TCC 2015

TCC 2015

sábado, 15 de setembro de 2007

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Participação Internacional:

Douglas Turkington(Inglaterra)
Nicholas Tarrier(Inglaterra)
Neal Stolar(EUA)
Yulia Landa(EUA)

Diferenças entre Cognitivo Comportamental e Comportamental Cognitiva.


A Terapia Cognitiva vem ganhando crescente visibilidade e relevância no Brasil, em virtude de algumas de suas características centrais, como modelo integrado, fundamentação cientifica, integração entre teoria e prática e entre pesquisa e clínica, curto prazo, eficácia, aplicabilidade a uma ampla gama de transtornos, características que, entre outras, tem-lhe assegurado o respeito de cientistas, clínicos e pacientes ao redor do mundo. Uma abordagem pragmática, a TC tem-se mostrado extremamente bem situada internacionalmente dentre os inúmeros modelos de psicoterapia propostos no último século.No Brasil, desde meados da década de 1990, observamos uma situação bastante semelhante, com uma proliferação de clínicas e institutos conduzindo pesquisas, oferecendo atendimento clínico e cursos nessa abordagem. Contudo, o caráter recente da terapia cognitiva entre nós tem igualmente lhe valido alguns equívocos e distorções, que certamente serão corrigidas, à medida que um número crescente de profissionais obtenha treinamento adequado, através de instrutores preparados, e em instituições autorizadas.Terapia Cognitiva e Terapia ComportamentalNo Brasil, a TC tem sido freqüentemente, e equivocadamente, identificada com a Terapia Comportamental, originando a idéia de que terapeutas treinados na abordagem comportamental estariam naturalmente habilitados a praticar a TC. As abordagens cognitiva e comportamental têm diferentes concepções de ser humano e modelos de personalidade e de psicopatologia incompatíveis. A TC tem um modelo teórico e aplicado específico, cujo emprego integral possibilita a tão divulgada brevidade e eficácia que lhe são amplamente atribuídas.A mudança para a TC por comportamentais demanda, portanto, uma adaptação da visão de ser humano e a adoção dos modelos cognitivos de personalidade e psicopatologia, com a devida integração a estes de técnicas comportamentais que, nesse caso, são empregadas com a finalidade de mudar cognições, e não comportamentos. Essa modalidade integrada, denominada Terapia Cognitivo-Comportamental ou TCC, semelhantemente à TC, adota a hipótese de primazia das cognições sobre emoções e comportamentos e conceitua as cognições como eventos mentais.Ao contrário, a integração de elementos da TC à terapia comportamental, isto é, a utilização de técnicas cognitivas dentro de um enquadre comportamental, sem a adoção do modelo cognitivo e da hipótese de primazia das cognições, não é viável. O não reconhecimento dessas diferenças e da limitação de possibilidades que delas resulta, origina interpretações distorcidas do que é TCC, que têm contribuído para confundir profissionais, estudantes e pacientes. As denominações TC, TCC e terapia comportamental têm sido impropriadamente empregadas por alguns setores e grupos como se fossem equivalentes e intercambiáveis.Uma das conseqüências desses equívocos é que, em anos recentes, o treinamento de profissionais em TC no Brasil tem sido prejudicado, com programas que anunciam oferecer treinamento em TC enfatizando diferentes vertentes.A despeito dessas dificuldades, o futuro da TC no Brasil mostra-se promissor. A tendência é uma crescente atenção à devida qualificação de profissionais instrutores e clínicos, que se anunciam como terapeutas cognitivos, a fim de que a excelente reputação da abordagem possa ser assegurada e que os relatos de consistência, eficácia e brevidade, atribuídos à TC e reconhecidos mundialmente, possam se confirmar também no Brasil.Nesse contexto, especialmente em vista das especificidades e dificuldades apontadas, destaca-se a importância da realização, pelo ITC-Instituto de Terapia Cognitiva, de eventos reunindo líderes internacionais nas áreas clínica e científica, que mobilizam profissionais brasileiros interessados na exposição ao modelo cognitivo em suas várias áreas de aplicação.Em particular, a aplicação da TC à esquizofrenia tem sido amplamente enfatizada, tanto no âmbito da clínica como das pesquisas, em programas ambiciosos e com resultados extremamente encorajadores, em que a associação da TC à farmacoterapia demonstra-se superior às estratégias terapêuticas tradicionais com relação ao gerenciamento dos sintomas centrais e periféricos, promovendo ainda melhor aderência à medicação e maior tolerância aos seus colaterais.Esses programas serão apresentados durante o I Congresso Internacional de Esquizofrenia e Terapia Cognitiva com inigualável competência, através de seus mais reconhecidos experts, pioneiros nessa área de atuação e autores das mais expressivas publicações no gênero.


