TCC 2015

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terça-feira, 23 de setembro de 2008

A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA COM PESSOAS IDOSAS É CRIME.


A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA COM PESSOAS IDOSAS É CRIME.
Cuidar de Idosos, nos leva a refletir sobre o que podemos fazer hoje para termos um futuro melhor.
Nosso lar e nossa personalidade trás as marcas do que vivemos e aprendemos com os mais velhos, sejam pais, avós, tios, amigos ou professores.Cuidar para que a relação com as pessoas idosas sejam saudáveis nos beneficia, pois aprendemos a repetir o que foi bom e evitamos o que não foi agradável.


1- O que é violência doméstica contra as pessoas idosas?

São os maus tratos ocorridos com pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.

2- De que forma acontece?

A violência contra os idosos pode acontecer de várias formas:

- violência psicológica, que se manifesta pela negligência e pelo descaso,

- agressões físicas. São comuns os casos de filhos que batem nos pais.

- abandono material, tomam seu dinheiro, dopam-nos, deixam passar fome ou não dão os remédios na hora marcada.

Resumindo: elas podem ser psicológicas, por agressão física ou por abandono material.

3- Quais as conseqüências para o idoso?

R- Ele desenvolve a idéia de está desprotegido e ameaçado pelo mundo que o cerca e sente medo, e ansiedade quanto ao seu futuro.

Desenvolve a idéia de que é um fracassado e sente culpa e vergonha de si mesmo.

Desenvolve a idéia de ser inadequado, incapaz e não merecedor da estima dos familiares e sente-se triste, deprimido e tem vontade de isolar-se e até de morrer.

4- Quem são as pessoas que mais agridem os idosos?

R- Segundo o Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM) com base nas ocorrências registradas pela Delegacia de Proteção ao Idoso de São Paulo em 2000 mostra que:

- 39,6% dos agressores eram filhos das vítimas,

- 20,3% seus vizinhos e

- 9,3% outros familiares.


5- Quais as ocorrências mais registradas?

R- As ocorrências registradas com maior freqüência foram:

- as ameaças (26,93%), seguidas de

- lesão corporal (12,5%) e de

- calúnia e difamação (10%,84).

6- Como os idosos estão defendendo-se?

R-A grande maioria não faz queixa, os casos mais graves são os que acabam vindo à tona pela mídia.

E desses poucos que fazem queixas, parte das ocorrências são retiradas pelos idosos dias após a denúncia.

Alguns idosos chegam a omitir o acontecimento e até mesmo a pensar que faz parte natural das relações entre família.

7- Porque elas não levam a queixa até o fim?

R - Nos registros, os idosos argumentam que precisam viver com a família, têm de voltar para casa, e a manutenção da queixa atrapalharia a convivência.

8- Como as pessoas idosas agredidas devem ser orientadas?

R- Que procurem as promotorias e as delegacias especializadas no atendimento aos idosos.

É bom lembrar que as delegacias comuns também registram denúncias tanto contra familiares quanto contra instituições que abrigam idosos.

9- As pessoas que cometem violência contra os idosos em casa são punidas com base em lei própria para os idosos?

R-Sim, pelo Estatuto dos Idosos. Que tornou lei os direitos do idoso, esclareceu quais são esses direitos e confirma que a família, a comunidade, a sociedade e o Poder Publico tem obrigação de fazer cumprir esses direitos (Lei 10.741 de 1o. de outubro de 2003.)

10- Também esclarece as punições para os agressores ou não cumpridores do estatuto?

R-Sim. Por exemplo, no parágrafo 1, do artigo 96, capítulo dois, diz que a haverá pena reclusão de 06 a 01 ano e multa para quem desdenhar, humilhar, menosprezar ou discriminar pessoa idosa por qualquer motivo.

11- Quantos são os idosos no Brasil?

Os idosos são hoje 14,5 milhões de pessoas, 8,6% da população total do

- Em uma década, o número de idosos no Brasil cresceu 17%, em 1991, ele correspondia a 7,3% da população.

- Idosos com 75 anos ou mais no total da população - em 1991, eles eram 2,4 milhões (1,6%) e, em 2000, 3,6 milhões (2,1%).

