver o que ele precisa hoje. Fica animado e dá atenção, mostrando possibilidades de produtos ou plano de compra que o cliente nem imaginava..
11- Numa situação em que o cliente diz que está apenas olhando?
- Ele está interessado, vou ficar por perto. Fica animado, dá atenção e se interessa em saber o que o cliente está pensando sobre os produtos.
12- E quando consegue fazer uma boa venda?
- Mais uma vez consegui, eu estou ficando bom nisso. Fica animado, alegre, confiante e pronto para novas vendas.
13- Os vendedores desanimados e desistentes são pessimistas?
Exatamente. Eles têm, mesmo sem perceberem, pensamentos de que se as vendas não dão sempre certo então nunca venderão nada para alguém.
E mais: quando conseguem fazer uma venda já pensam nas que não conseguirão fazer.
Eles estão sempre insatisfeitos, mau humorados e desanimados.
Em geral ficam pouco tempo em cada emprego.
14- Os vendedores animados e persistentes são otimistas?
Exatamente. Eles têm, mesmo sem perceberem, pensamentos de que se conseguiram fazer uma venda isto é uma prova de que têm jeito para vendas e que podem ficar melhor a cada dia.
E mais: quando não conseguem fazer uma venda pensam que o cliente teve seus motivos para não comprar desta vez, mas poderão voltar e comprar num outro momento.
E lembram que se um cliente não comprou não significa que todos não comprarão.
Eles estão sempre aumentando sua satisfação, são pessoas bem humoradas e animadas as maiorias das vezes..
Em geral ficam no emprego um bom tempo, principalmente se sua empresa também for otimista..
15- Os vendedores pessimistas podem se transformar em vendedores otimistas?
É claro que sim.
Eles podem começar a se dar conta de suas reflexões e desafiá-las.
Verificar se estão bem fundamentadas na realidade.
Verificar se elas têm ajudado ou atrapalhado suas metas no trabalho.
E criar novas reflexões e ações para as situações em que se descobriu pessimista.
16- A pessoas devem investir em si mesmas ou devem esperar pela empresa?

As empresas modernas devem investir em seu pessoal tanto quanto investem no seu desenvolvimento e na tecnologia de seus produtos. Não basta uma mudança material é preciso associa-la a mudanças de atitudes, do empresário e de seus funcionários.
No entanto isto não tira a responsabilidade de que cada pessoa deve investir em si mesma e tornar-se um indivíduo cada vez melhor.
Lembrem-se
"Uma situação não determina como nos sentimos,
mas sim o modo com a construímos"

Otimismo


Você pode escolher ser otimista ou pessimista. Estilos de atribuição de Martin Seligman.
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Ao analisar as suas auto explicações sobre você, o mundo e o futuro as dimenões de permanência, abrangência e personalização tem uma importância fundamental na qualidade de suas emoções e comportamentos.
Quem Não Desiste Nunca?

Como você pensa a respeito das causas dos Infortúnios pequenos e grandes, que se abatem sobre você? Algumas pessoas as que desistem facilmente, dizem habitualmente de seus infortúnios: “ Só podia acontecer comigo. Vai durar para sempre e vai comprometer tudo que estou fazendo.”. Outros, aqueles que resistem a se entregar à adversidade, dizem: “ Foram as circunstâncias. Vai passar logo e, além do mais, a vida ainda tem muito o que oferecer .”
Sua maneira habitual de explicar os maus acontecimentos, seu estilo explicativo, é muito mais do que as palavras que você anuncia quando fracassa. É um hábito de pensar adquirido na infância e na adolescência. Seu estilo explicativo emana diretamente da maneira como vê o lugar que ocupa no mundo – se se considera uma pessoa possuidora de méritos ou desprovida de qualidades, inútil. É a marca que o distingue como otimista ou pessimista.

HÁ TRÊS DIMENSÕES CRUCIAIS PARA O SEU ESTILO EXPLICATIVO: PERMANÊNCIA, ABRANGÊNCIA E PERSONALIZAÇÃO.

PERMANÊNCIA

As pessoas que desistem com facilidade acreditam que as causas dos maus acontecimentos que ocorrem em suas vidas são permanentes, persistem, afetando tudo o que fazem. As que resistem ao desamparo acreditam que as causas dos infortúnios são passageiras.

PERMANENTES PASSAGEIRAS
“Estou liquidado.” “Estou exausto”.
“Os regimes nunca funcionam.” “Os regimes não funcionam
quando você come fora.”
“Você sempre resmunga.” “ Você resmunga quando não
limpo meu quarto.”
“O patrão é um f.- d.-p.” “O patrão está de mau humor.”
“Você nunca fala comigo”. “ Você não tem falado comigo
ultimamente.”

Se pensa sobre os reveses em termos de sempre e nunca, você tem um estilo permanente, pessimista. Se pensa em termos de às vezes e ultimamente, se usa gradações e atribui os reveses a condições transitórias, você tem um estilo otimista.

Os reveses fazem com que qualquer um fique pelo memos momentaneamente desamparado. É como um soco no estomâgo. Dói mas a dor passa – para algumas quase estantaneamente. Para as outras, a dor permanece ela ferve, ela corrói, e acaba se transformando em rancor. Entregam-se ao desamparo durante dias e até meses, até mesmo diante de pequenos contratempos. São capazes de nunca mais se recuperarem de grandes reveses.

O ESTILO OTIMISTA DE EXPLICAR OS BONS ACONTECIMENTOS É JUSTAMENTE O OPOSTO DO ESTILO OTIMISTA DE EXPLICAR OS MAUS ACONTECIMENTOS.

As pessoas que acreditam que os bons momentos acontecimentos têm causas permanentes são mais otimistas do que as que acreditam que eles têm causas temporárias.

TEMPORÁRIAS PERMANENTES
(Pessimistas): (Otimistas):
“É o meu dia de sorte.” “Tenho sempre sorte”.
“Faço força.” “Sou talentoso.”
“O meu adversário cansou.” “O meu adversário não é bom.”