Dra. Ana Maria Serra


Acesse o website oficial do I Congresso Internacional de Esquizofrenia e Terapia Cognitiva:

Reestruturação Cognitiva e Esquizofrenia.


O princípio básico da TC, que reflete uma postura construtivista, propõe que nossas respostas emocionais e comportamentais, bem como nossa motivação, não são influenciadas por eventos, mas sim pela forma como os processamos – por nossas representações, interpretações e atribuições de significados. Estas se refletem no conteúdo de vários fluxos paralelos de processamento cognitivo em nível pré-consciente – os pensamentos automáticos.O real é percebido sensorialmente e os elementos de percepção sensorial são organizados em estruturas cognitivas denominadas esquemas e suas crenças correspondentes. O resultado desse processamento esquemático reflete as representações do real pelo sujeito, e não o real propriamente. Essas representações, segundo a hipótese de primazia das cognições sobre emoções e comportamentos, atuam como variável mediacional entre o real e as nossas respostas emocionais e comportamentais. Daí decorre que, para modificar emoções e comportamentos, intervimos sobre a forma do indivíduo processar informações, ou seja, sobre suas cognições, esquemas e crenças. O objetivo último da TC é, portanto, promover a reestruturação cognitiva, a substituição do sistema de esquemas disfuncionais por um sistema funcional, que levará o paciente, no futuro, a processar informações de novas formas.Na esquizofrenia, a combinação da re-estruturação cognitiva à atuação dos psicofármacos, promove a reabilitação social do paciente esquizofrênico.


Dra. Ana Maria Serra


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Personalidade (segundo a TC) e esquizofrenia.


O modelo cognitivo de personalidade propõe que, através de sua história, e com base em experiências relevantes desde a infância, desenvolvemos um sistema de esquemas, registrados no inconsciente, também chamado de memória implícita. Esquemas, nesse sentido, podem ser definidos como super-estruturas cognitivas, que refletem regularidades do real conforme percebidas pelo sujeito, e organizam elementos da percepção sensorial, ao mesmo tempo em que são atualizados por eles, em uma relação circular. Os esquemas ainda dirigem o foco de nossa atenção. Incorporadas aos esquemas, desenvolvemos crenças básicas e pressuposições intermediárias específicas para diferentes classes de eventos, as quais são ativadas em vista de eventos críticos elicitadores. A ativação dessas crenças reflete-se, no pré-consciente, nos conteúdos dos pensamentos automáticos, que, por sua vez, influenciam a qualidade e intensidade da emoção e a forma do comportamento.Daí decorre que a teoria cognitiva básica reflete um paradigma de processamento de informação, baseado em esquemas, como um modelo de funcionamento humano. O sistema envolve estruturas, processos e produtos, envolvidos na representação e transformação de significado, com base em dados sensoriais derivados do ambiente interno e externo. As estruturas e processos atuam a fim de selecionar, transformar, classificar, armazenar, evocar e regenerar informação, segundo uma forma que faça sentido para o indivíduo em sua adaptação e funcionamento. Central, portanto, para o modelo cognitivo é a capacidade para atribuição de significado.O modelo cognitivo de psicopatologia, semelhantemente, propõe que, durante o desenvolvimento e em vista de regularidades do real interno e externo, indivíduos podem gradualmente perder sua flexibilidade cognitiva, que lhes permite continuamente assimilar novas regularidades e atualizar seus esquemas. Enrijecendo-se, os esquemas tornam-se disfuncionais, predispondo o indivíduo a distorções cognitivas e à resistência ao reconhecimento de formas alternativas de processamento, as quais, em conjunto com fatores biológicos, motivacionais e sociais, originariam os transtornos emocionais. A hipótese da vulnerabilidade cognitiva, fundamental nesse modelo, propõe que portadores de transtornos emocionais apresentam uma tendência aumentada a distorcer eventos, no momento de processá-los; e, uma vez feita uma atribuição, resistem ao reconhecimento de interpretações alternativas.Na esquizofrenia, com base no modelo psiquiátrico de diátese e estressores ambientais, o modelo cognitivo propõe que a vulnerabilidade ou predisposição geneticamente determinada à esquizofrenia é materializada através da interação com estressores ambientais e experiências subjetivas, que resultam em um sistema de esquemas cognitivos e crenças disfuncionais que predispõem o indivíduo ao desenvolvimento e manutenção de um quadro esquizofrênico. O tratamento cognitivo, em paralelo ao tratamento farmacológico, resultaria na reabilitação do portador de esquizofrenia.
Dra. Ana Maria Serra
Acesse o website oficial do I Congresso Internacional de Esquizofrenia e Terapia Cognitiva:http://www.congressoesquizofrenia.com.br/