- A população brasileira vive, hoje, em média, de 68,6 anos, 2,5 anos a mais do que no início da década de 90.

- Estima-se que em 2020 a população com mais de 60 anos no País deva chegar a 30 milhões de pessoas (13% do total), e a esperança de vida, a 70,3 anos.

- Boa parte dos idosos hoje são chefes de família e nessas famílias a renda média é superior àquelas chefiadas por adultos não-idosos.

- Segundo o Censo 2000, 62,4% dos idosos e 37,6% das idosas são chefes de família, somando 8,9 milhões de pessoas.

- Além disso, 54,5% dos idosos chefes de família vivem com os seus filhos e os sustentam.

12- Além da violência doméstica sabemos que ocorrem muitos acidentes em casa, quais são os mais freqüentes?

R- Andar sobre pisos molhados, úmidos ou encerados.

Andar só de meias ou usar chinelos e sapatos mal ajustados.

Móveis no meio do caminho (gavetas abertas, por exemplo), principalmente entre o quarto e o banheiro.

Escadas com degraus de tamanhos diferentes.

Tapetes nos quartos, banheiros e em outros cômodos da casa.

Pouca iluminação nos ambientes.

Colocar-se em pé em cima de um banco ou cadeira.

Tontura ao levantar-se.

Visão alterada pela idade.

Perda do equilíbrio, muitas vezes causada por remédios.

Enfraquecimento dos ossos e dos músculos do idoso.

Soleiras das portas não niveladas com o chão.

13- Quais as dicas gerais para o bem estar da pessoa idosa na residência?

Na residência geral

Mantenha uma boa iluminação em todos os cômodos da casa e uma luz na entrada principal da residência.

As lâmpadas devem ser de fácil manutenção e substituição.

Nunca deixe fios elétricos e de telefone desprotegidos. Prenda-os à parede.

Evite tapetes no chão, principalmente nas escadas. Se for usá-los, fixe-os ao chão.

Pinte de cores diferentes ou faça marcas visíveis no primeiro e no último degraus das escadas. Elas devem ter degraus com piso antiderrapante. Converse com seu médico sobre a necessidade de colocar barras de apoio (corrimão).

Use sapatos com saltos largos e calcanhares reforçados, para evitar que o pé se movimente. Não use chinelos. Prefira os calçados fechados.

Cuidado para não errar a dosagem dos remédios.

Não use camisolas e robes compridos, para evitar tropeços, principalmente no meio da noite.

No quintal, evite o acúmulo de folhas e flores úmidas no chão.

Ao dormir, deixe a luz do corredor acesa para auxiliar a visão caso acorde no meio da noite.

Se cair e tiver dores, procure assistência médica. Deixe o telefone em um local de fácil acesso, para quando for necessário pedir ajuda.

No quarto

Procure utilizar uma cama larga, com altura suficiente para que sentado você consiga apoiar os pés no chão, evitando tonturas. Ao deitar-se, utilize sempre um travesseiro para apoiar a cabeça.

Use uma mesa de cabeceira, de preferência, com bordas arredondadas e procure fixá-la ao chão ou à parede, para evitar que se desloque caso você se apoie nela.

Mantenha uma cadeira ou poltrona no quarto, para que você possa sentar-se na hora de calçar meias e sapatos.

Os interruptores devem estar ao alcance de sua mão quando você estiver deitado na cama, para evitar que você se levante no escuro.

Evite prateleiras muito altas ou baixas, para diminuir o esforço físico ao procurar algum objeto.

No banheiro

O piso do box, assim como de todo o banheiro, deve ser antiderrapante.

Evite prateleiras de vidro e superfícies cortantes, e não use aquecedores a gás dentro do banheiro. Eles devem ficar em um local arejado da casa, como, por exemplo, a área de serviço.

Se for necessário, utilize barras de apoio no box e nas paredes próximas ao vaso sanitário.

O banheiro deve ter espaço útil para duas pessoas, para o caso de você precisar de ajuda.

Certifique-se de que os interruptores e as tomadas elétricas estão em locais altos e em áreas secas do banheiro.

Na cozinha

Os armários não devem ficar em locais muito altos. Guarde os objetos que são pouco utilizados nos armários superiores e os de uso freqüente, em locais de fácil acesso.

