TCC 2015

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terça-feira, 23 de setembro de 2008

DROGAS NA ADOLESCÊNCIA


Fala-se muito do que ele não deve ser e quase nada do que pode ser. Em geral, os adultos ficam mais confusos quando precisam lidar com os adolescentes e colaboram para que seus conflitos aumentem ou se perpetuem.
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A adolescência pode ser considerada uma fase de ouro, pelos cuidados que suscita. Do adolescente espera-se que não seja criança e se ele insistir será visto como inadequado, imaturo e não confiável; mas não será diferente se ele insistir em ter atitudes de adulto antes da hora. São nestes momentos que eles ficam mais vulneráveis as drogas.
Rádio Mulher, tema; DROGAS NA ADOLESCÊNCIA


Muitas perguntas, muitas respostas.

1- Porque as pessoas consomem drogas mesmo sabendo que fazem mal a elas?

A humanidade sempre procurou por substâncias que produzissem algum tipo de alteração em seu humor, em suas percepções, em suas sensações.

Não é possível determinar um único porquê. Os motivos que levam algumas pessoas a se utilizarem de drogas variam muito. Cada pessoa tem necessidades, impulsos ou objetivos que as fazem agir de uma forma ou de outra e a fazer escolhas diferentes.

Então, se queremos entender e combater o uso indevido de drogas, precisamos saber que não é possível generalizar os motivos que levam uma pessoa a usar drogas. Cada usuário/a tem os seus próprios motivos, mas, mesmo que a gente saiba quais são estes motivos, ainda é preciso analisar outros fatores: a droga em si, seus efeitos, prazeres e riscos; a pessoa com sua história de vida, suas experiências, condições de vida, seus relacionamentos e aprendizados; o contexto sociocultural, ou seja, o lugar em que a pessoa vive com suas regras, seus costumes, se ela tem ou não contato com essas substâncias e o que acha sobre isso.

2- De todas as razões para o jovem usar as drogas, qual sintetiza mais esta opção?

Já lemos e ouvimos inúmeras razões para o uso, mas os motivos reside em não estar bem com ele mesmo. O jovem que não está bem consigo mesmo encontra uma atração irresistível pelos efeitos das drogas, ele fica vulnerável. A droga tem o poder de transformar as emoções e modificar e ocultar os verdadeiros sentimentos. O jovem pode ter uma auto-imagem muito depreciativa e compensar com lances de superioridade, ou fortes sentimentos de solidão, inadequação e baixa auto-estima e falta de confiança e não saber lidar com estas emoções. Os jovens precisam aprender a conhecer suas emoções e a lidar com suas dificuldades e problemas. Cabe aos pais adquirirem a sensibilidade para transmitir a segurança e o afeto de que os filhos necessitam, mas, se mesmo assim, os filhos permanecerem vulneráveis, possam ter o discernimento para buscarem ajuda especializada para lidarem com o complicado e pantanoso mundo interno de cada um. Os pais precisam ouvir mais e falar menos, não desistir nunca de conversar, mesmo que esta conversa sempre se torne tensa e cheia de conflitos, mesmo assim ainda é uma via de comunicação essencial.

3- O que leva as pessoas a se drogarem?


Algumas pessoas acham que é o desconforto consigo mesmas e a falta de apoio e carinho da família. Já outras responderam que é pela curiosidade de saber quais são as sensações que a droga pode trazer ou há ainda quem acredite que as pessoas se drogam por problemas da vida como: a solidão, amizades ruins, depressão, raiva e desprezo.

4- Quem se encontra em situação de risco ao uso de drogas?

"Todos os adolescentes". O fumo, o álcool e as drogas estão disponíveis, e a maioria dos jovens são objeto de pressão para o início de seu uso. Sem dúvida, alguns adolescentes estão em maior risco do que outros. Os três fatores mais importantes são a história familiar, o uso por parte dos pais e certas características individuais.

A história familiar de alcoolismo indicaria uma predisposição genética, teoria sustentada em estudos de filhos adotivos. Não só é fator de risco o uso por parte dos pais, mas a atitude, a educação e as medidas disciplinares inconsistentes com relação ao uso de substâncias aos seus filhos.

Quando uma família está socialmente isolada é maior o perigo de uso de substâncias e aumenta o índice de abuso físico e sexual ou de fuga do lar. Outros fatores familiares predisponentes são o estresse causado por uma separação, divórcio, novas uniões conjugais, desemprego e doença ou morte de um dos pais.

Um dos mais poderosos fatores predisponentes ao uso de substâncias é a influência do grupo de iguais. Um adolescente cujos melhores amigos usam o fumo, o álcool e outras drogas será mais facilmente levado a experimentar do que aquele cujos amigos evitam as drogas e não estão de acordo com seu uso.

5- O contato dos adolescente com a droga é inevitável?

Isso depende do adolescente. Se ele quiser, poderá encontrar a droga em qualquer lugar, porque atualmente é fácil encontrá- la. Além disso, os pais não têm condições de controlar o tempo todo a vida dos filhos, e faz parte da adolescência o saudável distanciamento dos pais e a aproximação com outros adolescentes, para formar a turma.

Querendo ou não, os adolescentes vão ouvir falar das drogas, seja oficialmente, nas escolas, nas campanhas de prevenção, etc, seja extra- oficialmente, pelos colegas (usuários ou não), numa mensagem bem diferente das oficiais. Um usuário geralmente apregoa o que ele vê de bom na droga e convida os amigos (nunca um inimigo ou um desconhecido) a compartilhar da experiência; dificilmente visam a lucros da experiência; dificilmente visam a lucros econômicos. È assim que os jovens são aliciados pelo uso das drogas.

Um usuário reconhece rapidamente outro num mesmo ambiente, e geralmente não se expõe aos não- usuários, a não ser que eles se mostrem interessados em consumir a droga.

Quando um adolescente não quer experimentar drogas, não é comum um usuário forçá- lo. Portanto, é possível que os adolescentes evitem o contato com drogas.

6- Existem tipos de usuários/as de drogas. O que é isso?

É verdade, a UNESCO, um órgão ligado à ONU (Organização das Nações Unidas), que trabalha com educação e cultura, distingue quatro tipos de usuários de drogas:

experimentador - é aquele que experimenta alguma droga para saber como é que é o efeito, por que deseja ter novas experiências, porque o grupo pressiona, por conta da publicidade que se faz, etc. Na grande maioria dos casos, o contato com a substância não passa das primeiras experiências;

ocasional - é aquele que utiliza de uma ou outra droga, só de vez em quando. Nesse caso, não existe a dependência e a relação com as pessoas continua normalmente.

habitual - é quando se utiliza freqüentemente de drogas e em suas relações pessoais e profissionais já começam a aparecer problemas. Já está correndo riscos de ficar dependente e seria importante que já procurasse por algum tipo de ajuda.

dependente - é aquele que vive pela droga e para a droga, quase exclusivamente. Como seus vínculos com as pessoas já está muito ruim, passa a ser isolado e marginalizado.

7- Como saber se um jovem usa drogas?


1 - Mudança brusca no comportamento;
2 - Irritabilidade sem motivo aparente e explosões nervosas;
3 - Inquietação motora. O jovem se apresenta impaciente, inquieto, irritado, agressivo e violento;
4 - Depressões, estado de angústia sem motivo aparente;
5 - Queda do aproveitamento escolar ou desistência dos estudos;
6 - Insônia rebelde;
7 - Isolamento. O jovem se recusa a sair de seu quarto, evitando contato com amigos e familiares;
8 - Mudança de hábitos. O jovem passa a dormir de dia e ficar acordado à noite. Existência de comprimidos, seringas, cigarros estranhos, entre seus pertences;
9 - Desaparecimento de objetos de valor, de dinheiro ou, ainda, incessantes pedidos de dinheiro. O jovem precisa, a cada dia mais, a fim de atender às exigências e exploração de traficantes, para aquisição de produtos que lhe determinaram a dependência;
10 - Más companhias. Os que iniciaram no vício passam a fazer parte da vida do jovem

8- Como a família deve reagir quando descobre que seu filho está usando drogas ilegais?