Aaron Beck, TC e esquizofrenia.



"Beck desfechou um golpe profundamente subversivo na psicanálise enquanto nos garantia que estava apenas tentando expandir as fronteiras da psicoterapia"Em Setembro de 2006, a Lasker Foundation anunciou a concessão a Aaron Beck do Prêmio Lasker de Pesquisa Clínica, o mais prestigioso prêmio na área de Medicina outorgado anualmente nos EUA, um prêmio que veio se somar a inúmeros outros prêmios e homenagens que Beck vem recebendo, ao longo de 40 anos, de prestigiosas instituições ao redor do mundo. Beck, que confrontou o dogma Freudiano nos anos 60, transformou o tratamento da depressão e de outros transtornos mentais com sua técnica cognitiva, estabelecendo um novo limiar para a avaliação da eficácia das psicoterapias e aplicando um rigor em suas pesquisas jamais visto nessa área.Beck nasceu em 1921, em Rhode Island, Nova York. O terceiro filho de imigrantes judeus Ukranianos, era uma criança ativa, até aos 8 anos, quando foi hospitalizado devido a uma infecção severa, após uma cirurgia de uma fratura no braço. Em retrospecto, essa experiência teve um significado decisivo ao restringir suas atividades normais, forçando-o a encontrar ocupações menos ativas, como ler, e levando-o a desenvolver fobia de sangue e ferimentos. Ao enfrentar seus medos irracionais, ele desenvolveu estratégias para controlá-los, das quais, mais tarde, derivaria estratégias para aplicar a outros.Estudante exemplar, destacou-se como editor de vários jornais nas instituições onde estudou. Graduou-se, em 1942, em Inglês e Ciências Políticas pela Brown University, seguindo para a Escola de Medicina da Universidade de Yale, onde completou residência em Neurologia. Embora interessado em Psiquiatria, ressentia-se da falta de objetividade e precisão nessa área. Entretanto, durante sua residência, a exposição à Psiquiatria neutralizou suas resistências, levando-o a obter, em 1953, seu Certificado em Psiquiatria. Sua primeira incursão na área das psicoses, através de um artigo publicado em 1952 sobre um paciente com delírios paranóicos, prenunciaria sua área central de interesse científico a partir de 1996: A aplicação da Terapia Cognitiva à Esquizofrenia.Em 1954, ingressou como Professor de Psiquiatria na Escola de Medicina da Universidade da Pennsylvania, em Filadélfia. Nessa época, a teoria Freudiana estava em franca ascensão na Psiquiatria nos EUA, e, como muitos de seus colegas, Beck completou seu treinamento psicanalítico em 1958. Na década de 70, criou o Centro de Terapia Cognitiva, que dirigiria até 1995, onde ele e um grupo de brilhantes colaboradores e discípulos desenvolveram a TC como um novo sistema de psicoterapia. Em 1995, fundou, com sua filha Judith Beck, o Beck Institute, em um subúrbio de Filadélfia. Em 1996, voltou à Universidade da Pennsylvania, como Professor Emérito, com um grande financiamento de pesquisa do National Institute of Mental Health (NIMH, Instituto Nacional de Saúde Mental) dos EUA, onde hoje estuda a prevenção de suicídio e a aplicação da TC à esquizofrenia.A Emergência da TCA falta de objetividade e precisão que Beck via na Psiquiatria, e mais ainda na Psicanálise, o incomodavam. Embora os analistas propusessem que a neurose se originava de fatores profundos em ação, não conseguiam chegar a um acordo sobre quais eram esses fatores. E a postura passiva do psicanalista lhe parecia, na realidade, uma falta de recursos efetivos. Discretamente, ele começou a se afastar da ortodoxia da Psicanálise, sentando-se frente aos seus pacientes, explorando mais ativamente o diálogo interno pré-consciente que os pacientes relatavam em paralelo à livre-associação. Observando-os, descobriu que esses fluxos de pensamentos, automáticos e involuntários, refletiam elementos fundamentais para a conceituação e tratamento