As pessoas otimistas explicam os bons eventos a si mesmas em termos de causas permanentes : características, habilidades, sempre. Os pessimistas denominam as causas transitórias de: estados de espírito, esforço, às vezes.

As pessoas que acreditam que os bons acontecimentos têm causas permanentes esforçam-se ainda mais depois de terem sido bem sucedidas. As que atribuem razões temporárias aos bons acontecimentos podem desistir depois de serem bem sucedidas, acreditando que o sucesso foi um casualidade.

Abrangência: O Específico contra o Universal

A PERMANÊNCIA TEM A VER COM O TEMPO. A ABRANGÊNCIA, COM O ESPAÇO.
Vejamos um exemplo: numa grande firma de varejo, metade do departamento de contabilidade foi despedido. Dois dos contadores, Nora e Kevin, ficaram deprimidos. Durante muito meses, não podiam nem pensar em procurar outro emprego e evitavam qualquer tarefa que lhes lembrasse cálculos contábeis, até mesmo preenchimento da declaração do imposto de renda. Nora, entretanto, continuou sendo uma esposa carinhosa e inteligente. Sua vida social prosseguiu normalmente, sua saúde manteve-se ótima, e ela passou a trabalhar três vezes por semana. Em contrapartida, Kevin desabou. Esqueceu a mulher e o filho pequeno, ficando o tempo todo ensimesmado. Recusava-se a ir em festas, dizendo que não podia ver gente. Não achava graça nas piadas.
Pegou um resfriado que durou todo inverno, e desistiu de correr todas as manhãs. Algumas pessoas são capazes de arquivar seus problemas e continuar tocando a vida mesmo quando um de seus aspectos importantes – o trabalho ou o relacionamento amoroso, por exemplo – esteja em crise. Outros se descabelam por qualquer coisa,
dramatizam. Quando um fio de suas vidas cede, lá se vai todo o tecido. Trocando em miúdos: as pessoas que dão explicações universais para seus insucessos desistem de tudo quando ocorre um réves numa determinada área. As pessoas que dão explicações específicas podem se sentir desamparadas naquele segmento de suas vidas, o que não as impede, entretanto, de cuidar corajosamente dos demais.
Eis aqui alguns exemplos de explicações universais e específicas de maus acontecimentos:

UNIVERSAIS ESPECÍFICAS
(Pessimistas): ( Otimista):
“Todos os professores “O professor Seligman é injusto”.
são injustos”.
“ Eu sou repulsiva”. “ Eu sou repulsiva para ele.”
“Os livros são inúteis”. “ Esta livro é inútil”.

Nora e Kevin eram ambos pessimista nesse particular . Quando foram despedidos, ambos ficaram deprimidos por muito tempo. Mas eram diferentes na dimensão de abrangência. Kevin acreditava que a dispensa iria comprometer tudo o que tentasse fazer; passou a se considerar um fracasso, imcompetente. Nora achou que os acontecimentos adversos tinham motivos muito específicos. Quando foi despedida, pensou que não era boa em contabilidade.

Explicações universais, de caráter genérico,produzem desamparo num raio de muitas situações, e explicações específicas produzem desamparo somente na área em crise. Kevin era vítima da dimensão de abrangência. Ao ser despedido, achou que a causa era genérica, e agiu como o desastre tivesse atingido todos os aspecto de sua vida. O escore de abrangência de Kevin revelou que ele era catastrofizador.

Você acostuma catastrofizar?

O estilo explicativo otimista para os bons acontecimentos é o oposto do estilo explicativo para os maus acontecimentos. O otimista acredita que os maus acontecimentos têm causas específicas, ao passo que os bons acontecimentos favorecerão tudo que fizer; o pessimista acredita que os maus acontecimentos têm causas universais e que os bons acontecimentos são causados por fatores específicos. Quando ofereceram a Nora a oportunidade de voltar a trabalhar temporariamente na companhia, ela pensou: “ Finalmente, concluíram que não podem passar sem mim.” Quando fizeram a mesma proposta a Kevin, ele pensou: “ Eles devem estar mesmo precisando de gente.”

ESPECÍFICAS UNIVERSAIS
(Pessimistas): ( Otimistas):
“ Sou bom em matemática.” “Sou bom”.
“ Meu corretor conhece ações “Meu corretor conhece Wall Street”.
de petróleo.”.
“Fui charmoso com ela.” “Fui charmoso”.

A Matéria da Esperança

A esperança tem sido amplamente explorada pelos pregadores, políticos e vendedores. O conceito de estilo explicativo traz esperança aos laboratórios, onde os cientistas podem dissecá-lo a fim de compreender como ele funciona. Termos ou não termos esperança depende de duas dimensões do nosso estilo explicativo: abrangência e permanência. Encontrar razões temporárias limitam o desamparo no tempo e as razões específicas limitam o desamparo à situação original. De outra parte, as razões permanentes estendem o desamparo ao futuro distante e as razões universais espalham o desamparo por todas as suas iniciativas. Atribuir razões permanentes e universais para o infotúnio é praticar o desespero.

SEM ESPERANÇA ESPERANÇOSO
“Sou burro”. “Estou de ressaca.”
“Os homens são tiranos.” “ Meu marido não estava numa boa.”
“Aposto que esse tumor é câncer”. “Aposto que esse tumor é benigno.”

As pessoas que dão explicações permanentes universais para os seus problemas tendem a entrar em colapso quando sob pressão, por muito tempo e diversas situações. Nenhum outro resultado isolado é tão importante quanto o seu escore de esperança.

Personalização: Interna contra Externa ( Interior contra Exterior )

HÁ UM ASPECTO FINAL DO ESTILO EXPLICATIVO: PERSONALIZAÇÃO.
Uma ocasião, comenta Seligman, vivi com uma mulher que punha a culpa de tudo em cima de mim. A comida ruim de um restaurante, vôos atrasados e até o vinco malfeito das calças que voltavam da tinturaria. -Querida – eu disse um dia, exasperado após ter sido repreendido porque o secador de cabelos não funcionava -, você é a criatura que mais exterioriza as contrariedades que já conheci.
- É verdade – esbravejou -, e você é o culpado!