A primeira atitude é de calma, sem desespero, conversar, melhorar a comunicação com o jovem, procurar ajuda espiritual, ler, buscar ajuda e o mais importante realizar uma revisão geral nas relações, procurar conversar sobre os sentimentos verdadeiros, trabalhar as diferenças e os conflitos com equilíbrio. Verificar o grau de comprometimento do jovem, ele pode estar no início, usar ainda recreativamente. Tenho visto excelentes resultados com terapia familiar, todos os membros da família fazem parte do problema e da solução, muitas vezes o usuário é o bode expiatório da família, ou ele carrega a culpa e a depressão de todos. Todos precisam de ajuda e de se reverem. Os pais precisam compreender que apenas uma minoria transforma-se em dependente químico, principalmente aqueles que possuem pais dependentes de drogas, ou dificuldades pessoais ou familiares, neste caso a família está tão desestruturada que pouco pode atuar para um processo de ajuda. Quanto mais neutra e apagada for a relação do jovem com os pais, mais a droga vai completar sua personalidade.

9- Como a família do dependente pode ajudar?

A família pode ajudar complementando dados que o(a) paciente dá ao médico, socorrendo o(a) familiar nos momentos mais difíceis, ajudando-o(a) no cumprimento do contrato terapêutico, lembrando-o(a) de tomar sua medicação (caso use) ou envolvendo-se em grupos de orientação contra as drogas na comunidade.

10- Quais são as razões para procurar tratamento?

As pessoas que procuram tratamento para dependência, em geral, são aquelas que apresentam uma série de problemas pela droga, sendo muitas vezes trazidas pela família e não admitindo o problema que têm com a droga. Esses indivíduos, com certeza, precisam de tratamento.

11- Por que tratar a dependência ?

O indivíduo dependente, acaba por sofrer problemas em praticamente todas as esferas de sua vida, afasta-se dos amigos e da família, sofre os problemas decorrentes do uso da droga. Pode ter problemas legais (por exemplo: prisão por roubo ou por porte de drogas), não consegue manter seu emprego.

Além disso, é comprovado em alguns estudos que indivíduos dependentes que procuram tratamento têm ao longo do tempo menos complicações do que aqueles que não procuram. Essas são razões suficientemente fortes para que se justifique o tratamento de dependentes de drogas (geral).

12- O que é tratamento?

O tratamento da dependência de drogas é o conjunto de medidas tomadas pelo médico e por sua equipe, no sentido de ajudar o dependente a ficar e a se manter abstinente da droga, o tratamento depende da motivação do indivíduo para se tratar, da colaboração da família e da equipe que vai atendê-lo(a).

13- Quando o dependente precisa ser internado para tratamento?

Na maior parte das vezes, o tratamento do dependente de drogas não requer internação. A internação sem necessidade pode ser uma abordagem desastrosa, causando revolta e efeitos contrários ao esperado. O especialista tem que estabelecer um critério claro e definido e o usuário estar convencido da necessidade da ajuda. Existem diferentes modelos de tratamento, porém os efeitos positivos dependem da capacitação técnica dos profissionais envolvidos e do tratamento espiritual efetuado concomitantemente.

14- Como controlar este problema?

Não há respostas certas e definitivas. Não há soluções. Temos que admitir que este problema não pode ser resolvido. Pode é ser gerido. A sua gestão depende de todos nós. Temos de nos responsabilizar, por nós e pelos outros. Pela nossa saúde e bem estar e pelo bem estar dos outros. Tal como pelo nosso meio. A sociedade e o meio que temos são, em grande parte, o que nós fazemos. Temos que nos preparar, que nos educar. Temos a responsabilidade comum de fazer o melhor possível, por nós e pelos que virão.

15- Existe algum tratamento com drogas (remédios) para acabar com o vício?

Sim. È o caso do tratamento para dependentes de heroína, feito em regime hospitalar. A fim de que o usuário não sofra a sindrome de abstinência, os médicos administram-lhe a metadona, que se encaixa bioquimicamente no organismo como se fosse heroína, "enganando-o". A metadona possui a grande vantagem de não produzir dependências física e psicológica.

Mas esse é um caso particular. Geralmente, não existem remédios específicos contra o mecanismo do vício. Cada droga requer um tratamento especial. E a psicoterapia é mais indicada que qualquer medicação.


Outras perguntas não abordadas no programa Rádio Mulher do dia 21 de dezembro de 2005:
Estou desconfiada que meu filho esteja usando alguma droga. Que exames laboratoriais eu poderia fazer para confirmar ou não isso. Já conversei com ele e nega que seja usuário, porém tenho motivos para duvidar.

Parabéns por tentar um diálogo com seu filho, que sem dúvida é sempre o melhor caminho. Apesar de você ainda não ter tido sucesso sugerimos que tente mais algumas vezes, pois esta forma de agir pode afastar ainda mais você do seu filho. Se a dúvida persistir procure um serviço especializado para conversar com algum profissional, receber orientações.

Negar a existência do problema é comum entre usuários de álcool e outras drogas. Diante da negação, é comum que familiares e amigos, com a melhor das intenções, comecem a fazer acusações e a enfrentá-lo, colocando-o contra a parede e fazendo ameaças. A experiência mostra que este comportamento reforça a resistência e as defensivas da pessoa. A pessoa só mudará se tiver motivos, suficientemente fortes para isso. A melhor maneira de agir é adotar uma atitude de empatia, é tentar compreender seus reais motivos, sem julgamento, preconceitos ou acusações. Ninguém gosta de estar errado. Acusações suscitam defesas. Quanto mais eu tentar provar que alguém está errado, com mais veemência ele se defenderá e argumentará que está certo, se convencendo ainda mais disso. Ao parar de se defender das acusações externas, o usuário tem maiores chances de enxergar sua realidade. Por isso é preciso escolher, dentre os relacionamentos do usuário a pessoa mais adequada para esse tipo de conversa que, em geral, é aquela com quem há uma relação de confiança, afeto e respeito.

Com relação aos testes que detectam drogas no organismo, os mais comuns são os de urina e de sangue, porém, aqui no Brasil estes testes não são disponibilizados para compras em locais como, por exemplo, farmácias. Estes testes só podem ser realizados através de solicitação médica, em laboratórios de análises clínicas e com o consentimento da pessoa.

Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas)/Programa Álcool e Drogas (PAD) do Hospital Israelita Albert Einstein
Como orientar os pacientes sobre o consumo de álcool?


Pesquisas demonstrando efeitos benéficos à saúde do consumo de bebidas alcoólicas em quantidades moderadas não são exatamente uma novidade. Geralmente, esses benefícios são relacionados a bebidas fermentadas, com mais baixo teor alcoólico e diversas outras substâncias além do álcool, potencialmente benéficas e que não são encontradas nas bebidas destiladas, que concentram mais álcool e são mais "pobres" em outras substâncias.

Muitas pessoas consomem álcool sem maiores problemas, mas não devemos esquecer do potencial do álcool como gerador de doenças e incapacidade. Não existe consumo isento de risco, mas pode se falar em consumo de baixo risco. Mesmo a questão do que seria beber moderado envolve alguma controvérsia.

Assim, profissionais de saúde devem considerar alguns pontos ao discutir álcool com seus pacientes (algo que deveriam fazer mais freqüentemente):

Não encorajar quem não bebe nada a começar a beber;

Para quem já bebe, fermentados são geralmente mais seguros que destilados, mas deve se considerar a dose total;

Beber num ritmo tal que o álcool possa ser adequadamente metabolizado (não mais que 1 dose por hora), intercalando bebidas alcoólicas com não alcoólicas;

Consumo de baixo risco: HOMENS = não mais que 14 doses por semana, não mais que 4 por ocasião; MULHERES = não mais que 7 doses por semana, não mais que 3 numa única ocasião.
NÃO EXISTE CONSUMO ISENTO DE RISCO (ex. uma dose antes de dirigir sempre é risco)

Algumas pessoas e situações exigem ainda mais cuidados com relação ao consumo de álcool: mulheres grávidas (ou planejando engravidar), pessoas com mais de 65 anos, uso de medicamentos que interajam com o álcool e algumas condições de saúde.