dos transtornos de seus pacientes.Emprestando da Psicologia acadêmica o método científico, Beck conduziu estudos a fim de comprovar os dogmas freudianos, falhando, porém, continuamente em fazê-lo. Seus dados apontavam em diferentes direções. Com respeito à depressão, seus dados demonstraram que, na realidade, a forma negativa do depressivo pensar não era o resultado, mas a causa, de sua depressão. Suas idéias não foram recebidas com facilidade. Colegas psicanalistas as classificaram como superficiais e simplistas. Behavioristas, por sua vez, argumentavam que o foco nos pensamentos era inviável, pois esses não podiam ser objetivamente observados e medidos. E seus colegas psiquiatras biológicos argumentaram que o método era simplesmente uma forma de elevar temporariamente o humor dos pacientes depressivos, não um tratamento específico. No entanto, através de quatro décadas, Beck continua respondendo a seus críticos com um volume considerável de dados empíricos convincentes.Em seus questionamentos e estudos, Beck foi influenciado por filósofos clássicos, pelo construtivismo e pela fenomenologia. Sua intenção expressa era expandir os limites e aprimorar os métodos da psicoterapia. No entanto, em suas inquietações, ele não estava só: Ocorreu, nessa época, uma rara convergência entre psicanalistas e behavioristas em sua insatisfação com os próprios modelos de depressão. Observou-se o afastamento da psicanálise e do behaviorismo radical por vários de seus ilustres adeptos. Entre eles, destacou-se Ellis, cuja terapia racional emotiva (RET), mais tarde denominada de REBT (Terapia racional emotiva comportamental), foi a primeira psicoterapia com clara ênfase cognitiva, tomando os construtos cognitivos como base dos transtornos psicológicos. Seguiram-se Bandura, Mahoney e Meichembaum, behavioristas que, em obras seminais, propuseram os processos cognitivos como cruciais na aquisição e regulação do comportamento, além de estratégias cognitivas e comportamentais para intervenção sobre variáveis cognitivas, inaugurando, dessa forma, a Terapia Cognitivo-Comportamental.Com base em seus estudos empíricos e observações clínicas, Beck propôs o modelo cognitivo da depressão, que, evoluindo em seus aspectos teórico e aplicado, resultaria na proposição de um novo sistema de psicoterapia, que ele denominou de Terapia Cognitiva. Beck declarou que a negatividade do depressivo não era um sintoma, mas desempenhava uma função central na instalação e manutenção da depressão. Cognição, e não emoção, é declarada o fator essencial na depressão, que ele classifica como um transtorno de pensamento e não um transtorno emocional. Propõe ainda a hipótese de vulnerabilidade cognitiva como a pedra fundamental da Terapia Cognitiva, bem como a noção de esquemas cognitivos. Em 1959, abandonou o divã, declarando "Uma vez eliminado o modelo motivacional, e inserido o modelo cognitivo, não vi mais nenhuma necessidade do restante da superestrutura do pensamento psicanalítico". Segundo David Goldberg, "Beck desfechou um golpe profundamente subversivo na psicanálise e quanto nos garantia que estava apenas tentando expandir as fronteiras da psicoterapia".Próximo de seus 86 anos, Beck divide seu tempo entre o Instituto Beck e a Universidade, joga tênis regularmente, adora gravatas borboletas e, definitivamente, não pensa em se aposentar. Seu senso de humor, ainda aguçado, torna sua companhia sempre agradável.O I Congresso Internacional de Esquizofrenia e Terapia Cognitiva representa mais um tributo à pessoa e à obra de Aaron Beck, esse admirável pesquisador e clínico que ousou, mas nunca com arrogância, vivendo continuamente seus dois maiores prazeres: Descobrir coisas novas e incentivar novos talentos a novas conquistas, sempre empenhado em expandir os limites da psicoterapia.

