TCC 2015

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sexta-feira, 31 de agosto de 2007

As Crenças e o Rei, no jogo da vida.



Enfrentamos peões, torres, cavalos, bispos e a rainha, mas o que queremos mesmo é o rei. Desenvolvemos hipóteses ou suposições de como poderemos dominá-lo. Ao acreditar que encontramos a melhor suposição a transformamos numa regra para aquela condição e a executamos como se fôsse nossa melhor estratégia, a estratégia que vai compensar todos os nossos esforços ao vencermos o rei. O rei é mortal? Ou sua morte é apenas uma idéa que alimentamos sem nenhuma evidência? Será que todo o esquema montado e executado foi em vão? Será que ao invés de buscar sua morte poderíamos ter buscado primeiro ampliar nossas informações sobre sua vulnerabilidade? É possível que o nosso maior inimigo tenha sido a nossa falta de informação e investigação?

Arnaldo Vicente

Sem PANs: eu determino para mim e colaboro com o outro.


Eu tenho poder de perceber toda a minha subjetividade de um modo apenas relatável; não há como o outro entrar em contato com o fenômeno que eu vivencio através da minha meta coognição. Só eu sou capaz de decodificar o significado e resignificar minhas vivências. Elas me impressionam e eu tenho impressões sobre elas. É assim que sentimentalizo-as, dou valência emocional para elas, e as compreendo desejando reencontrá-las ou evitá-las. É assim que vou formando minhas conclusões sobre o que preciso e onde gostaria de chegar.
Posso entender minhas necessidades como problemas e minhas realizações ( o que aprendi que me faz bem) como minhas metas. E tudo isto ocorre no meu interior, naturalmente inacessível ao outro. É assim comigo e também com o outro.
E mesmo assim ainda existem indagações como estas: - Eu tenho poder sobre mim? Eu tenho poder sobre os outros? O outro tem poder sobre mim? O outro tem poder sobre ele?
Algumas pessoas dizem que a resposta é relativa, que temos um pouco de poder sobre o outro e outro sobre nós. E até tentam exemplificam; tentam, mas não provam.
Como disse Aaron Beck, as situações não determinam o que pensamos, sentimos ou fazemos. O que pensamos é o que mais conta, ou seja, eu determino. O outro, "apenas", faz parte da situação.
É possível discordar, mas e comprovar?

Arnaldo Vicente