Indivíduos com histórico de abuso ou dependência de álcool devem evitar o álcool. É mais comum do que se imagina (cerca de 10% da população geral: 17% dos homens e 6% das mulheres, mas vem aumentando nesse grupo).

Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas)/Programa Álcool e Drogas (PAD) do Hospital Israelita Albert Einstein
Como os pais podem ter uma atitude de prevenção às drogas mais adequada?


Primeiro ponto é ser coerente, o que ele faz é mais importante do que o que diz. Cortar de vez o dito popular: "Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço."

As crianças aprendem pelo exemplo e imitação, percebem quando os adultos recorrem aos tranqüilizantes ao menor sinal de tensão, ou que estão comendo exageradamente por compulsão, ou fazem compras sem necessidade ou trabalham excessivamente... Todos esses comportamentos são dependentes e compulsivos e precisam ser repensados urgentemente pelos pais, antes que os jovens os assimilem e estabeleçam a mesma relação com as drogas.
A maconha causa dependência física e psicológica? como detectar essa dependência?

Física não. Psicológica sim. Basicamente pelas alterações do comportamento, dependendo da idade da pessoa (baixa de rendimento escolar, desinteresse por esportes, lazer, mudança de amizades, apatia, falta de impulso vital, etc.)
Meu namorado usa drogas. Como lidar com a situação?


Nem sempre quem a gente namora faz aquilo de quem gosta ou em que acredita. È comum em uma relação que as pessoas tenham pontos de vista distintos. Com relação ás drogas, isso funciona da mesma maneira. Seu namorado as está usando e você não aprova seu comportamento. Não adianta fingir que nada está acontecendo. Uma conversa aberta para você pode se posicionar nessa história é muito importante. Precisa saber se ele quer ajuda, se ele sabe os riscos que está concorrendo e qual o padrão de consumo.Em casos mais extremos, você pode ter de buscar o apoio de um especialista (terapeuta).
Lança Perfume, traz problemas?


Sim! Recentemente uma estudante morreu no Nordeste, na porta de uma boate, depois de, aparentemente, ter inalado um lança-perfume. Dependendo da substância, da concentração, da quantidade de droga consumida e da sensibilidade da pessoa, o risco pode ser mais elevado. Os inalantes passam rapidamente do pulmão para a circulação, o que pode provocar um efeito rápido no cérebro e no coração. Convulsões e paradas cardíacas podem ocorrer. Embora a maior parte das pessoas não sofra maiores problemas quando experimenta "lança", algumas correm risco. E é sempre muito difícil prever o que vai acontecer. Como o "lança" é hoje ilegal no Brasil, fica muito difícil saber que tipo de substância existe em cada frasco.


O que fazer quando alguém passa muito mal por causa de droga?


Os amigos não devem perder tempo e precisam levar a pessoa a um hospital o mais rápido possível. Só assim estarão garantidas as condições adequadas para enfrentar problemas sérios, como convulsões, parada respiratória, infarto, etc. Muitas vezes, o que se vê é que os amigos ficam com medo de procurar o hospital porque a pessoa usou uma droga ílicita. Fique sabendo que o médico está preocupado apenas em garantir a saúde da pessoa.

Fumar um "baseado", de vez em quando, faz mal?


Muita gente, logo depois que fuma um único "baseado", apresenta uma crise de ansiedade muito forte, mal-estar intenso com sensação de morte iminente ou até a imprensão de estar sendo perseguida (sintomas psicóticos). Outras pessoas que começam fumando de vez em quando aumentam a frequencia do uso da substância sem se dar conta, porque sentem falta das sensações que a maconha produz.

Maconha abre a porta para o mundo das drogas?

A maconha não pode ser considerada a porta de entrada para outras drogas, pois o primeiro contato com as drogas, em geral, é o álcool e o tabaco. Quem fuma ou bebe está mais propenso a consumir maconha, mas isso não quer dizer que todo mundo que consome álcool e cigarro vai usar outra droga. Não há nada na composição da maconha que faça as pessoas buscarem drogas mais fortes e a maior parte das pessoas que fumam maconha não vai experimentar outras substâncias, no entanto, alguns especialistas alertam sobre a propabilidade de isso ocorrer por curiosidade ou para fugir das próprias dificuldades.
O que ocorre com os dependentes químicos sem cura?


A droga pode ser a causa direta de sua morte, pela overdose, ou indireta, pelas complicações secundárias, como problemas cardiovasculares, respiratórios, cerebrais (neurológicos), hepáticos, pancreáticos, intestinais, renais, infecções generalizadas, etc.

Os dependentes químicos podem também morrer por acidentes provocados pela alteração do estado de conciência (principalmente acidentes de carro), o que acontece mais com usuários de álcool e maconha. Podem ainda ser assassinados pelos traficantes por causa de dívidas; e se, além de dependentes químicos, são também traficantes, podem morrer por rivalidade entre gangues que disputam um mesmo território de ação, sobretudo quando se trata de cocaína e crack.

Ninguém morre de overdose de maconha, que, entretando pode levar a um tipo de vida quase vegetativo em razão do forte comprometimento da capacidade de trabalho ou das atividades em geral, que ficam reduzidas a comer, "canabizar" e dormir. Essa é a síndrome amotivacional provocada pela maconha.

Em relação ao tabaco, quanto maior for o consumo,maior a probalidade de adquirir um câncer de pulmão. Isso também acontece com a maconha, que é dez vezes mais cancerígena que o tabaco. Fumar cigarros é a maior causa conhecida de morte por câncer.
A ansiedade e a agressividade são causas ou conseqüências do uso das drogas?


Raramente alguém usa drogas para controlar a própria agressividade; os que estão á volta de uma pessoa agressiva é que sentem essa agressividade. Como o agressivo tem pavio curto, ele sente, por qualquer motivo, crescer dentro de si uma raiva muito grande, que lhe provoca sensação física de taquicardia, pressão alta, extremidades frias, palidez ou rubor facial, transpiração. Parece, então, que vai explodir; não consegue pensar e acaba descarregando todas essas sensações em quem estiver mais perto. Por essa razão, são levados por seus responsáveis ou conviventes para ser tratados por psicoterapeutas. E um psiquiatra pode, desse modo, receitar tranqüilizantes ou outra medicação, de acordo com o diagnóstico. Calmantes, receitados por especialistas e ingeridos conforme orientação e controle médicos para tais casos, raramente viciam.

A ansiedade, por sua vez, prejudica muito mais a pessoa que a sente do que os outros; é uma sensação desagradável que incomoda em qualquer lugar, horário e circustância. È uma agitação no sangue que pertuba todo o corpo, como se ele estivesse vivendo com muita pressa, sem paciência, sempre insatisfeito. Não suportando a si mesmo, o ansioso quer se ver livre de sua ansiedade de alguma maneira e acaba usando drogas.

As drogas que possivelmente provocam agressividade ou ansiedade são:
-álcool: se bebido numa quantidade que faz a pessoa perder o controle emocional, pode gerar agressividade.
-cocaína: quando um dos efeitos não desejados pelo usuário é uma agitação psicomotora, ele pode apresentar intensa ansiedade e agressividade.
-maconha: quando o cabanizado for solicitado ou provocado, pode reagir com grande agressividade.
-cola de sapateiro, benzina, solventes e inalantes: em níveis de embriaguez, podem gerar bastante agressividade.
-anfetaminas: provocam agitação psicomotora, impulsividade, irritabilidade e agressividade.

Por que é proibido o uso de drogas se a pessoa se vicia porque quer?

Raramente alguém se vicia porque quer. A pessoa experimenta porque que e, quando experimenta, jamais deseja ou pensa em se tornar um dependente químico. A não ser que esteja querendo morrer, deixando- se matar pela droga, o vício é uma consequência indesejada.
As drogas afetam nosso físico?


Sim, de modo transitório, intermediário e definitivo. Quando o usuário está sob os efeitos de uma droga, seu físico fica comprometido. Por exemplo, a maconha, durante a intoxicação aguda, que dura de duas a quatro horas, provoca alterações físicas transitórias, como moleza no corpo, cansaço, funcionamento vagoroso do cérebro (a pessoa esquece as coisas, fica desatenta, etc). Há os prejuízos definitivos, ou seja, mesmo que a pessoa interrompa o uso, uma vez que eles estão estabelecidos, são irreversíveis, como: o câncer de pulmão nos canabistas ou os depósitos de tetraidrocanabinol (THC) no cérebro.