Dra. Ana Maria Serra, PHD

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O que é Terapia Cognitiva?



A Terapia Cognitiva (TC) reflete um sistema integrado de psicoterapia cientificamente fundamentado. Combina um modelo de personalidade e de psicopatologia a um modelo aplicado, que reúne princípios, técnicas e estratégias terapêuticas. Demonstra aplicabilidade eficaz, segundo estudos controlados, a uma ampla gama de transtornos – depressão, transtornos de ansiedade, transtornos alimentares, dependência química, psicoses, terapia familiar e conjugal, etc. É aplicável individualmente e em grupo, a adultos, crianças e adolescentes. É ainda útil como coadjuvante no tratamento de transtornos orgânicos e psicóticos, além de aplicável, com sucesso, em contextos institucionais, corporativos e educacionais, e nos esportes.Reflete um método diretivo e semi-estruturado, orientado à resolução de problemas. É colaborativa, em um processo em que ambos, terapeuta e paciente, têm um papel ativo. Envolve uma relação genuína entre terapeuta e paciente, baseada na empatia terapêutica. As sessões, bem como o processo terapêutico, são semi-estruturados. É focal, requerendo uma definição concreta e específica dos problemas do paciente e das metas terapêuticas. Tem um caráter didático, objetivando dotar o paciente de um novo instrumental cognitivo e comportamental, em um processo terapêutico breve, que envolve geralmente de 12 e 24 sessões, tornando-a apropriada ao contexto sócio-econômico atual e à utilização por convênios e seguros de saúde.A reunião de todas essas características seguramente nos permite afirmar que a Terapia Cognitiva representa uma mudança de paradigma no campo das psicoterapias.



Dra Ana Maria Serra, PHD.

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sexta-feira, 14 de setembro de 2007

ITC realiza o I Congresso de Esquizofrenia (21 a 24 de novembro de 2007 - SP)





Pesquisas recentes demonstram a eficácia da Terapia Cognitiva(TC) associada à farmacoterapia no tratamento da esquizofrenia, promovendo um melhor gerenciamento dos sintomas centrais e periféricos, a aderência à medicação e maior tolerância aos seus efeitos colaterais.
Reconhecendo o caráter inovador da associação da TC à farmacoterapia no tratamento das psicoses e, em particular, da esquizofrenia, bem como a superioridade em eficácia dessa associação em relação ao tratamento farmacoterápico isolado, o ITC – Instituto de Terapia Cognitiva realizará em São Paulo, com o apoio de reconhecidos líderes e instituições o I Congresso Internacional de Esquizofrenia e Terapia Cognitiva, com um programa intensivo de workshops nacionais e internacionais, mesas redondas, simpósios e posters científicos.