Quando acontecem coisas ruins, podemos nos culpar (interiorizar) ou ou podemos culpar outras pessoas pelas circunstâncias (exteriorizar). As pessoas que se culpam têm, conseqüentemente, pouca auto-estima. Julgam-se sem valor e sem talento e desprezíveis. As pessoas que põem a culpa nos acontecimentos externos não perdem
a auto-estima quando ocorrem reveses. No fundo, gostam mais de si mesmas do que as pessoas que se culpam pelos tropeços da vida. Um nível baixo de auto-estima deriva geralmente de um estilo interiorizado com relação aos maus acontecimentos.

INTERIORIZADO EXTERIORIZADO
(Baixa auto-estima) (Alta auto-estima)
“Sou um burro.” “Você é um burro.”
“Não sou bom jogador de pôquer.” “Não tenho sorte no pôquer”
“Sou inseguro”. “Cresci na pobreza.”

Das três dimensões do estilo explicativo, a personalização é a mais fácil de se entender . Afinal, uma das primeiras coisas que uma criança aprende a dizer é: “Foi ele, não fui eu!” A personalização também é a dimensão mais fácil de ser superestimada. Ela controla apenas o que você sente sobre si mesmo, mas a abrangência e a permanência – as dimensões mais importantes – controlam o que faz; quanto tempo você fica desamparado e em quantas situações.
A personalização é a única dimensão fácil de ser camuflada. Se eu lhe disser para falar sobre seus problemas de uma maneira exteriorizada, você será capaz de fazê-lo – mesmo que seja um introvertido crônico. Você poderá divagar, pondo a culpa nos outros pelos seus problemas. Entretanto, se for pessimista e eu lhe disser para discorrer sobre os seus problemas conferindo-lhes causas temporárias e específicas, você não será capaz de fazê-lo ( a menos que tenha lido o livro e dominado as técnicas da Terceira Parte: “Mudando: Do Pessimismo para o Otimismo”).
Uma última informação, o estilo otimista de explicar os bons eventos é o oposto do usado para os maus aconte-
cimentos. É interno e não externo. As pessoas que acreditam que são causadoras de coisas boas em geral gostam mais de si mesmas do que as que julgam que as boas coisas derivam de outras pessoas ou de outras circunstâncias.

EXTERIORIZADO INTERIOZADO
(Pessimistas): (Otimistas):
“Um golpe de sorte ...” “Posso tirar partido da sorte”.
“A habilidade de meus colegas...” “ Minha habilidade...”

Advertência sobre a responsabilidade:

EMBORA SEJAM EVIDENTES AS VANTAGENS DE APRENDER O OTIMISMO – há alguns desejos.

Temporários? Circunscritos? Tudo bem. Quero que minhas depressões sejam curtas e limitadas. Quero me recuperar rapidamente. E se suas causas forem externas? Será justo culpar outras pessoas por seus reveses? Sem dúvida, queremos que as pessoas assumam as conseqüências das confusões que aprontam, que sejam responsáveis pelos seus atos. Certas doutrinas psicológicas, prejudicaram nossa sociedade ajudando a corroer a responsabilidade pessoal. O mal é rotulado erroneamente de insanidade; os maus modos são levados à conta de neuroses; pacientes “tratados com êxito”negligenciam suas obrigações para com suas famílias porque elas não lhes proporcionam realização pessoal. A questão é saber se a mudança de conceituação sobre as causas dos reveses, que deixariam de ser interiores para se exteriorizarem (“A culpa não é minha... é falta de sorte”), não é minha a responsabilidade.
Sou contra qualquer estratégia que contribua para erodir ainda mais a responsabilidade. Não acredito que as pessoas devam mudar radicalmente suas convicções, transformando seu sucesso mental interior em exterior, por atacado. Todavia, há uma condição em que isso não pode deixar de ser feito: a depressão. As pessoas deprimidas geralmente assumem muito a responsabilidade pelas adversidades do que lhes cabe.
Há um assunto mais profundo a ser considerado: por um motivo, antes de tudo, as pessoas devem assumir a responsabilidade por seus reveses. A resposta, quero crer, é porque queremos que as pessoas mudem, e sabemos que elas não o farão se não assumirem responsabilidade. Se quisermos que as pessoas mudem, a interiorização não é tão decisiva quanto a permanência. Se você acreditar que a causa de seu infortúnio – estupidez, falta de talento, feiúra – é permanente, não agirá para modificá-la. Não fará nada para se aperfeiçoar. Se quisermos que as pessoas sejam responsáveis pelos seus atos, então, sim, havemos de querer que elas tenham um estilo interior. E, o que
é mais importante: as pessoas precisam adotar um estilo temporário em relação aos reveses – precisam acreditar que, sejam quais forem as causas, elas podem ser modificadas.

E se Você For um Pessimista?

FAZ MUITA DIFERENÇA SE O SEU ESTILO É PESSIMISTA.