Existem muitos outros efeitos físicos provocados por diferentes drogas. Os mais graves são: emagrecimento, convulsão, parada cardíaca, overdose e morte ( provocados por cocaína); dependência física, síndrome de abstinência e morte (causados por morfina, heroína e ópio); destruição de células nervosas e embriaguez (provocados por éter, lança- perfume, cola de sapateiro e inalantes em geral).

Os alucinógenos provocam psicoses transitórias, intermediárias, que precisam ser tratadas com medicações psiquiátricas, e definitivas, que desecadeiam uma psicose esqui
zofrênica que já estava latente na pessoa. Mesmo que bem tratada psiquiatricamente, a psicose deixa seqüelas definitivas na personalidade. Se não tivesse sido desencadeada pelos alucinógenos, poderia continuar latente para o resto da vida.
Qual é a droga mais pesada?


È bastante relativo o conceito de droga pesada, porque isso depende de muitas variáveis. Por exemplo: existem pessoas mais sensíveis a drogas que outras. Algumas são tão suscetíveis que quaisquer drogas, mesmo as que têm baixo poder viciante, levam ao vício.

Às vezes, os dependentes químicos consideram natural o uso de qualquer droga e mesmo as drogas pesadas passam a ser encaradas por elas como leves.

Para outros indivíduos, porém, o cuidado com a saúde e o pavor pelas drogas é tão grande que qualquer droga é considerada pesada.

Apesar de todas as variáveis pessoais, poder viciante, fator viciável, medo, naturalidade, etc; se num grupo de 100 pessoas fossem distribuídos crack, cocaína, maconha e bebidas alcoólicas, verificariamos que mais de 90% ficariam viciadas em crack, 80% em cocaína, 50% em maconha e menos de 50% em bebidas alcóolicas. Portanto, podemos dizer que, de acordo com o poder viciante de cada uma dessas drogas, o crack e a cocaína são muito mais pesados que a maconha e as bebidas alcoólicas. (Desconheço estudos que apresentem o poder viciante quantificado dos inalantes, como cola de sapateiro, benzina, lança - perfume, etc.)

Quanto ao risco de morrer de overdose, as drogas mais pesadas são efetivamente a heroína, o crack e a cocaína, que também provocam a incapacitação social com apenas poucos meses de uso. O alcoól, porém, depois de ser ingerido durante anos, é a droga que mais incapacita as pessoas socialmente. Enfim, qualquer droga oferece riscos, pois as reações bioquímicas provocadas por elas variam de organismo para organismo e não dependem do controle mental nem da vontade de cada um.
O que é e como funciona a overdose?


Overdose é a quantidade de droga acima daquela que o corpo suporta. Quando alguém diz que fulano morreu de overdose de cocaína que dizer que tal pessoa usou cocaína em quantidade superior áquela que seu corpo poderia suportar e acabou morrendo.

O organismo humano tem um limite em sua capacidade de metabolização (eliminação) da droga ingerida, que geralmente é feita pelo fígado. A metabolização é a maneira pela qual a droga é decomposta, resultando em outros compostos mais simples que são menos tóxicos que a droga. Quando sua velocidade for emnos que a da ingestão (aquisição) da droga, esta vai - se acumulando no organismo, chegando a níveis que provocam parada cardíaca ou parada respiratória ou depressão geral do sistema nervoso central e, conseqüentemente, a morte.

A quantidade de cocaína suficiente para provocar overdose, seguida de parada cardíaca, é apenas 1,2g. Entretando, os dependentes químicos chegam a usar gramas por dia e não morrem por causa da tolerância. Também quando o nível de ácool atinge de 0,4% a 0,5% no sangue, o equivalente a 600 ml de uísque bebido em uma hora ou menos, provoca o coma. Quando o nível atinge de 0,6% a 0,7%, que equivale a 750 ml de uísque bebido em uma hora ou menos, todo o cérebro e a medula entram em depressão profunda, provocando paralisia do centro respiratório e, consequentemente, a morte.
Alguns anos atrás, os jovens usavam mais ou menos drogas do que os de hoje?


As décadas de 1960 e 1970 foram marcadas por grandes movimentos libertários, como a emancipação da mulher e a liberação sexual. Foi a época dos gigantescos festivais de músicas, em que muitas pessoas, tanto fãs como ídolos, drogava - se, pois o uso das drogas também significava liberdade.

Assim, sob essa bandeira, vários jovens, cantores e artistas consagrados exibiam - se drogados, apesar de o uso das drogas ser ilegal, não aceito socialmente e ter causado a morte de muitas pessoas por overdose.

Havia também, é claro, uma maioria silenciosa que não usava drogas, contra uma minoria que as usava ostensivamente.

Hoje, entretanto, a droga naõ tem mais o significado daquelas décadas, e seu consumo continua ilegal e não aceito pela sociedade.

O número de usuários aumentou por vários motivos:
- os jovens estão começando a usar drogas cada vez mais cedo: álcool com 10 anos, cigarro com 11 anos e maconha com 12 anos;
- maior facilidade para conseguir drogas;
- maior propaganda legal, ou não, das drogas;
-maior variedade de drogas.
O que é a síndrome de abstinência?


Síndrome de Abstinência é um quadro de alterações físicas, ocasionadas pela falta da droga no organismo, estas alterações variam de acordo com o tipo de droga, com a freqüência do uso, com a quantidade utilizada e com o estado físico do usuário. Por exemplo, o alcoolista, quando privado do álcool, apresentará um quadro de síndrome com tremores e sudoreses, náuseas e vômitos, podendo chegar, em casos mais graves até a delirium tremuns, coma ou morte.
É verdade que o lança perfume foi legalizado e não é mais considerado droga?


Não temos informações de que o lança perfume fabricada na Argentina à base de cloreto de etila tenha sido liberado. O cloreto de etila é uma substância proscrita no Brasil pelo Ministério da Saúde. Há produtos clandestinos fabricados em casa com éter e cloroetileno, que são perigosos e podem provocar arritmia cardíaca e morte.
Qual seria o papel eficiente da escola na prevenção do uso de drogas?


Prevenir o uso de drogas é uma decisão política determinada por um projeto integrado, implica em falar de educação de filhos, de adolescência, de relação social e convivência afetiva.

Prevenir não significa tratar o tema com sensacionalismo ou com terrorismo, os efeitos poderão ser inversos do esperado,como o aguçamento do interesse, curiosidade e incentivo para condutas negativas.

Acreditamos que a escola seja um espaço para desenvolver atividades educativas, visando qualidade de vida e educação para a saúde. Portanto, ela tem a responsabilidade da prevenção primária e secundária.
Que tipos de ajuda terapêutica existem para os dependentes?


Existem diversos modelos de ajuda a dependentes de drogas: tratamento médico, terapias cognitivas e comportamentos, psicoterapias, grupos de auto-ajuda (do tipo Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos), comunidades terapêuticas, etc. Em princípio pode-se dizer que nenhum desses modelos de ajuda consegue dar conta de todos os tipos de dependências e dependentes, alguns podem se beneficiar mais de um determinado modelo outros necessitam de diferentes alternativas. É muito difundido o modelo que utiliza ex-dependentes de drogas como agentes terapêuticos já que uma pessoa que passou pelo mesmo problema pode ajudar o dependente a se identificar com ela e compreender melhor seus problemas. É importante observarmos que os efeitos positivos de uma abordagem dependem essencialmente da capacitação técnica dos profissionais envolvidos.

Os especialistas em dependência vêm realizando pesquisas nos últimos anos para determinar que tipos de dependentes se beneficiam mais de um ou de outro tipo de ajuda. Entretanto deve-se destacar que as abordagens medicopsicológicas (que associam ao mesmo tempo os recursos da medicina e da psicologia) têm se mostrado mais eficazes na maior parte dos casos.
Qual o papel da informação no trabalho de prevenção de droga?


