TCC 2015

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terça-feira, 23 de setembro de 2008

CLEPTOMANIA (ROUBO PATOLÓGICO) É um Transtorno caracterizado pela impossibilidade repetida de resistir aos impulsos de roubar objetos.


1- Como é caracterizado este transtorno?
R- É um Transtorno caracterizado pela impossibilidade repetida de resistir aos impulsos de roubar objetos.

2- São roubos pela utilidade dos objetos?
R- Não, os objetos não são roubados por sua utilidade imediata ou seu valor monetário; o sujeito pode, ao contrário, querer descartá-los, dá-los ou acumulá-los.
Este comportamento se acompanha habitualmente de um estado de tensão crescente antes do ato
...e de um sentimento de satisfação durante e imediatamente após sua realização.
O roubo não é cometido para expressar raiva ou vingança e não é uma resposta ao delírio ou a alucinação.
O paciente é constrangido a executar atos que não são ditados nem por sua razão, nem por suas emoções. - atos que sua consciência desaprova, mas que ele não tem intenção.
Embora os indivíduos com este transtorno em geral evitem furtar quando uma detenção imediata é provável (por ex., na proximidade de um policial), eles não costumam planejar seus furtos de antemão nem levam plenamente em conta as chances de serem presos. O furto é cometido sem auxílio ou colaboração de outros.
3- Por que Adultos com cleptomania roubam?
R- Porque isto oferece alívio ou conforto emocional. O controle voluntário é profundamente comprometido.
4- Os indivíduos afetados frequentemente têm outros distúrbios mentais?
Sim, tais como distúrbio bipolar, anorexia nervosa, bulimia nervosa, ou distúrbio da ansiedade. Poucas pessoas procuram tratamento até que são pegas roubando.
Alguns pacientes com cleptomania e distúrbio comórbido do humor têm descrito uma relação entre seus sintomas afetivos e cleptomaníacos, declarando que seus impulsos de roubar ocorrem quando eles estão deprimidos.
5- Qual incidência de cleptomania na população geral? Presume-se que a cleptomania seja um distúrbio raro, embora poucos estudos tenham sido feitos sobre sua prevalência na população em geral.
Estudos feitos com ladrões de lojas sugerem que somente uma pequena parcela (de 1 a 8%) representam casos verdadeiros de cleptomania.
Ela parece ser mais comum entre mulheres.
6- Como distingüir um ladrão comum de um cleptomaníaco?
A Cleptomania deve ser diferenciada de atos comuns de roubo ou furtos em lojas.
O furto comum (quer planejado ou impulsivo) é deliberado e motivado pela utilidade do objeto ou por seu valor monetário.
A Cleptomania é extremamente rara, ao passo que os furtos em lojas são comuns.
7- É possível tratar um cleptomaníaco?
É muito difícil alguém procurar auxílio psicológico por si só e, por isso, a cleptomania acaba sendo um problema velado.
Medicamentos antidepressivos podem funcionar bem, mas, mesmo assim, ainda é um tratamento difícil, pois depende muito da boa vontade do paciente já que, muitas vezes, ele não se enxerga doente e, portanto, não deseja melhorar.
O melhor a fazer é tratar o paciente com terapia e realizar análise contínua já que o desaparecimento total e definitivo é difícil.
Ao menor sinal, os pais devem procurar profissional capacitado para tentar parar a evolução da cleptomania.
O trabalho realizado na psicoterapia é buscar o desenvolvimento do autocontrole da pessoa; devemos ter um diálogo aberto com o paciente e jamais culpá-lo pelo seu ato.
É importante fazê-lo entender o que a enfermidade causa para si e para a sociedade, que envolve família e amigos.
7- Quando foi criado o termo Cleptomania? O termo cleptomania foi criado há mais de dois séculos para descrever o impulso de roubar objetos desnecessários ou de pequeno valor. Esquirol notou, em 1838, que o indivíduo cleptomaníaco frequentemente se esforça para evitar este comportamento, mas por sua natureza, isto é irresistível.
8- O que diz o DSM IV? Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana, DSM IV, cleptomania não é simplesmente um hábito de pessoas que tenham uma boa condição financeira. O DSM IV ensina que a cleptomania faz parte dos Transtornos do Controle dos Impulsos, nos quais estão incluídos também o Transtorno Explosivo Intermitente, a Piromania, o Jogo Patológico e a Tricotilomania.
A característica essencial dos Transtornos de Controle dos Impulsos, inclusive da Cleptomania, é o fracasso em resistir a um impulso ou tentação de executar um ato perigoso para a própria pessoa ou para outros.
Na maioria destes transtornos, o indivíduo sente uma crescente tensão ou excitação antes de cometer o ato. Após cometê-lo, pode ou não haver arrependimento, auto-recriminação ou culpa.
Alguns profissionais, defendem que a Cleptomania é um processo que se inicia na infância. A criança se compensa por uma profunda falta de afeto, uma carência de carinho e atenção, que a leva por vezes ao desespero. A compensação do afeto seria através de "coisas" consoante ao estado psíquico do momento, num descontrole, numa ansiedade desenfreada, numa contestação inconsciente, num chamamento de atenção angustiante, porque a criança prefere ser castigada em função do roubo a ser ignorada.
9- Como o Terapeuta Cognitivo pode entender a Cleptomania? Analisando a pessoa segundo o modelo cognitivo, o terapeuta poderá compreender qual o esquema foi ativado no paciente, e colaborou para a sua conduta de roubar.
Por exemplo: um esquema de não estima pode conter uma crença básica negativa onde a pessoa acredite que é uma pessoa vista como sem valor para as outras pessoas e que por isto não é estimada por elas, o quanto deseja; ou seja ela não receberá os afetos de atenção, companhia, elogios, presentes, deferências, etc.
Esta crença poderá levá-la à um estado emocional alterado, inicialmente de tristeza e posteriormente de ansiedade.
O receio de que nossas frustrações jamais terão fim pode gerar ansiedade e até depressão; mas pode antes passar por uma busca de resolução disfuncional utilizando estratégias compensatórias como a do roubo patológico.

Um comentário:

Anônimo disse...

Preciso de ajuda !! Mas tenho vergonha de pedir a quem quer que seja .. Pff preciso de ajuda !