Os últimos cem anos têm representado um período extremamente fértil para a clínica e a pesquisa na área da esquizofrenia. Contudo, a pesquisa ainda se encontra no estágio de formular perguntas, ao invés de gerar respostas, e a clínica ainda se aplica ao teste de diferentes recursos e estratégias terapêuticas. As formulações teóricas, metodologias e questões, sobre as quais se apóiam à clínica e a pesquisa, está em evolução, ao mesmo tempo em que alternativas são enfaticamente propostas, revistas e testadas.A resposta à simples pergunta "o que é esquizofrenia?" ainda parece algo entre o impossível e o óbvio. A despeito do enorme volume de pesquisa, uma definição de esquizofrenia ainda necessita ser alcançada. Claridge (1994) descreve sua perplexidade de forma brilhante: "O contínuo fracasso em definir subdivisões da esquizofrenia é estranho em si e aumenta a sensação indubitavelmente comum em pesquisadores dessa área, de que, a despeito da variabilidade de expressões, há também uma certa unidade de esquizofrenia, e de que, portanto, deve também haver alguma característica central que define uma pré-condição para a doença ocorrer".Áreas individuais de pesquisa, entretanto, têm experimentado progresso considerável em anos recentes, e sua integração parece promissora, em direção a uma compreensão mais clara da esquizofrenia como um fenômeno biopsicosocial, cujas propostas convergem na proposição de modelos multifatoriais, em um sinal inequívoco de progresso.A pesquisa sobre fatores de vulnerabilidade para a esquizofrenia concentra-se em algumas áreas mais representativas: A abordagem biológica, incluindo estudos farmacológicos, estudos sobre hipóteses neuroanatômicas e/ou neuroquímicas, etc; a abordagem genética, incluindo estudos sobre fatores congênitos e pré-natais, famílias, filhos adotivos, modelos de transmissão, etc; e a abordagem psicológica, incluindo modelos de disfunção no processamento de informação, o modelo cognitivo, a teoria da mente, hipóteses de sistema falho de resposta, transtorno em processo atencional geral, etc.Na área da neuropsicologia da esquizofrenia, por exemplo, explicações cognitivas da disfunção subjacente à sintomatologia positiva, evidências de estudos neuroanatômicas e neuroquímicas de alterações em sistemas cerebrais, evidências de estudos farmacológicos e pesquisa comparativa com animais, parecem convergir de formas intrigantes.TC e o Tratamento da EsquizofreniaUma proposição, de natureza cognitiva, refere-se à disfunção no processamento de informação, que refletiria a expressão de disfunções neuroanatômicas e neuroquímicas. A partir de 1990, as explicações cognitivas para os sintomas, especialmente os positivos, da esquizofrenia se multiplicaram, e não tardaram em chamar a atenção de terapeutas cognitivos. Estes raciocinaram que, onde há distorções, caberia o desafio cognitivo e a tentativa de se promover maior flexibilidade cognitiva, conforme o método empregado com portadores de transtornos psicológicos submetidos à terapia cognitiva, em complementação ao tratamento farmacoterápico.A hipótese se confirmou na prática, bem como o valor heurístico da proposição básica, ensejando não apenas tentativas inovadoras de intervenção terapêutica, mas igualmente incentivando uma área fértil de pesquisa, em que o volume da literatura cresceu surpreendentemente nos últimos dez anos.Essa importante área de aplicação e pesquisa chega-nos através de seus representantes mais ilustres, em um evento que será um marco nacional e internacional na área da esquizofrenia, em mais realização do ITC-Instituto de Terapia Cognitiva, em uma iniciativa que reafirma sua reputação como líder na área da Terapia Cognitiva no Brasil, com o apoio da ABPC-Associação Brasileira de Psicoterapia Cognitiva, da IACP-International Association of Cognitive Psychotherapy, da ABP-Associação Brasileira de Psiquiatria, do CFP-Conselho Federal de Psicologia, e de outras importantes instituições, em iniciativas a serem aplaudidas. Líderes de renome internacional nos visitarão a fim de generosamente partilhar conosco sua expertise e inspirar nossos esforços na área do tratamento integrado da esquizofrenia, combinando terapia cognitiva e farmacoterapia, uma área de clínica e pesquisa que desponta internacionalmente com admirável energia.

Dra Ana Maria Serra

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Participação Internacional:

Douglas Turkington(Inglaterra)



Nicholas Tarrier(Inglaterra)



Neal Stolar(EUA)



Yulia Landa(EUA)



Michael Garrett(EUA)



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quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Vencendo a depressão.


Na sua experiência ( como deprimido, parente, terapeuta, médico, etc) o que você tem certeza que vence a depressão? Esclareça a sua experiência em detalhes, de modo que possa ser repetida. Exemplo:
A senhora L, por exemplo, ia para casa de sua filha cuidar de sua neta e se sentia muito bem.
Arnaldo

Nosso blogger está no ar!



Nossa oficina esta aberta desde ontem 13 de setembro de 2007.

Desde agosto alguns textos foram preparados e hoje temos um material que fala de pensamentos com defeitos e estratégias para consertá-los.

Aqui podemos falar de todos os assuntos que possam nos ajudar a identificar, desafiar, consertar e quem sabe até descobrir novas ferramentas para consertar pans, que desconhecemos, mas já foram utilizadas ou criadas por outras pessoas.

Expressem suas opiniões sobre o blogger e fiquem a vontade para opinar e sugerir sobre as matérias e enviar suas questões para que possamos tentar ajudá-los.

Começamos nossa rede de comunicação com mais de trezentas pessoas que de uma forma ou outra já tivemos contatos falando ou consertando pans.

Sua postagem direta ou sua contribuição via email (arnaldo@ctcbauru.com.br) são bem vindas.

Um abraço.