Se o seu escore no teste for fraco, há quatro áreas onde você encontrará ( e provavelmente já encontrou) problemas. Primeiro, você tem tendência a ficar deprimido com facilidade. Segundo, é possível que o seu rendimento no trabalho esteja aquém do seu talento. Terceiro, sua saúde física – e seu sistema imunológico – provavelmente deixam a desejar, e o quadro atual poderá piorar à medida que você envelhecer. Finalmente, a vida não é tão prazerosa quanto deveria ser.
O estilo explicativo pessimista é uma desgraça. Se o seu pessimismo situa-se num nível médio, ele não chegará a constituir problema em tempos normais. Mas nas crises, nos tempos difíceis que a vida reserva para nós, é quase certo que você pagará um preço indevido. Quando for vitima do revés, tudo indica que ele o deixará mais deprimido do que seria razoável. Como você reage normalmente quando suas ações caem, quando é rejeitado por
alguém que ama, quando não consegue o emprego que pleiteava? Você fica muito triste. Perde a alegria de viver. É impossível para você enfrentar qualquer tipo de desafio. O futuro lhe parece tenebroso. E você se sente assim durante muitos dias e até mesmo meses. Sem dúvida, você já se sentiu desta maneira muitas vezes; a maioria das pessoas reage desse modo. Entretanto, embora essas rasteiras possam ser um fato corriqueiro, isso não quer dizer que ele seja aceitável ou que a vida tenha de ser necessariamente assim. Se você usar um estilo explicativo diferente, estará mais bem aparelhado para enfrentar tempos difíceis e evitar que eles o levem à depressão. Mas isso está longe de esgotar as vantagens de um novo estilo explicativo. Se o seu grau de pessimismo for médio, você estará atravessando a vida num nível inferior ao que faz jus por força de seus talentos. Como você verá mesmo um grau médio de pessimismo compromete seu desempenho no colégio, no trabalho e nos esportes, o que também é verdade no que diz respeito à sua saúde física. O capítulo 10, do livro, ilustra como, ainda que você seja apenas discretamente pessimista, sua saúde pode não ser das melhores. É de se supor que sofrerá de doenças crônicas decorrentes ao envelhecimento prematuro e mais penoso do que o necessário. O seu sistema imunológico poderá não funcionar tão bem quanto deveria; você também poderá ser mais lenta. Se você recorrer às técnicas expostas no Capítulo 12, poderá elevar seu nível diário de otimismo. Reagirá às adversidades normais da vida muito mais positivamente e se recuperará dos reveses com muito mais rapidez do que antes. Realizará mais no trabalho, no colégio e nas praças de esporte. E, a longo prazo, até o seu corpo o servirá melhor.

Entenda tudo sobre otimismo lendo o livro de Martin Seligman: Aprenda a ser Otimista
Dúvidas: arnaldo@ctcbauru.com.br

O ESTRESSE É UM SINAL DE QUE A HORA DE PARAR JÁ PASSOU


É importante que as pessoas façam esforços para se adaptarem as diferentes situações no dia a dia, sejam situações positivas ou negativas, mais ainda mais importante é que seus esforços não ...
Programa Rádio Mulher de 16 de agosto de 2006.
Consultor Arnaldo Vicente, Psicólogo Especialista em Terapia Cognitiva.
É importante que as pessoas façam esforços para se adaptarem as diferentes situações no dia a dia, sejam situações positivas ou negativas, mais ainda mais importante é que seus esforços não extrapolem os limites de sua capacidade de adaptação física e psicológica.
1- O que é o estresse?
Estresse pode ser definido como um estado de tensão que desequilibra, prejudica internamente o organismo.
O desequilíbrio ocorre quando a pessoa está diante de uma mudança significativa e necessita de uma adaptação por parte do seu organismo que ultrapassa sua capacidade de adaptação.
Ou seja, o estresse é uma reação que ocorre quando nos esforçamos para nos adaptarmos a uma situação importante. Ele pode ser negativo ou positivo.
2- Quando o estresse é negativo?
O estresse negativo é o estresse em excesso. Ele ocorre quando os esforços ultrapassaram seus limites e esgotaram a sua capacidade de adaptação. A pessoa gastou suas energias como se acreditasse que elas não tivessem limites, nunca acabassem.
O organismo fica comprometido e sua energia mental fica reduzida. Sua capacidade de ação fica muito prejudicada; a pessoa não consegue manter-se equilibrada e a sua qualidade de vida fica prejudicada, podendo inclusive adoecer.
3- Quando o estresse é positivo?
O estresse positivo é o estresse em sua fase inicial, isto é, a pessoa fica motivada e entusiasmada, cheia de energia. O seu interesse é tão grande que ela pode passar por períodos em que dormir e descansar passa a não ter tanta importância, é a chamada “fase de alerta”.
Na fase de alerta o organismo produz adrenalina que dá ânimo, vigor e energia, fazendo a pessoa produzir mais e ser mais criativa. É a fase da produtividade.
O problema é que ninguém consegue ficar em alerta por muito tempo, pois o estresse se transforma em excessivo, ou negativo, quando dura demais.
4- Quando o estresse fica num nível ideal?
Estresse ideal: é quando a pessoa aprende o manejo do estresse e gerencia a “fase de alerta” de modo eficiente, alternando entre estar em alerta e sair de alerta.
O organismo precisa entrar em homeostase* após uma permanência em alerta para que se recupere. Não há dano em entrar de novo em alerta após a recuperação.
Doenças começam a ocorrer se não há um período de recuperação, pois o organismo se exaure e o estresse fica excessivo devido a algum evento estressor forte demais ou porque se prolonga em excesso.
* Propriedade auto-reguladora de um sistema ou organismo que permite manter o estado de equilíbrio de suas variáveis essenciais ou de seu meio ambiente.
3- Que fatores contribuem para o estresse?
Os fatores são as tensões de fontes externas e internas de acordo com a sua natureza.
4- Quais são os fatores de fonte externa?
São os eventos externos criadores de tensão que ultrapassam a habilidade das pessoas se adaptarem ao ritmo em que ocorrem. Eles geram inseguranças e incertezas. Exemplos:
- Atender as exigências de uma atividade profissional.
- Atender as exigências de outra pessoa.
- Atender a mudanças inesperadas como a perda de emprego tendo contas a pagar.
- Envolver-se em competição excessiva sem saber onde e quando vai chegar.
- Ser dominado pelo desejo intenso de "possuir" mais que os outros.
- Fazer tudo com pressa.
Atender a pressão diária de ser sempre bem-sucedido.
- Tentar resolver tudo de uma vez, etc.
5- Quais são os fatores internos?
Além das causas externas de estresse mencionadas acima, que são fáceis de serem reconhecidas, existem outras causas que nem sempre são discutidas:
- Expectativas irrealistas ou metas fracassadas: - Não descansarei enquanto não muda-lo..
- Cognições distorcidas: - Esperam que eu sempre faça mais para me estimarem mais.
- Perfeccionismo: - Se eu errar estou perdido.
- Sonhos inalcançáveis, desejos e fantasias.
- Pensamentos ansiosos: as pessoas percebem os desafios como gigantescos e logicamente se estressam mais:- Eu morro só de pensar em andar de avião.
- vulnerabilidades psicológicas e vulnerabilidade genética são apresentados como fontes internas de estresse: - O homem morre um dia (genético), então vai ser amanhã(idéia).