A informação é apenas um aspecto da prevenção, não precisamos fazer um curso de farmacologia para entendermos profundamente os efeitos da droga no sistema nervoso e realizarmos prevenção. Um exemplo é o cigarro, mais do que a mídia informa, os pesquisadores descobrem e constatam, nada disso serve para prevenir. Hoje mais do que nunca, depois do movimento dos não-fumantes e da proibição para os fumantes, os jovens instigados pela transgressão voltaram ao cigarro pra valer, de 1991 para cá vemos aumentar o número de jovens fumantes.


Todas as drogas são iguais? Provocam os mesmos efeitos?

Não. Os efeitos das drogas vão depender da sua classificação:
depressoras (aquelas que deprimem áreas do sistema nervoso, provocando um relaxamento das suas atividades específicas) – provocam sensação de relaxamento, calma, sonolência, lentidão. Altera a percepção, o raciocínio e a memória.Ex bebidas alcoólicas, calmantes, codeína ( opiáceos ), barbitúricos e inalantes.

estimulantes ( as que estimulam áreas do sistema nervoso central provocando estimulação e aceleramento de suas atividades) – a pessoa fica mais alerta, atenta, com tendência a falar mais e mais rapidamente. Dizemos que fica mais ligadona.Ex anfetaminas, cocaína, cafeina e nicotina.

Perturbadoras (o funcionamento do Sistema Nervoso Central fica distorcido, alterado) - provocam a distorção das imagens, dos pensamentos e da percepção . As imagens ficam maiores ou muito pequenas, os pensamentos ficam como sonhos, perdem o nexo.Ex maconha, ácido lisérgico (LSD), ayahuasca, cogumelo, dartura e
exctasy.
Como as drogas influenciam na contaminação pelo vírus HIV?


Foram obtidas respostas muito interessantes, veja algumas delas: as pessoas, quando usam drogas, ficam sem noção das coisas e fazem sexo sem camisinha; é possível pegar AIDS quando a droga é injetada pela seringa contaminada; ou quando a pessoa se envolve com a droga ela fica desequilibrada e não tem noção de absolutamente nada.
O que fazem os tranqüilizantes ou ansiolíticos no corpo com o uso contínuo, efeitos físicos crônicos


Os ansiolíticos benzodiazepínicos quando utilizados por alguns meses podem levar às pessoas a um estado de dependência. Como conseqüência, sem a droga o dependente passa a sentir muita irritabilidade, insônia excessiva, sudoração, dor pelo corpo todo podendo, nos casos extremos, apresentar convulsões.Os ansiolíticos benzodiazepínicos podem causar tolerância, ou seja, a pessoa com o passar do tempo tem que aumentar a dose para sentir o mesmo efeito que sentia anteriormente.
O que fazem os tranqüilizantes ou ansiolíticos na mente?


Todos os benzodiazepínicos são capazes de estimular os mecanismos no nosso cérebro que normalmente combatem estados de tensão e ansiedade. Assim, quando devido às tensões do dia-a-dia ou por causas mais sérias, determinadas áreas do nosso cérebro funcionam exageradamente resultando num estado de ansiedade, os benzodiazepínicos exercem um efeito contrário, isto é inibem os mecanismos que estavam hiperfuncionantes e a pessoa fica mais tranqüila como que desligada do meio ambiente e dos estímulos externos.Como conseqüência desta ação os ansiolíticos produzem uma depressão da atividade do nosso cérebro que se caracteriza por: 1) diminuição de ansiedade; 2) indução de sono; 3) relaxamento muscular; 4) redução do estado de alerta.É importante notar que estes efeitos dos ansiolíticos benzodiazepínicos são grandemente alimentados pelo álcool; a mistura álcool estas drogas pode levar uma pessoa ao estado de coma. Além desses efeitos principais os ansiolíticos dificultam os processos de aprendizagem e memória, o que é, evidentemente, bastante prejudicial para as pessoas que habitualmente utilizam-se destas drogas.Finalmente, é importante ainda, lembrar que estas drogas também prejudicam em parte nossas funções psicomotoras, prejudicando atividades como dirigir automóveis, aumentando a probabilidade de acidentes.
Quem são as pessoas que mais utilizam os tranqüilizantes ou ansiolíticos?


Além das pessoas que tem problemas médicos que justifiquem a utilização desses medicamentos e nesse caso necessitam da prescrição médica para obtê-los, há os que os utilizam sem necessidade médica. Nesse caso obtém o medicamento de forma clandestina, ou seja, sem a prescrição médica e são pessoas que acreditam não mais controlar seu nervosismo a não ser com ansiolíticos e/ou aquelas que não mais conseguem dormir a não ser fazendo uso desses medicamentos.Geralmente esse uso inadequado é mais comum entre as mulheres, porém ele também existe entre os homens. Há ainda usuários de drogas estimulantes como cocaína e anfetaminas, que fazem uso desses ansiolíticos para tentarem diminuir a excitação e euforia provocadas por esses estimulantes ou mesmo para tentarem dormir após muitas horas de uso dessas drogas estimulantes que tiram o sono.
O que são tranqüilizantes ou ansiolíticos?


São medicamentos que têm a propriedade de atuar sobre a ansiedade e tensão. Estas drogas foram chamadas de tranqüilizantes, por acalmarem a pessoa estressada, tensa e ansiosa. Atualmente, prefere-se designar esses tipos de medicamentos pelo nome de ansiolíticos, ou seja, que "destroem" (lise) a ansiedade. Também são utilizadas no tratamento de insônia e nesse caso também recebem o nome de drogas hipnóticas, isto é, que induzem sono. Os ansiolíticos mais comuns são substâncias chamadas benzodiazepínicos, que aparecem em medicamentos como Valium® , Librium® , Lexotam® , Dormonid® etc.
Que drogas causam impotência sexual?


A maconha é capaz de reduzir a produção de espermatozóides. Casos de infertilidade, impotência, insatisfação sexual entre outros diagnósticos são encontrados em usuários crônicos da maconha.

O álcool tem ação direta sobre a ereção.

O uso crônico de esteroides pode trazer alem de vários doenças, disfunções sexuais a esterilidade.
O que são drogas lícitas e ilícitas?


As drogas lícitas tem sua produção, comercialização e uso permitidos pela lei a as drogas ilícitas são proibidas, não significando que as drogas lícitas causem menos danos à saúde do que as ilícitas
O poder de cada droga
Características de cada substância, nos Estados Unidos, em 2001
Substâncias Acessibilidade

Poder de vício
**

Letalidade

Precocidade***


Nicotina

Grande

80

Alta

15,5


Heroína

Pequena

35

Média

19,5


Cocaína

Média

22

Alta

21,9


Sedativos*

Média

13

Média

19,5


Estimulantes*

Média

12

Alta

19,3


Maconha

Média

11

Baixa

18,4


Alucinógenos

Grande

9

Baixa

18,6


Analgésicos*

Média

7

Média

21,6


Álcool

Grande

6

Média

17,4


Tranqüilizantes*

Média

5

Média

21,2


Inalantes

Grande

3

Média

17,3


* Uso não-médico de substâncias psicoativas
** % de usuários que se tornam dependentes
***idade do primeiro uso, em anos