Instale o botijão de gás fora da cozinha.

Evite colocar peso nas portas da geladeira e utilize as prateleiras que não exijam que você abaixe ou levante muito os seus braços.

Os fornos elétricos e os microondas devem ser instalados em local de fácil acesso.

Lembre-se de desligar fornos, microondas e ferros de passar roupa, após o uso.

Nas salas

Procure utilizar cores claras nas paredes e aumentar a iluminação, tornando-a três vezes mais forte que o normal, para compensar suas dificuldades visuais. Uma boa dica é completar a iluminação fazendo uso de luminárias de fácil manutenção.

14- É possível ser um idoso saudável?

R- Sim, seguindo algumas recomendações como:

- Mudar sua atitude sobre a velhice, ou seja, não acreditar que o envelhecimento é um fator impeditivo para a maioria das atividades cotidianas de um idoso.

- Ao invés de nos lamentar por estar envelhecendo, estar atentos aos verdadeiros inimigos da saúde em qualquer idade: as doenças.

- As doenças são as verdadeiras responsáveis pelas deficiências e disfunções atribuídas à velhice.

- O conhecimento desta realidade pode mudar completamente nossa atitude.

- Lembrar, porém, que a ausência de doenças não significa obrigatoriamente a presença de saúde.

- A Organização Mundial de Saúde (OMS) já há muito tempo definiu saúde como um estado de bem estar bio-psíco-social, ou seja, um estado de equilíbrio entre todos os determinantes físicos e emocionais do ser humano.

- Evitar a inatividade ou o sedentarismo que é responsável pela progressiva disfunção dos idosos. O desuso prejudica mais que a idade.

- Não fazer uso indiscriminado de medicamentos.

- Muitos ainda acreditam somente nos remédios e deixam de lado a participação ativa no processo de manutenção da saúde.

- Os prejuízos são, portanto, de ordem clínica (pelos efeitos colaterais das drogas), de ordem social (pelos gastos) e de ordem emocional, visto que freqüentemente a decepção pela recuperação prometida e não alcançada deixa um forte sentimento de frustração e de descrédito nos outros e em si mesmo.

- È preciso estar entendendo bem os motivos de uso dos medicamentos e por outro cooperando para que o plano seja executado com precisão, seguindo os horários, doses e duração prescritas.

15- Há recomendações para os futuros idosos?

R- Sim, podemos cuidar do nosso envelhecimento desde as idades mais precoces.

- Evitando os hábitos inadequados que, durante toda a vida, prejudicaram nossa saúde.

- Dentre os hábitos nocivos à saúde, o alcoolismo e o tabagismo são aqueles que, embora freqüentemente utilizados durante toda a idade adulta, vão manifestar suas graves complicações quando o indivíduo apresentar idade avançada.

- Estudos atuais demonstram os benefícios decorrentes da interrupção destes hábitos em qualquer idade.

- Portanto, não há mais dúvida de que é benéfico parar de fumar e/ou de beber mesmo após várias décadas de utilização destes agressores.

- Isto favorece não apenas a saúde dos orgãos-alvo, (fígado, pâncreas, cérebro, pulmão, artérias), mas também a saúde como um todo.

16- Quais as principais doenças na velhice?

Cardiovasculares
(enfarto, angina, insuficiência cardíaca)

São fatores de risco para essas doenças o sedentarismo, o fumo, o diabetes, o colesterol alto e a obesidade. Entre os sintomas das doenças estão falta de ar, dor no peito, palpitações e inchaço. Para preveni-las é preciso praticar atividades físicas, não fumar, controlar o peso, o colesterol e o diabetes. Como atividade física, pode ser adotada a caminhada, três vezes por semana, com duração de meia hora.

Derrames
(acidente vascular cerebral)

Os fatores de risco são semelhantes aos das doenças cardiovasculares (fumo, sedentarismo, obesidade e colesterol alto), além da hipertensão. A prevenção, também, é feita por meio de atividades físicas e controle da pressão arterial, do peso e do colesterol, além do abandono do cigarro.