6- Pessoas que se estressam pelas duas fontes ficam mais estressadas?

Sim, isto vai contribuir para que a pessoa fique mais estressada, mas o que vai determinar o nível de estresse dessas pessoas são dois fatores: o que ela pode fazer para enfrentar a fonte de estresse e o quanto ela pode acredita que pode ser afetada por essa fonte.
A interação entre o que ela pode fazer para enfrentar a fonte de estresse e o quanto ela acredita que pode ser afetada por essa fonte é discutida como possível fator potencializador ou atenuante.
Exemplo: Geneticamente a mulher é mais forte que uma barata, mas aprendeu durante sua vida que...
7- Você falou que o estresse pode levar a pessoa a adoecer?

Sim, na medida que a pessoa apenas gasta energia todo o seu organismo vai ficando alterado e suas funções podem ficar comprometidas.
8- As pessoas são mais estressadas hoje do que antigamente?
O homem vive hoje de modo muito diferente de antigamente e esses novos hábitos nem sempre representam avanços do ponto de vista da qualidade de vida.

9- O que é uma boa qualidade de vida?
Uma boa qualidade boa qualidade de vida consiste em estar bem nas áreas afetiva, social, profissional ou escolar e a saúde. Estar bem apenas em uma área não é sinal de qualidade de vida.

10- No Brasil as pessoas andam muito estressadas?
No Brasil as mudanças estão ocorrendo em ritmo vertiginoso e isto colabora para que o nível de estresse da população esteja alto.
Muitos estudos (dissertações de mestrado e teses de doutorado realizadas por psicólogos na PUC–Campinas) revelaram um alto nível de estresse em camadas da população as mais variadas.
Por exemplo: os trabalhos que estudaram o estresse ocupacional de alguns profissionais revelaram um alto nível de estresse em executivos – tanto homens, como mulheres, em policiais militares, professores e bancários.
11- Então o estresse ocorre mais na área profissional?

Curiosamente não, as mudanças ocorridas no nível da organização da sociedade estão correlacionadas mais com a saúde.

Por exemplo, no século passado a causa mais freqüente de morte era a infecção, hoje em dia a causa mais freqüente é as doenças cardiovasculares.

A hipertensão arterial é responsável por uma grande parte das mortes devido a acidente vascular cerebral.

E mais, enquanto mais homens que mulheres sofriam de enfarte do miocárdio e de morte cardíaca súbita, hoje o número de mulheres acometidas por esses males sobe assustadoramente.


Um dos fatores contribuintes para a origem dessas doenças é inegavelmente o estresse.

12- Existem outras doenças por conta do estresse?


Sim, no caso dos bancários foi surpreendente verificar a alta incidência de doenças cuja origem se julga envolver o estresse, tais como hipertensão arterial, úlceras, problemas dermatológicos, retração de gengivas, etc.

13 – O estresse pode continuar aumentando/

Vou responder com as palavras de uma grande conhecedora deste assunto, Marilda Lip:

- Em uma sociedade em mutação como a nossa, imatura ainda em seu desenvolvimento, porém com um potencial imenso para realizações e progresso, há de se prever que o estresse continuará presente ou tenderá a aumentar.

É de se prever também que haja um aumento cada vez maior de doenças psicofisiológicas ligadas ao estresse a não ser que medidas profiláticas de ensino de manejo e gerenciamento do estresse sejam implementadas e que o tratamento do estresse seja oferecido como parte de planos de saúde a nossa sociedade que na maioria das vezes sente os efeitos do estresse sem sequer saber identificar o que ele é.

14- O que fazer para não ser dominada pelo estresse?

Desse modo, propõe-se que seja possível, pelo menos, reduzir a predisposição ao desenvolvimento da reação do estresse emocional por meio de medidas psicológicas que se baseiam na reestruturação cognitiva e que tenham por objetivo a reformulação de pensamentos estressógenos.



Essa afirmação se baseia no vários estudos (Torrezan, 1999; Brasio, 2000; Vilella, 2001; e Tanganelli, 2001) que têm comprovado a eficácia do treino de controle do estresse (Lipp, 1984; Lipp e Malagris, 1995) na redução de crenças irracionais ou pensamentos disfuncionais como descritos por Ellis (1973) e Lega, Caballo e Ellis (1997) e no nível geral de estresse das várias populações estudadas.



15- Como saber se estou estressada?

Mas, se você ultimamente está sempre irritado, perdendo a paciência com todos, com azia diária, se o cabelo está caindo e se acorda segunda-feira com o corpo de sexta-feira, pode ser que o stress tenha entrado em sua vida. Isto acontece às vezes tão devagar que a pessoa não percebe. Outras vezes há algo grande que ocorre e que nos leva ao stress de imediato.

Se descobrir que está com stress, tenha calma. O stress tem cura e você pode aprender a controlar o stress em sua vida. Existem tratamentos especializados para isto que podem ajudá-lo a se recuperar e a nunca mais ter stress excessivo.

Eliminar os sintomas de stress é importante porque a pessoa passa a se sentir melhor. Se alguma doença ligada ao stress já apareceu, procure um médico especialista na área afetada. Mas, é sempre bom saber as causas do stress e descobrir como lidar com elas de modo a não se estressar mais no futuro. Para isto, um psicólogo especializado em stress deve ser consultado.

Consulte: http://www.estresse.com.br/

NÃO COMECE O ANO POR BAIXO, VOCÊ PODE MUDAR O SEU ASTRAL.