Fonte: Pesquisa Doméstica Nacional sobre Uso de Drogas 2001, do Departamento de Saúde dos Estados Unidos - Revista Super Interessante
Álcool
Nome: cerveja, destilados e vinhos
Origem: grão e frutas
Quantidade média ingerida: 350 ml, 45 ml, 90 ml
Forma ingestão: oral
Efeitos a curto prazo (quantidade média): relaxamento, quebra das inibições, euforia, depressão, diminuição da consciência
Duração: 2-4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): estupor, náusea, inconsciência, ressaca, morte
Risco de dependência psicológica: alto
Risco de dependência física: moderado
Tolerância: sim
Efeitos a longo prazo: obesidade, impotência, psicose, úlceras, subnutrição, danos cerebrais e hepáticos, morte
Utilização médica: nenhuma
Alucinógenos
Nome: DMT, escopolamina, LSD, mescalina, noz-moscada, psilocybina, STP
Origem: sintética, mimendro (planta), cactus, moscadeira, cogumelo
Quantidade média ingerida: variável, 5 mg, 150-200 mg, 350 mg, 400 mg, 25 mg
Forma ingestão: oral, inalável, injetável, nasal
Efeitos a curto prazo (quantidade média): alteração da percepção, especialmente visual, aumento da energia, alucinações, pânico
Duração: variável
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): ansiedade, alucinações, exaustão, psicose, tremores, vômito, pânico
Risco de dependência psicológica: baixo
Risco de dependência física: nenhum
Tolerância: sim
Efeitos a longo prazo: aumento de ilusões e de pânico, psicose
Utilização médica: o LSD e a psilocybina foram testados no tratamento do alcoolismo, drogas, doenças mentais e enxaquecas
Anfetaminas
Nome: benzedrina, dexedrina, methedrina, preludin
Origem: sintética
Quantidade média ingerida: 2,5-5 mg
Forma ingestão: oral, injetável
Efeitos a curto prazo (quantidade média): aumento da atenção, excitação, euforia, diminuição do apetite
Duração: 1-8 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): inquietação, discurso apressado, irritabilidade, insônia, desarranjos estomacais, convulções
Risco de dependência psicológica: alto
Risco de dependência física: nunhum
Tolerância: sim
Efeitos a longo prazo: insônia, excitação, problemas dermatológicos, subnutrição, ilusões, alucinações, psicose
Utilização médica: na obesidade, depressão, fadiga excessiva, distúrbios do comportamento infantil
Antidepressivos
Nome: tofranil, ritalina, tryptanol
Origem: sintética
Quantidade média ingerida: 10-25 mg
Forma ingestão: oral, injetável
Efeitos a curto prazo (quantidade média): alívio da ansiedade e da depressão, impotência temporária
Duração: 12-14 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): náusea, hipertensão, perda de peso, insônia
Risco de dependência psicológica: baixo
Risco de dependência física: nenhum
Tolerância: sim
Efeitos a longo prazo: estupor, coma, convulsões, insuficiência cardíaca congestiva, danos ao fígado e aos glóbulos brancos, morte
Utilização médica: na ansiedade ou supersedação, distúrbios do comportamento infantil
Barbitúricos
Nome: doriden, hidrato de cloral, fenobarbital, nembutal, saconal
Origem: sintética
Quantidade média ingerida: 400 mg, 500 mg, 50-100 mg
Forma ingestão: oral
Efeitos a curto prazo (quantidade média): relaxamento, euforia, diminuição da consciência, tontura, coordenção prejudicada, sono
Duração: 4-8 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): discurso "borrado", mal articulado, estupor, ressaca, morte
Risco de dependência psicológica: alto
Risco de dependência física: alto
Tolerância: sim
Efeitos a longo prazo: sonolência excessiva, confusão, irritabilidade, graves enjôos pela privação
Utilização médica: na insônia, tensão e ataque epilético
Cafeína
Nome: café, chá, refrigerantes
Origem: grão de café, folhas de chá, castanha
Quantidade média ingerida: 1-2 xícaras, 300 ml
Forma ingestão: oral
Efeitos a curto prazo (quantidade média): agitação, irritabilidade, insônia, perturbações estomacais
Duração: 2-4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): agitação, insônia, enjôo
Risco de dependência psicológica: alto
Risco de dependência física: alto
Tolerância: não
Efeitos a longo prazo: agitação, irritabilidade, insônia, perturbações estomacais
Utilização médica: na supersedação e dor de cabeça
Cocaína
Nome: cocaína
Origem: folhas de coca
Quantidade média ingerida: variável
Forma ingestão: nasal, injetável
Efeitos a curto prazo (quantidade média): sensação de auto-confiança, vigor intenso
Duração: 4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): irritabilidade, depressão, psicose
Risco de dependência psicológica: alto
Risco de dependência física: alto
Tolerância: não
Efeitos a longo prazo: danos ao septo nasal e vasos sanguíneos, psicose
Utilização médica: anestésico local
Inalantes
Nome: aerossóis (éter), colas, nitrato de amido, óxido nitroso
Origem: sintética
Quantidade média ingerida: variável
Forma ingestão: inalável
Efeitos a curto prazo (quantidade média): relaxamento, euforia, coordenação prejudicada
Duração: 1-3 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): estupor, morte
Risco de dependência psicológica: alto
Risco de dependência física: nenhum
Tolerância: possível
Efeitos a longo prazo: alucinações, danos ao cérebro, aos ossos, rins e fígado, morte
Utilização médica: dilatação dos vasos sanguíneos, anestésico leve
Cannabis Sativa
Nome: haxixe, maconha, thc
Origem: cannabis, sintética
Quantidade média ingerida: variável
Forma ingestão: inalável, oral, injetável
Efeitos a curto prazo (quantidade média): relaxamento, quebra das inibições, alteração da percepção, euforia, aumento do apetite
Duração: 2-4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): pânico, estupor
Risco de dependência psicológica: moderado
Risco de dependência física: moderado
Tolerância: não
Efeitos a longo prazo: fadiga, psicose
Utilização médica: na tensão, depressão, dor de cabeça, falta de apetite
Narcóticos
Nome: codeína, demerol, metadona, morfina, ópio, percodan
Origem: papoula de ópio, papoula de ópio sintética
Quantidade média ingerida: 15-50 mg, 50-150 mg, 05-15 mg, 10 mg
Forma ingestão: oral, injetável, nasal
Efeitos a curto prazo (quantidade média): relaxamento, alívio da dor e da ansiedade, diminuição da consciência, euforia, alucinações
Duração: 4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): estupor, morte
Risco de dependência psicológica: alto
Risco de dependência física: alto
Tolerância: sim
Efeitos a longo prazo: latargia, prisão de ventre, perda de peso, esterilidade e impotência temporária, enjôos pela privação
Utilização médica: na tosse, na diarréia, analgésico, combate à heroína
Nicotina
Nome: cachimbos, charutos, cigarro, rapé
Origem: folhas de tabaco
Quantidade média ingerida: variável
Forma ingestão: inalável, oral
Efeitos a curto prazo (quantidade média): relaxamento, contração dos vasos sanguíneos
Duração: 1/2-4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): dor de cabeça, perda de apetite, náusea
Risco de dependência psicológica: alto
Risco de dependência física: alto
Tolerância: sim
Efeitos a longo prazo: respiração prejudicada, doença pulmonar e cardiológica, câncer, morte
Utilização médica: nenhuma (usado em inseticida)
Tranquilizantes
Nome: dienpax, librium, valium
Origem: sintética
Quantidade média ingerida: 5-30 mg, 5-25 mg, 10-40 mg
Forma ingestão: oral
Efeitos a curto prazo (quantidade média): alívio da ansiedade e da tensão. supressão das alucinações e da agressão, sono
Duração: 12-24 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades): sonolência, visão perturbada, discurso "borrado", reação alérgica, estupor
Risco de dependência psicológica: moderado
Risco de dependência física: moderado
Tolerância: não
Efeitos a longo prazo: destruição de células sanguíneas, icterícia, coma, morte
Utilização médica: na tensão, ansiedade, psicose, no alcoolismo
Prevenção