Arnaldo

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Aaron Beck e Dalai Lama


Homens do nosso tempo que alcançaram a nossa gratidão por tudo que fizeram e estão fazendo pela humanidade; caminhos diferentes, mas próximos em prícipios, solidariedade e realizações. Em comum: acreditam que nós construímos o real.
Avaliamos automáticamente e construímos nossas conclusões, mas não precisamos ficar presos a elas.
Conscientes do que construímos podemos intervir nessa construção de modo a direcioná-la para o medo e a sobrevivência ou para a felicidade e a plenitude. Suas experiêcias não sairam do passado, mas contribuem para o empreendimento no presente e a confiança no futuro. Eles são exemplos evidentes de que é possível realizar-se.
Arnaldo Vicente.

Relacionamento feliz, com certeza.



A mulher deve se ocupar com as coisas que faz a esposa feliz e o homem das coisas que faz o esposo feliz. Quando o homem se ocupa do que faz a esposa feliz ele alimenta a idéia que tem dela e não quem de fato ela é. É o esposo casado com a esposa cognitiva e a esposa casada com o marido cognitivo. Já não são dois, são apenas um criando e se relacionando com as próprias e limitadas histórias. A esposa depende da harmonia com a mulher e o marido da harmonia com o homem. Cada um construindo sua história relacional poderá receber o outro como o outro é, assim como não hesitarão em saber quando, infelizmente, é preciso parar de investir. É possível ser feliz, mas impossível ser feito feliz. Não existem esposas ou maridos egoístas. Existem pessoas individualmente em desequilíbrio ou desarmonia.

Arnaldo Vicente

Decepção.


O rapaz está decepcionado. Anos e anos cultivando um sonho perfeito. Imaginando cenas detalhadas de felicidade onde todos os seus anseios se realizavam. Felicidade total, harmonia extrema. Otimismo sem fim. Uma vida especial para alguém especial, perfeito! Anos de análises e reflexões analisando suas impressões sobre a vida, articulando as melhores estratégias para relacionamentos impecáveis e feedbacks contínuos. Abnegação e disposição para planejar isoladamente o futuro a dois. ensaios que sobreviveram à muitas noites em claro. Preparo, superpreparo, perfeição e originalidade. Uma vida fundamentada em seus porquês, motivos inquestionáveis. Desempenho incansável fazendo leitura e argumentações emocionais e inferências pessoais à respeito das necessidades alheias. Para quê? Este talvez tenha sido o problema: ter deixado de questionar as finalidades antes do primeiro passo. Andar sem saber por que e chegar sem saber para quê pode levar ao alívio, mas dificilmente à felicidade.
Arnaldo Vicente

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

O homem nasce flexível. O medo o enrigece.


Depois de experimentar situações de felicidade e ou de prazer o homem tende a querer repetí-las. E ao conseguir repetí-las forma regras para possuí-las ou garantir que possa revivenciá-las. São regras de proteção ao bem estar, garantias para ser feliz. Desenvolve sistemas de sinalizações que o oriente na direção esperada no menor tempo possível. Esta vivência, que tem seu próprio ritmo, pode ser desenvolvida com entusiasmo, mas interpretada como total falta de controle sobre si mesmo, o mundo e o futuro, originando sua crença de incapacidade, impotência e vulnerabilidade. Ou seja, o seu equívoco o impede de tomar consciência sobre sua impotência natural frente ao ritmo natural dos fenômenos à serem vivenciados. Podemos perceber sinais desses equívocos no choro desesperado dos bebês, nas birras infantis, na distimia dos adolescentes e na rigidez dos adultos. São regras e mais regras para garantir o que não precisa ser garantido, ou proteger do que não precisa ser protegido.
Arnaldo Vicente

domingo, 9 de setembro de 2007

O benefício da dúvida.


