TCC 2015

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terça-feira, 23 de setembro de 2008

FOBIA SOCIAL.


Veja aqui onze bons motivos para enfrentá-la.

Depoimento
Assunto: Dificuldade enorme em fazer amigos:

“Sou tímido em demasia desde minha infância.
Hoje tenho trinta anos de idade mas meus relacionamentos não são normais.Tenho uma dificuldade enorme em fazer amigos e, mais ainda, em conseguir uma namorada. De um ano para cá foi que "despertei" para essa realidade e comecei a sentir a necessidade de me aproximar das pessoas. Mas as dificuldades são grandes e não raro, me vejo em estado de depressão ou caminhando para esse estado.” O que é ?

1- O que é fobia social?

Ansiedade social todos nós temos. É normal sentir

certo grau de preocupação com a imagem e ao falar com uma autoridade ou com uma pessoa que não conhecemos, mas a maioria consegue lidar com essa sensação de desconforto.

R- Algumas pessoas, porém, a evitam de modo tão intenso que comprometem a qualidade de vida.

Esse tipo de esquiva fóbica é o que chamamos de fobia social.

A sociedade:

2- Viver em sociedade foi e é fundamental para a sobrevivência das pessoas.O que justifica esse transtorno de comportamento?

R- Pacientes com fobia social têm sensibilidade mais aguçada para se sentirem humilhados ou rejeitados em contextos interpessoais, ou seja, em contextos que incluam pessoas desconhecidas, pouco íntimas ou muito críticas, do sexo oposto, ou autoridades.

Por trás disso, existe o medo excessivo de ficarem embaraçados ou humilhados na frente dos outros. Essa é a essência da fobia social.

A ansiedade é diferente da Fobia Social.

3 – E o que acontece quando precisamos falar em público e vemos as pessoas olhando para nós?

R- O que acontece é uma ansiedade de desempenho e aparece de modo geral na pessoas, mesmo nos atores;a diferença é que nos fóbicos sociais ela aparece de forma intensa.

Em casos mais leves de fobia social, os pacientes são tomados por ansiedade excessiva quando desempenham tarefas na frente dos outros, como:

- comer num restaurante,
- assinar um cheque ou outro documento qualquer,
- participar de uma dinâmica de grupo,
- de um seminário na faculdade,
- de uma entrevista de emprego e, principalmente,
- falar em público.

À medida que esse transtorno evolui, passa para um tipo que chamamos de generalizado e, além das situações de desempenho, a pessoa evita as que favorecem o contato interpessoal, como:

- ir a festas,
- ser apresentada a estranhos,
- iniciar uma paquera
- e nas quais é indispensável perceber como está sendo sua aceitação pelo outro a fim de nortear a pauta para seu comportamento.

A grande diferença entre a fobia social e as outras fobias é que o maior temor do paciente fóbico social não é de todo ilógico.

Ele teme ser avaliado e de fato está sob avaliação num número enorme de situações. Na verdade, todos nós estamos sendo avaliados o tempo todo, mesmo que esta avaliação não resulte em desaprovação ou rejeição.

Os sintomas físicos associados incluem:

- tremores,
- palpitações cardíacas,
- sensação de desmaio,
- rubor e sudorese,
- problemas digestivos,


Dificuldades nas crianças:

4- Algumas crianças têm muita dificuldade de relacionamento com pessoas estranhas. Você chega perto, ela corre e agarra-se na mãe.

As fobias sociais começam a instalar-se na infância ou surgem na vida adulta?

R- Muitos pacientes relatam, se não o início da fobia social, pelo menos uma certa evitação das situações sociais na infância.


Eram crianças que se escondiam atrás da mãe quando chegava um amigo da família em casa.


Diferentes daquelas que têm essa reação no começo, mas dali a pouco estão sentadas no com a visita, chamando-a de tia ou tio, querendo saber o que faz e onde mora, uma vez que não têm inibição comportamental perante adultos, as que se retraem correm maior risco de desenvolver o problema mais tarde.


O que fazer?

5 – O que se pode fazer nesses casos de timidez excessiva?

R- O que mais se tem discutido hoje é como intervir precocemente, porque a fobia social está ligada a uma série de complicações:

Fobia social aumenta o risco de abuso de álcool e de outras drogas até porque a pessoa não consegue lidar muito bem com a pressão exercida por seus pares e acaba virando maria-vai-com-as-outras.

Aumenta, também, o risco para depressão e problemas de ansiedade na vida adulta.

Manifestação nos adolescentes:
6 – Na adolescência, especialmente, somos muito mais sensíveis à pressão do grupo.
Adolescentes se vestem mais ou menos do mesmo jeito, usam corte de cabelo parecido e têm comportamento semelhante.
Qualquer diferença é entendida como oposição e o jovem é rejeitado pelo grupo.

Como isso se reflete na fobia social?
R- A inibição comportamental começa na infância, mas a maioria dos pacientes relata que os problemas surgiram na adolescência.













Uma coisa importante, nem sempre valorizada pelos pais e pela escola, e que protege a criança contra o desenvolvimento da fobia social, é a oportunidade de aceitação num grupo em que consiga destacar-se de alguma forma.

EX: Se o filho não tem jeito para futebol e insiste em fazer teatro ou tocar piano, não adianta o pai opor-se.

Inscrever o garoto numa escola de esporte, e obrigá-lo a praticar uma atividade em que vai ser o pior e na qual nunca irá destacar-se é contraproducente.

A falta de vivência de aceitação (sentir-se aceito) é fator de risco para a fobia social, que pode não ser um distúrbio apenas geneticamente determinado, mas sofre forte influência do meio para instalar-se.

Pais e filhos:

7– Como os pais podem reconhecer a fobia social nos seus filhos?

R – Se quiserem, basta olhar para perceber. É a criança que:


- não quer ir a festas,

- que se recusa a ter interação com outras crianças da mesma idade,

- ou se queixa de dor de barriga na hora da aula.


No caso desta criança; diante da recusa em ir para a escola, os pais devem tomar a iniciativa de falar com os professores para verificar se alguma coisa não está indo bem com a criança.


Às vezes, a mudá-la de classe é suficiente. Se não for, a mudança de escola pode propiciar-lhe outra chance de interação.


Como se fosse um reset de computador, lhe será oferecida a oportunidade de começar de novo em outro ambiente.

Entretanto, se os pais perceberem que faltam habilidades sociais a essa criança, vale a pena investir num tratamento para desenvolvê-las e treiná-las.


Bons motivos para enfrentar a fobia social:

1. Não perder oportunidades para quem é extrovertido.
2. Falar em público em apresentações de vendas, palestras,aulas e reuniões.
3. Saber expor com clareza suas idéias.
4. Controlar a ansiedade e as tensões.
5. Melhorar o relacionamento afetivo, profissional e pessoal.
6. Participar ativamente de eventos sociais, conversas e reuniões.
7. Evidenciar uma personalidade positiva e cativante.
8. Começar a gostar mais de si mesmo, mudando o conceito que as pessoas possuírem a seu respeito.
9. Aprender a ser mais assertivo, isto é, falar a coisa certa, no momento certo, na dose certa.
10. Ganhar autoconfiança para abordagem pessoal.
11. Qualificar-se para cargos de liderança.


Referência: material selecionado e adaptado por Arnaldo Vicente, Especialista em Terapia Cognitiva, da lista: fobiassociais@yahoogrupos.com.br.

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