Muito se tem feito nos últimos tempos para que as pessoas se previnam contra o uso de drogas. Mas também muito se tem feito, legal ou ilegalmente, para que elas sejam usadas. O resultado final é que as pessoas estão consumindo cada vez mais drogas.
Usar drogas, significa em primeira instância, buscar prazer. É muito difícil lutar contra o prazer, porque foi ele que sempre norteou o comportamento dos seres vivos para se autopreservarem e perpetuarem sua espécie. A droga provoca o prazer que engana o organismo, que então passa a querê-lo mais, como se fosse bom. Mas o prazer provocado pela droga não é bom, porque ele mais destrói a vida do que ajuda na sobrevivência. A prevenção tem de mostrar a diferença que há entre o que é gostoso e o que é bom.
Todo usuário e principalmente sua família têm arcado com as consequências decorrentes desse tipo de busca de prazer.
Pela disposição de querer ajudar outras pessoas, parte da sociedade procura caminhos para previnir o maior mal evitável deste final de milênio.
Caminhos disponíveis
1. Do medo - Os jovens não se aproximarão das drogas se as temerem. Para se criar o medo, basta mostrar somente o lado negativo das drogas. Pode funcionar para crianças enquanto elas acreditarem no adultos.
2. Das informações científicas - Quanto mais alguém souber sobre as drogas, mais condições terá para decidir usá-las ou não. Uma informação pode ser trocada por outra mais convincente e que atenda aos interesses imediatos da pessoa.
3. Da legalidade - Não se deve usar drogas porque elas são ilegais. Mas e as drogas legais? E todas as substâncias adquiridas livremente que podem ser transformadas em drogas?
4. Do princípio moral - A droga fere os princípios éticos e morais. Esses valores entram em crise exatamente na juventude.
5. Do maior controle da vida dos jovens - Mais vigiados pelos pais e professores, os jovens teriam maiores dificuldades em se aproximar das drogas. Só que isso não é totalmente verdadeiro. Não adianta proteger quem não se defende.
6. Do afeto - Quem recebe muito amor não sente necessidade de drogas. Fica aleijado afetivamente que só recebe amor e não o retribui. Droga é usufruir prazer sem ter de devolver nada.
7. Da auto-estima - Quem tem boa auto-estima não engole qualquer "porcaria". Ocorre que algumas drogas não são consideradas "porcarias", mas "aditivos" para curtir melhor a vida.
8. Do esporte - Quem faz esporte não usa drogas. Não é isso o que a sociedade tem presenciado. Reis do esporte perdem sua majestade devido às drogas.
9. Da união dos vários caminhos - É um caminho composto de vários outros, cada qual com sua própria indicação. Cada jovem escolhe o mais adequado para si. Por enquanto, é o que tem dado os resultados mais satisfatórios.
10. Da Integração relacional - Contribuição para enriquecer o caminho 9. Nesse trajeto, o jovem é uma pessoa integrada consigo mesmo (corpo e psique), com as pessoas com as quais se relaciona (integração social) e com o ecossistema (ambiente), valorizando a disciplina, a gratidão, a religiosidade, a ética e a cidadania.
(Fonte: Anjos Caídos, Içami Tiba. Editora Gente, 6ª edição)
Recuperação

Receitas
Grupos de Auto-Ajuda

Tratamentos
Endereços Amor Exigente

Se seu filho está usando drogas
• Procure informação e, se possível ajuda especializada mesmo, antes de conversar com o seu filho. Ele sempre terá um argumento para justificar o uso, além de minimizar o problema

• Não permita que seu filho fume maconha dentro de casa, a fim de manter o controle. Essa atitude, além de proibida por lei, não diminui os riscos

• Se o seu filho está arredio e não quer te escutar, procure alguém que ele respeite, como um parente ou amigo da família

• Leve - o para um psicólogo ou psiquiatra especializado. Além de mostrar que ele está prejudicando a própria vida, a terapia pode ajudar nas questões que o levaram a buscar a droga. È importante que o profissional tenha experiência na área

• Participe de grupos de ajuda mútua dirigidos para pais de dependentes, ainda que seu filho não esteja em tratamento. Mudando seu comportamento, é possível que seu filho decida se tratar

• Coloque limites em casa, como delegar tarefas, controlar o dinheiro e impor horários. Enquanto o jovem tem tudo o que precisa, dificilmente sente - se estimulado a largar as drogas

• Seja firme e nunca volte atrás. Negar ajuda pode ser melhor ajuda
• Lembre - se que, pagando dívidas que seu filho fez com traficantes, você pode estar dando início a um ciclo vicioso. Não deixe de procurar ajuda quando a situação envolver traficantes

Fonte: Antônio Rabello Filho, do Instituto Souza Novaes, coordenadores do grupo Amor Exigente, psicóloga Lygia Humberg, da USP, psicóloga Neliana Figlie,da Unifesp, livro "Anjos Caídos", do psiquiatra Içami Tiba, psiquiatra José Antonio Ribeiro e psicólogo Marcos Govoni