A dúvida não é um dragão, sem dúvida ela é nossa amiga, mas há quem duvida dessa amizade por ficar em dúvida se a dúvida pode mesmo ter alguma função de benefício.
A dúvida é o ponto de equilibrio entre o que ainda não sabemos se vai acontecer. A dúvida é sinônimo de incerteza, e quem tem esta intolerância não consegue muito aceitá-la como benefício.
A dúvida é antônimo de garantia, mas não acaba com a mesma.
A dúvida não causa vulnerabilidade, ao contrário, ela é uma proteção na medida em que apenas sinaliza que o evento não se definiu, não veio à termo. Ela é amarela e nos convida a ficarmos atentos, não só para um desfecho negativo, mas positivo também. Infelizmente parece que, na dúvida, temos uma tendência ao negativo e o pessimismo aflora podendo transformar-se em pânico ou depressão.
Quando esperamos algo bom achamo que a dúvida atrapalha e atrasa a nossa felicidade. Na verdade não há atraso e sim aceleração produzida pelo nosso imediatismo.
Quando esperamos algo de ruim podemos achar que a dúvida também atrapalha, pois podemos pensar que a dúvida é o maior de todos os sofrimentos, que seria bom que o pior acontecesse logo tirando-nos da intolerável incerteza.
Robert Leahy em seu livro sobre preocupações apresenta resultados que mostram que 85% de nossas preocupações não ocorrem e que 79% das que ocorrem são lidáveis. E nos convida a nos beneficiarmos apenas das preocupações produtivas.
Arnaldo Vicente

Pânico fora da tela.


Não é filme, mas trata-se de uma imaginação equivocada, fundamentada numa interpretação sobre um evento secundário.
Esclarecendo: a pessoa percebe-se com um mal estar físico ao qual ela "diagnostica" como perigo de morte iminente. Perigo este que deve ser evitado de imediato. O perigo iminente nada mais é do que uma resposta ansiogênica do organismo que funciona de modo primitivo ao receber uma mensagem de ameaça. Quanto mais recursos menor a ansiedade, diz o grande terapeuta Paul Salkovskis, mas e quando esses recursos são tomados como parte do perigo? Uma pessoa que avalia que diante de uma situação está em perigo automáticamente estará orientando, ordenando que seu cérebro acione seus recursos orgânicos para defender-se da ameaça. Um desses recursos é bombear o sangue mais rápido de modo que o sangue chegue as extremidades imediatamente para que pés, pernas, mãos e braços sejam utilizados na batalha anunciada. O corpo fica rijo e mais fortalecido, a capacidade de alerta fica mais sensível e busca-se localizar o perigo a ser controlado sobre pena de morte. O cérebro faz o seu trabalho de disposição e proteção à vida. No entanto, essa ativação de recursos está equivocadamente sendo interpretada como "meu coração vai sair pela boca, vou desmair, vou perder o controle e vou morrer". O problema fica circular, pois cada uma dessas predições potencializa o movimento de auto proteção do cérebro; e quanto mais ele trabalha mais é incompreendido.
História: o senhor X, estava dirigindo quando num techo largo de uma movimentada via em São Paulo se viu ladeado por carros em velocidade, diminuiu a velocidade e foi pressionado pelas buzinas dos outros veículos. A avaliação de perigo foi inevitável e a pressão contínua e em alta velocidade dos outros motoristas contribuiram para que ele vivenciasse uma situação de possível descontrole e incerteza. Ele utilizou seus recursos, sempre bem aplicados em outras situações e ao invés de parabenizar-se pelos mesmos, sentiu-se aliviado e superdimensionou o perigo, concluindo que precisava tomar muito cuidado para não mais passar por situação semelhante. O senhor X, tem uma grande experiência como motorista num dos trânsitos mais caóticos do mundo, mas acreditou que seus recursos eram parcos e que a sua incapacidade colocaria sua vida em risco.
Como homem sério e responsável, nos seus cinquenta anos, passou a preocupar-se em controlar ou evitar situações que pudessem colocá-lo em risco; uma das principais estratégias foi estar atento ao funcionamento do seu coração e paralelamente passou a imaginar o quanto esse mal o prejudicaria, por vezes o mal estar "passou a aparecer só de pensar sobre possíveis consequências". Muitas vezes ficou triste e também irritado diante da incapacidade que previa ser crescente e irreversível. Queria sua velha vida de volta, mas como se quanto mais pensava pior ficava?
A família do senhor X sugeriu e ele iniciará uma terapia nesta semana em Sãp Paulo, o profissional é da abordagem transpessoal, mas utiliza técnicas cognitivas e coordena grupo de pessoas com Pânico em São Paulo.
Obs: o senhor X tem uma mãe hipocondríaca e pessimista; e não faz corridas, apenas caminhadas, porque sempre acreditou que se corresse morreria do coração. O senhor X e sua família não têm históricos de cardiopatias.
Vamos aguardar notícias do senhor X.
Arnaldo Vicente.