O novo ano começou e cada pessoa tem novas oportunidades para tornar-se uma pessoa feliz ou mais feliz, forte ou mais forte, satisfeita ou mais satisfeita com a sua vida. . Mesmo assim podem existir pessoas que já neste início de ano estejam tristes, ansiosas, irritadas ou desanimadas. Saber que sua visão sobre os acontecimentos produzem e pioram esses estados é uma boa saída para tornarem-se alegres, calmos e animados.
Programa Rádio Mulher de 01 de fevereiro de 2006
Consultor Arnaldo Vicente, Psicólogo Especialista em Terapia Cognitiva.1 – O que é começar o ano por baixo?
É começar e continuar o ano ficando tristes pelas perdas passageiras, ansiosas pelo que ainda não aconteceu, contrariadas pelo que não dá para mudar e desanimadas porque gostaria que todas as coisa acontecessem exatamente do seu jeito.
2- Como parar de ficar por baixo e aumentar o astral?
Lembrando que é nossa forma de avaliar as situações que nos deixam tristes, ansiosos, irritados ou desanimados.
3- Como?
Desafiando, enfrentando o seu baixo astral.
-Se houve perdas concentre atenção nos seus ganhos ou mesmo no que você não perdeu. A alegria voltará gradualmente.
-Se houve ameaças, identifique-a, analise sua grandeza, sua possibilidade de ocorrer, faça-a ficar no tamanho dela. Depois peça ajuda, se não tem ajuda pense em como você pode tornar-se mais forte, mesmo que não seja rapidamente.
-Se houve contrariedades lembre-se que as pessoas são diferentes e agem do modo delas; agir diferente nem sempre é para ficar contra você. Você também age diferente e diz que não foi para ser contra ninguém.
-Se as coisas não ocorreram exatamente como você esperava, seja flexível, reconheça o quanto conseguiu e desenvolva outras formas para continuar evoluindo. Não seja da turma do tudo ou nada, quem tudo quer nada tem.
4- E quando a pessoa deve enfrentar o seu baixo astral?
Logo que perceber que está ficando triste, ansioso, irritado ou desanimado.
Ela deve conversar consigo mesmo, ter um tempo para essas conversas.
Existem situações que a melhor atitude é pedir licença para ir ao banheiro e só voltar depois de uma conversa consigo mesmo.
Em outras é preciso ser firme e dizer que precisa de mais tempo para avaliar com atenção o que aconteceu.
5- Conversar consigo mesmo é fácil?
Nem sempre é fácil, quando estamos ansiosos ou irritados nossos pensamentos ficam acelerados e isto nos faz pensarmos que precisamos agir na hora.
Nestes casos o melhor é primeiro se afastar para o medo diminuir, depois respirar com calma de 01 a 05 e depois soltar o ar contando de 05 a 01. A ansiedade ou a irritação diminuem e o diálogo consigo fica mais fácil.
No caso do desânimo a primeira coisa seria fazer alguma coisa que gosta, sozinho ou acompanhado e assim que o ânimo voltar e estiver mais tranqüilo conversar consigo mesmo.
6- Existem muitas pessoas assim?
Todos nós em algum momento podemos nos sentir tristes, ansiosos, irritados ou desanimados.
7- Como podemos ajudar estas pessoas na nossa família, no dia a dia ?
Conversando sobre suas idéias sobre a situação em que começaram a ficar mal. Ter interesse e paciência em ouví-las.
Deixar que elas falem com suas palavras sobre o que está acontecendo, não apressá-las. Deixar claro que não é um peso ouví-las.
Incentivá-las a falarem sobre as saídas que imaginam, as soluções que gostariam de dar para seus problemas.
E só depois de ouvi-las perguntar se gostariam de ouvir a sua opinião sobre o assunto.
Às vezes é melhor falar algum tempo depois. O fato de serem ouvidas já colabora para sua melhora.
8- Ficar apavorado em querer ajudá-las pode atrapalhar?
Sim, quando estamos apavorados estamos prestando atenção em nossas idéias de ansiedade e não ouvimos aa idéias da pessoa mais importante.
As pessoas podem ficar defensivas e a oportunidade de ajudá-las fica mais difícil.
9- Devemos pegar o problema dessas pessoas e resolver como se fossem nossos?
De jeito nenhum, ninguém sente exatamente o que o outro sente. Não conseguimos saber exatamente o tamanho de sua emoção ou de seu sofrimento, assim como as outras pessoas não podem sentir exatamente o que sentimos quando nós é que estamos com problemas.
Devemos ter em mente que somos colaboradores e achar a melhor maneira de colaborar com as essas pessoas.
A pessoa pode ou não ser beneficiada pela nossa colaboração, isto quem determina é ela.
Ao esquecer que somos colaboradores passamos a crer que temos que determinar o que é bom para o outro e ficamos irritados porque elas não pensam como nós.
Outras vezes ficamos achando que falhamos e somos incompetentes ou que não seremos mais gostados porque não determinamos sua melhora.
Ou seja, tentamos ajudar alguém a sair do baixo astral e nos afundamos nele..
10- O que essas pessoas podem fazer neste momento?
Respondam: se nas outras vezes em que já ficaram assim elas conseguiram alcançar seus objetivos e realizarem seus sonhos?
Respondam: se conhecem alguém que agindo assim foram bem sucedidas?
Respondam: se alguém que elas amam estivessem nesta situação o que lhe diriam?
Respondam: quantas vezes pensou que tudo estava perdido e não era verdade?
E para terminar: respondam como elas gostariam que sua vida estivesse daqui a uma semana, daqui a um mês, daqui a um ano?
"Uma situação não determina como nos sentimos,
mas sim o modo com a construímos"
Aaron Beck

Mitomania



MENTIRAS: DIVERSÃO, DEFESAS ACEITÁVEIS OU MITOMANIA? Programa Rádio Mulher de 12 e 19 de abril de 2006.Consultor Arnaldo Vicente, Psicólogo Especialista em Terapia Cognitiva.
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Dizem que quem diz que nunca mentiu está mentindo. A pessoa que mente jura que não mentiu, mas que apenas omitiu, que escondeu para que as coisas não ficassem piores. A mentira aflora na infância como uma diversão, mas quando é freqüente pode gerar dúvidas entre o que é imaginação e verdade. Como lidar com a mentira na infância, na adolescência e na fase adulta?