Pneumonia

Pacientes idosos com gripe, enfisema e bronquite anteriores e os que estão imobilizados na cama estão no grupo de risco da doença. Seus sintomas são febre, dor ao respirar, escarro e tosse. Umas das mais eficazes formas de prevenção é a vacinação, tanto contra a gripe como contra a pneumonia (leia capítulo sobre vacinas).

Câncer

Pessoas que fumem, apresentem um histórico de exposição ao sol intensa e freqüente, tenham alimentação inadequada ou problemas de alcoolismo, sejam obesas ou possuam algum caso de câncer na família têm maior propensão a desenvolver a doença. A realização de exames e a consulta periódica ao médico são métodos eficazes de prevenção e diagnóstico da doença em estado inicial. É aconselhável, também, evitar o sol em excesso e não fumar.


Enfisema e bronquite crônica

Entre os fatores de risco dessas doenças estão o fumo, a ocorrência de casos na família e a poluição excessiva. Os médicos recomendam manter a casa ventilada e aberta ao sol, além de parar de fumar. Os sintomas são tosse, falta de ar e escarro.

Infecção urinária

Homens que sofrem de retenção urinária e mulheres de incontinência correm o risco de apresentar a doença, cujos sintomas são ardor ao urinar e vontade freqüente de ir ao banheiro.

Osteoporose

Mais comum nas mulheres, em quem o risco é sete vezes maior, é resultado do enfraquecimento dos ossos do corpo. Dieta pobre em cálcio, fumo e sedentarismo são agravantes da doença. Geralmente a osteoporose é diagnosticada quando o paciente sofre alguma fratura. A prevenção é feita por meio de atividades físicas, dieta com alimentos ricos em cálcio (leia capítulo sobre alimentação) e abandono do cigarro.

Diabetes

As pessoas que apresentam essa doença têm como sintomas muita sede e aumento no volume de urina. São fatores de risco a obesidade, o sedentarismo e a existência de casos na família. Os médicos orientam os pacientes a controlar o peso e a taxa de açúcar no sangue.

Osteartrose

As dores nas juntas de sustentação (joelho, tornozelo e coluna) e nas mãos são os principais sintomas da doença, cujos fatores de risco são obesidade, traumatismos e casos na família. Para se prevenir, é preciso controlar o peso e praticar atividades físicas.

Depressão

Não há uma causa única para a depressão. Ela pode ser motivada por fatores psicológicos, como a perda de um ente querido, uma situação de dependência de familiares e doença grave, assim como por mudanças no funcionamento químico do cérebro. O fator genético também é importante. O tratamento é feito à base de antidepressivos.

Mal de Parkinson

É causado pela morte de neurônios ou pela perda da capacidade da célula nervosa de atuar no controle dos movimentos do corpo. O paciente apresenta tremores, rigidez nos músculos, dificuldades de locomoção e equilíbrio. Tratamentos com medicamentos reduzem os efeitos da doença. Não há modo de prevenção.

Alzheimer

É a forma mais comum de demência entre os idosos. Age nas partes do cérebro que controlam o pensamento, a memória e a linguagem. Os médicos ainda não descobriram qual a causa da doença, mas sabem que a idade é um dos principais fatores de risco. Os sintomas aparecem de forma lenta, primeiramente, com a dificuldade de lembrar-se de eventos recentes, nomes de pessoas e coisas familiares, até chegar a um grave dano cerebral. Nenhum tratamento pode deter o Alzheimer, mas há medicamentos que amenizam alguns sintomas.

Catarata

Atinge o cristalino, a chamada lente do olho, formando uma camada que atrapalha e deixa a visão nebulosa. Pode levar à cegueira, mas uma cirurgia simples remove a catarata, devolvendo a visão ao paciente. O índice de recuperação satisfatória chega a 90% dos casos.

Glaucoma

É causado pelo aumento da pressão dentro do olho, o que pode afetar o nervo óptico e causar a perda da visão. Na maioria dos casos, as pessoas não apresentam sintomas quando a doença ainda está se desenvolvendo, antes de atingir o nervo óptico. A melhor forma de prevenir-se é fazer exames regulares. O tratamento pode incluir medicamentos e cirurgia.
Para saber mais consulte o Guia do Idoso. e o Estatuto do Idoso.
oso

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