A dúvida não é um dragão, sem dúvida ela é nossa amiga, mas há quem duvida dessa amizade por ficar em dúvida se a dúvida pode mesmo ter alguma função de benefício.
A dúvida é o ponto de equilibrio entre o que ainda não sabemos se vai acontecer. A dúvida é sinônimo de incerteza, e quem tem esta intolerância não consegue muito aceitá-la como benefício.
A dúvida é antônimo de garantia, mas não acaba com a mesma.
A dúvida não causa vulnerabilidade, ao contrário, ela é uma proteção na medida em que apenas sinaliza que o evento não se definiu, não veio à termo. Ela é amarela e nos convida a ficarmos atentos, não só para um desfecho negativo, mas positivo também. Infelizmente parece que, na dúvida, temos uma tendência ao negativo e o pessimismo aflora podendo transformar-se em pânico ou depressão.
Quando esperamos algo bom achamo que a dúvida atrapalha e atrasa a nossa felicidade. Na verdade não há atraso e sim aceleração produzida pelo nosso imediatismo.
Quando esperamos algo de ruim podemos achar que a dúvida também atrapalha, pois podemos pensar que a dúvida é o maior de todos os sofrimentos, que seria bom que o pior acontecesse logo tirando-nos da intolerável incerteza.
Robert Leahy em seu livro sobre preocupações apresenta resultados que mostram que 85% de nossas preocupações não ocorrem e que 79% das que ocorrem são lidáveis. E nos convida a nos beneficiarmos apenas das preocupações produtivas.
Arnaldo Vicente
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