1- Mentir é humano?
Sim, mentir é humano. "Mente quem diz que não mente", diz Suzy Camacho, psicóloga e terapeuta familiar, autora do livro "O Guia Prático dos Pais".

2- A criança recorre as mentiras?
Sim. No início como uma diversão e depois para fugir de uma punição severa ou na tentativa de não decepcionar os pais.

3- Mentir é um comportamento normal da criança?
Em grande parte dos casos sim, porque suas histórias são inofensivas e este comportamento não é um hábito.
É normal que as crianças de quatro a cinco anos pelo processo psicológico se divirtam ouvindo e inventando histórias, confundindo a realidade com a fantasia.
Mais ou menos a partir dos sete anos de idade elas aprendem a diferenciar o pensamento baseado na realidade e na fantasia.

4- Quando mentir deixa de ser um comportamento normal?
Quando estiver se transformando em um hábito, uma prática comum na vida da criança.
Isto mostrará que a criança não está sabendo o limite entre a fantasia e a realidade.
Nem tem noção do que pode ser errado e prejudicial, tanto para ela como para as outras pessoas.

5- Como agir quando isto acontecece?
Quando descobrem que as pessoas podem ser enganadas.
A partir dessa descoberta podem mentir em proveito próprio, para evitar castigos ou para receber alguma recompensa.
As crianças compreendem a necessidade de mentir tanto mais cedo quanto mais inteligentes elas forem.

6- Como é a mentira na adolescência?
Nesta fase os jovens:
- Já diferenciam com certa precisão o que é real e o que é imaginário;
- Já fazem avaliações sobre possíveis conseqüências de suas atitudes;
- Já têm algumas idéias predeterminadas sobre o modo de agir das pessoas em relação as suas atitudes quando consideradas como inadequadas.
- Já descobriram que as mentiras, suas e dos outros, podem ser aceitas em algumas ocasiões.
7- Que idéias podem contribuir para que os adolescentes mintam?
- A idéia de que será motivo de zombarias por parte das outras pessoas. Exemplo: não dizer a razão correta e verdadeira de ter faltado às aulas porque estava com diarréia.
- A idéia de quê precisa manter a sua privacidade e independência. Exemplo: não dizer onde foi ou quem saiu de madrugada.
- A idéia de que não será compreendido ou ajudado em problemas sérios, como, por exemplo, quando consomem drogas ilegais ou álcool.
- A idéia de que serão rejeitados, ironizados ou desmoralizados quando falharam em escolhas que não tinham o apoio de seus pais. Exemplo: término de namoros, insatisfações acadêmicas ou profissionais.
8- E a mentira na fase adulta?
- O adulto mente para manter uma boa atmosfera familiar. Segundo pesquisadores da Universidade da Virgínia em Charlottesville, os cônjuges e familiares são vítimas de dois terços de todas as mentiras graves.
- Mentem para conquistar pessoas e cargos usando “jeitinhos” e charmes ao invés qualidade, capacidade e perseverança.
9- Que idéias levam o adulto a mentir?
As principais idéias são aquelas que dizem respeito a sua relação com as pessoas:
- se eu mostrar quem eu realmente sou ou as coisas que realmente fiz as pessoas não vão querer saber de mim; serei visto como fracassado por ser incapaz, inadequado e sem valor.
10- Como poderiam agir para não mentirem?
Investigar se estão analisando os fatos baseados em comprovações e também perceberem se utilizar a mentira ajuda a alcançar seus objetivos.
11- O que acontece com as pessoas que criam o hábito de mentir?
Desenvolvem o que chamamos de mentira patológica, de síndrome de Pinóquio ou mitomania; é uma doença que precisa de tratamento psiquiátrico e psicológico.
12- O que é a mitomania?
É uma doença definida como uma forma de desequilíbrio psíquica caracterizado essencialmente por declarações mentirosas.
Diferente dos contos infantis, como o de Pinóquio, e das histórias de pescador a mitomania – compulsão mórbida pela mentira – é a necessidade descontrolada de freqüentemente fazer uso da mentira.
È considerada como um transtorno específico de personalidade que merece atenção e cuidados.
Foi descrita e assim denominada há apenas um século, por um médico francês, o professor Ernest Dupré, psiquiatra e médico-chefe da enfermaria da Prefeitura de Polícia de Paris, em 1905.
13- Como começa a mitomania?
O que se sabe, seguramente, é que há fatores do ambiente familiar responsável por este tipo de conduta. Esse distúrbio tem sua origem na supervalorização de suas crenças em função da angústia subjacente.”
A descoberta da realidade é um martírio para essas pessoas.
"A maioria das mitomanias é bem construída e se alimenta de histórias verossímeis", sendo assim, é lógico que as pessoas próximas se deixem atrair para o jogo, pois não podemos de todo modo começar a suspeitar de que todos são mitômanos".
14- Qual o perfil psicológico da pessoa que apresenta a mitomania ou a mentira patológica?
Poderíamos começar dizendo que o mentiroso compulsivo, no fundo, tem baixa auto-estima e, através das falas fantásticas e dos acontecimentos inventados procura a admiração dos outros que, por si mesmo, pensa não ter.
“De um lado, o mitômano sempre sabe no fundo que o que ele diz não é totalmente verdadeiro”.
Mas ele também sabe que isso deve ser verdadeiro para que lhe garanta um equilíbrio interior suficiente.
Em determinado momento, o sujeito prefere acreditar em sua realidade mais que na realidade objetiva exterior; de tanto mentir, ele mesmo já acredita na própria mentira!
Ele tem necessidade de contar essa história e acreditar nelas para se sentir tranqüilizado e de acordo consigo mesmo. A mentira é uma finalidade em si.
É muito diferente do mentiroso ou do fraudador, que têm finalidades práticas, onde a mentira é apenas um meio para outros fins.
Há um sentimento de prazer e de poder que pode facilmente incitá-la a recomeçar.
Na mentira patológica ou compulsiva a pessoa mente pelo prazer de mentir.
A mentira é uma forma dela existir, de chamar a atenção para si mesma.
Está-se com algum problema estomacal, por exemplo, é capaz de dizer que está com câncer, se fez feijão com salsicha diz que almoçou estrognofe de camarão, se compra um quadro diz que foi ela que pintou e acredita nas próprias mentiras.
O pior é que o que mais deseja - ser amada através deste outro personagem que criou, acaba provocando é o efeito rebote - acaba perdendo amor e carinho porque ninguém agüenta tanta mentira.
É digno de atenção psicológica.
A maioria das pessoas mitomaníacas consegue permanecer com sua vida profissional e social em níveis mais ou menos normais; outras, têm prejuízo ocupacional significativo e, com o tempo, se isolam socialmente.
São também pessoas que têm características de personalidade megalomaníaca (grandeza), erotomaníaca (amoroso) e outros.
A mitomania deixa a pessoa vaidosa, maligna e perversa e tem fortes carências afetivas.
Normalmente, são também pessoas inseguras.
Há uma sensação no compulsivo de não ser bom o suficiente por si mesmo. Então, tudo ele quer transformar em mais glamouroso.
O mitômano usa a mentira de forma consciente para ludibriar pessoas, tirar vantagens.
A amoralidade e a insensibilidade são suas marcas registradas.
A mentira vira um estilo de vida.
O mitômano não admite a mentira nunca. Também não se abala ao tê-la descoberta. Ao contrário, quando demonstra abalar-se não passa de mera interpretação para enganar ainda mais as pessoas.
15- Qual o melhor tratamento para a pessoa que mente compulsivamente?
Tratar o mentiroso é uma coisa difícil por diversas razões.
A primeira delas é que raramente eles procuram ajuda, a não ser quando vão perder o cônjuge, o emprego ou algo importante.
A segunda é que mentem justamente porque não querem se deparar com a própria insuficiência.
Optam pela comodidade de viver sonhos, ainda que isso signifique a própria destruição ou a daqueles que estão em sua volta.
O melhor tratamento exige cuidados que associam o tratamento com psiquiatras e psicólogos.
O objetivo é que os medicamentos atuem na compulsão e a psicoterapia o auxilie a fazer a separação entre o mundo de verdade e o mundo de imaginação, da fantasia e dos sonhos (todos com temáticas megalomaníacas) que levaram a pessoa a desenvolver este falso eu através do qual fogem da realidade.
16- Todas as mentiras são patológicas?
Não. Existem as chamadas mentirinhas utilitárias, quer em situações profissionais, sociais ou mesmo familiares.
17- Como são as mentiras utilitárias?
Nestas mentiras (as utilitárias) há plena consciência do ato; a pessoa mentiu para, por exemplo, benefício de sua imagem pública, para seduzir ou para obter alguma pequena vantagem ou para não se envergonhar perante os outros.
Passada a situação, logo em seguida, este "mentiroso" equaciona a questão e volta à verdade absoluta de sua vida.
Nem sempre esta mentira é algo de má-fé.
Até por educação e gentileza, por exemplo, dizemos à vizinha que nos recebe para um jantar que os pratos estavam deliciosos ou, para alguém que nos pergunta se está bonito, afirmamos sua própria certeza, para não melindrá-lo.
18- Mas há mentiras que são mais sérias que essas, isto significa que a pessoa é mentirosa compulsiva?
Não, este é o mentiroso episódico. . “Já o mentiroso episódico é aquele que mente que está se separando da esposa só para seduzir uma moça. Espontaneamente ou ao ser descoberto, admite a verdade”,
19- Existem mentirosos virtuais?
Sim, são os mentirosos cibernéticos. A Internet tornouse uma das principais armas da modernidade nas mãos de mitômanos ou simples aventureiros da mentira. É possível mentir sem ser descoberto, plagiar e até aplicar pequenos e grandes golpes. O anonimato e a possibilidade de alterar a realidade favorecem o mentiroso, seja o vovô que se passa por garotão com ajuda de uma fotomontagem ou o espertinho que consegue marcar encontros e arrancar dinheiro e viagens de suas vítimas.

20- Você tem algum exemplo de mitomania?

Exemplo: Um homem tinha um pai que era maquinista. Mas fazia questão de repetir a história que ouvira desde cedo, da mãe: para todo mundo, que o seu pai era engenheiro da rede ferroviária. O sogro era diretor de uma empresa de grande porte, mas para os amigos, colocava-o como o dono. Formou-se em História por uma faculdade privada, mas não economizava detalhes para convencer a todos, inclusive para sua mulher, que era graduado pela USP, mestre e doutor. Suas mentiras só terminaram quando ficou atolado em dívidas e morreu dependente do álcool.
Outro exemplo: Uma moça conta histórias elaboradas para conseguir que a loja troque uma roupa que já usou.

21- As pessoas contam muitas mentiras?
Um estudo científico norte-americano, desenvolvido pelo psicólogo Gerald Jellison, da Universidade do Sul da Califórnia, assegura que:
- Acessamos cerca de 200 mentiras por dia, seja ouvindo, lendo ou assistindo.
-Sem contar o período eleitoral, quando, segundo ele, a quantidade é duplicada.
-Todos contamos entre uma e duas dúzias de mentiras diariamente, desde aquele comentário sobre o novo visual da colega de trabalho até a desculpa para não comparecer a um jantar de amigos. São mentiras aceitáveis para a convivência, a medida que podem funcionar como apaziguadores sociais”
Lembrem-se: "Uma situação não determina como nos sentimos, mas sim o modo com a construímos". Aaron Beck
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