Recuperação


Refeições medicinais para os dias de abstinência
Fatos firmados
- Quanto mais precoce e rápido for o aporte de comida e líquidos, mais rápida será a recuperação do viciado que está cruzando os perigosos momentos da síndrome de abstinência .
- Quanto maior for a quantidade de líquidos e comida aportando no organismo do viciado combalido pelo stress da síndrome de abstinência, menos intensos serão os sintomas desta síndrome.
- A boa hidratação e o aporte energético de comida respondem na íntegra, pela recuperação do viciado em fase de abstinência.
- Se o viciado, em fase de abstinência e conscientemente lúcido puder engolir, sem problemas, sólidos e líquidos, aconselhamos o uso das receitas energéticas abaixo relacionadas:
Beterraba
Descasque 3 beterrabas previamente cozidas. Após fatiá-las, triture-as no liquidificador com 6 copos d´água. Junte 1 concha de caldo de carne, leve ao fogo. Engrosse a mistura com 1 colher de sopa de creme de arroz. Quando estiver fervendo, adicione 2 colheres de sopa de molho inglês.
Esta refeição serve para combater a desnutrição, a anemia por carência de ferro e a desidratação. É rica em potássio, silício, sódio, cloro, zinco, manganês, ferro, cobre e vitaminas.
Cebola
Descasque 5 cebolas médias, fatiando-as em anéis finos. Aqueça 1/4 de xícara de manteiga em uma panela. Junte as cebolas, cozinhando-as em fogo brando até que fiquem macias. Aumente depois o fogo, deixando as cebolas dourarem. Retire a panela do fogo, junte 5 xícaras de caldo de carne, levando para cozinhar novamente durante 30 minutos. Antes de servir, adicione 5 fatias de pão torrado. Cubra a sopa com 1 xícara de queijo parmesão. O sal fica a gosto de cada um.
Esta é uma refeição energética, hidratante, rica em selênio. O selênio é um potente antioxidante, que protege as membranas celulares contra possíveis agressões.
Caqui
Bata no liquidificador 3 xícaras de polpa de caqui, açúcar a gosto e uma lata de creme de leite. Guarde na geladeira. Sirva gelado.
Esta é uma refeição energética, inimiga da inapetência. É rica nas vitaminas A e C.
Alface
Junte, numa panela, 4 xícaras de água fria, 1 colher e meia de chá de sal, 2 xícaras de batatas cortadas, 1 colher de sopa de cebola picada. Deixe a mistura ferver até que a batata esteja realmente cozida. Acrescente 1 xícara de alface picada, cozinhando até que ela fique desfeita. Coe, misture agora 1 colher e meia de azeite com 2 xícaras de leite quente, e junte à sopa. Adicione sal a gosto.
Esta é uma refeição energética, hidratante, rica nas vitaminas B e ácido fólico.
Legumes fortes
Cozinhar 1 molho de couve, 250 gramas de abóbora, 3 molhos de espinafre com 1 litro de água, sal, 1 tablete de caldo de carne. Quando os vegetais estiverem bem cozidos, passar no liquidificador. Servir quente, salpicando queijo parmesão por cima.
Esta é uma refeição energética, hidratante, rica em vitaminas e minerais.
Refeições energéticas para os dias depressivos do viciado em drogas
Batata-roxa
Faça uma calda em ponto de fio forte com 2 quilos de açúcar e 1/2 litro d´água. Junte 2 quilos de batata-roxa previamente cozida e passada na peneira. Acrescente 5 cravos-da-índia. Cozinhe até ver o fundo da panela. Está pronta para servir.
Cenoura
Coloque, numa panela, 2 copos de cenoura ralada, 4 copos de açúcar, 100 gramas de coco ralado, 1 colher de sopa de manteiga, 2 copos de leite. Leve ao fogo, dando o ponto de doce de leite.
Abacate
Cortar em cubos um abacate de tamanho médio, acrescentando 2 colheres de chá de açúcar, 2 colheres de sopa de maionese e o suco de uma laranja-lima. Misturar levemente com um garfo. Está pronto para servir.
Caqui
Misture 3 xícaras de polpa de caqui, 1 xícara de creme de leite, 1 pacote de gelatina sem sabor, previamente dissolvida em 1 xícara de café de água fervendo, açúcar a gosto, 1 colher de sopa de araruta, 2 colheres de sopa de manteiga, 4 claras em neve bem batidas. Bata a mistura até tomar ponto. Coloque na geladeira de um dia para outro.
Maçã
Bata 250 gramas de manteiga com 250 gramas de açúcar. Junte 250 gramas de farinha de trigo, 4 claras em neve, 4 gemas, 3 colheres de sopa de leite, 2 colheres de chá de fermento em pó, 1/2 colher de café de sal. Vá batendo a mistura sempre. Unte a forma de torta, despeje a massa e cubra com 4 maçãs cortadas em tiras, polvilhadas com açúcar. Leve ao forno.
Goiaba
Faça uma calda com 1 quilo de açúcar, cravo e canela em pau. Coloque em seguida 1 quilo de goiabas. Cozinhe-as até ficarem vermelhas.
Laranja
Com 1/2 quilo de açúcar, faça uma calda em ponto de pasta. Bata 6 claras em neve e reserve. Misture 6 gemas com a calda de açúcar e o caldo de 2 laranjas e leve esta mistura ao fogo, acrescentando agora as 6 claras em neve. Mexa até aparecer o fundo da panela.
Refeições energéticas para viciados desnutridos
Coco
Bata no liquidificador, até que se forme uma pasta homogênea, os seguintes ingredientes: 1 copo de coco fresco ralado, 1 colher de chá de açúcar, 1 maço de coentro, sal a gosto, 1 colher de sopa de suco de limão, 1 cebola média picada, 1 pimenta verde, 2 fatias de pão de forma. Comer espalhando a pasta sobre fatias de pão integral.
Ovos
Bata 4 ovos em uma tigela. Tempere com sal e pimenta. Junte 50 gramas de queijo gruyere (ou queijo-de-minas). Aqueça o óleo vegetal numa frigideira. Coloque agora a mistura dos ovos com queijo, puxando-a com o garfo das bordas para o centro, assim que a omelete começar a secar. Quando secar de um lado, dobra-se uma parte sobre a outra. Está pronta para servir.
Leite de soja
Pôr de molho 1 1/2 copo de feijão-soja durante 24 horas. Ferver água em uma panela, para aquecer os grãos. Colocar os grãos na água quente, por alguns minutos, e escorrer. Bater no liquidificador, juntamente com 1/2 litro de água fervente. Despejar em uma vasilha para esfriar. Coar em pano ralo. Bater novamente o bagaço com mais 1/2 litro de água fervente e juntar ao primeiro leite. Temperar a gosto.
Queijo de soja
Este produto é resultante da coagulação do leite de soja, que foi azedado, sendo então submetido a fervura e coado em seguida.
Modo de fazer: Junte o suco de 1 limão a 1 litro de leite de soja. Depois de estar coalhado, ferva e coe em um pequeno saco de pano. Comprima-o bem, na forma, e conserve no refrigerador até adquirir a consistência peculiar do queijo. Tire-o da forma e guarde mergulhado em água fria, ligeiramente salgada.
Carne
Refogue, com óleo vegetal, 2 tomates picados, 1 cebola picada, 1/2 xícara de azeitonas verdes picadas. Tempere com sal. Junte 1/2 quilo de carne moída, deixe cozinhar com a panela tampada. Acrescente molho inglês, 1/2 lata de creme de leite, 1 colher de sopa de Ketchup e 1/2 vidro de cogumelos. Misture bem, sem deixar ferver. Comer este recheio na forma de sanduiche.
Batata-doce
Descasque 1/2 quilo de batata-doce. Corte as batatas em quartos e, com uma mistura de mel e canela, vá pincelando-as enquanto são assadas no forno.
Maçã
Misture 1 1/2 xícara de beterraba cozida, cortada em cubos, com 1 1/2 xícara de maçã crua, também cortada em cubos, e 1/4 xícara de cebola em rodelas bem finas. Tempere a mistura com sal e 1/4 de colher de chá de noz-moscada. Coloque a massa formada num pirex untado com manteiga. Salpique manteiga por cima e cubra com papel de alumínio. Asse, por 1 hora, em forno pré-aquecido.
Refeições energéticas para os dias de infecção
Aipo
Desmanche 2 cubos de caldo de galinha em 2 litros de água fervendo. Junte agora 1 peito de frango fatiado e 1 aipo cortado em tiras finas. Deixe cozinhar bem. Antes de servir, adicione à mistura 1 colher de sopa de creme de leite e 6 fatias de pão de forma cortadas em quadrados e devidamente torradas.
Legumes fortes
Coloque numa panela, contendo 2,5 litros de água, os seguintes ingredientes: 2 talos de aipo, 2 cenouras, 1/2 quilo de carne de músculo, 1 cebola, 1 chuchu, 1 fatia de abóbora, 2 tomates, 1 alho-poró, 2 batatas, 2 nabos, 2 folhas de louro. Ferva a mistura até cozinhar a carne e os legumes. Retire a carne (que poderá ser aproveitada em outro prato) e passe o caldo da sopa e os legumes no liquidificador.
Esta sopa dispensa a adição de manteiga ou margarina.
Espinafre
Cozinhe 2 molhos de espinafre juntamente com 1 cubo de caldo de carne diluído previamente em água fervente. Passe a mistura no liquidificador e depois na peneira. Frite 6 fatias de bacon, até que se forme uma farofa. Reserve. Antes de servir, adicione à sopa 1 colher de sobremesa de creme de leite e o farelo de bacon.
Feijão-preto
Deixe 1 xícara de feijão-preto de molho em água, de um dia para o outro. Cozinhe o feijão em 2 litros de água, esperando até que fique macio. Em 1 colher de sopa de óleo vegetal, frite 2 cebolas fatiadas em rodelas e 2 dentes de alho esmagados. Reserve. Acrescente agora ao feijão os seguintes ingredientes: as cebolas, os dentes de alho, sal a gosto, 2 folhas de louro, 1 xícara de extrato de tomate e 4 batatas fatiadas. Tampe a panela e deixe cozinhar até que a batata fique macia.
Laranja
Coloque num liquidificador os seguintes ingredientes: 1/2 xícara de suco de laranja, 1 copo de iogurte natural (200 gramas), 1 colher de sopa de mel. Bata durante 4 minutos. Está pronto para servir.
Refeições que hidratam o corpo desnutrido do viciado em drogas
Beterraba
Refogue 2 beterrabas grandes, previamente cortadas em fatias, com 2 colheres de sopa de manteiga. Junte em seguida 2 alhos-porós picados, fatias de 1 cebola grande e 1/2 repolho pequeno fatiado. Deixe refogar lentamente, durante 1/2 hora, com a panela tampada. Junte agora 2 litros de caldo de carne e deixe ferver lentamente por mais 1 hora. Acrescente o sumo de 2 beterrabas cruas raladas e passadas num pano de prato. Junte à mistura 4 salsichas cozidas, previamente fatiadas. Ferva durante mais 5 minutos. Antes de servir, ponha em cada prato um pouco de salsa picada e 1 colherada de leite azedo.
Repolho
Cozinhe 1/2 xícara de arroz cru em 2 litros de caldo de galinha, acrescentando mais água se necessário. Tempere com 1 colher de sopa de massa de tomate. Antes de servir, acrescente 2 xícaras de repolho cozido e fatiado. Ao servir, regue com um pouco de azeite.
Músculo
Corte 1 ramo de salsa e cebolinha em fatias bem finas. Reserve. Pique 250 gramas de músculos e 1 cenoura, cozinhando, juntamente com 1 cebola grande, 1 dente de alho, 1 pimentão vermelho, 4 tomates sem sementes e sem pele, em uma porção de água e sal. Assim que a água ferver, deixe cozinhar por 1/2 hora até que a carne fique macia. Tempere com sal e pimenta-do-reino (a gosto). Coe e sirva bem quente. Antes de servir, salpique a salsa e a cebolinha.
Batata-baroa (mandioquinha)
Cozinhe 1/2 quilo de batata-baroa descascada, em água. Passe no liquidificador, com um pouco de água. Junte 1 litro de caldo de galinha concentrado, 3 colheres de salsa e cebolinha picadas, 1 copo de leite, 1 colher de sopa de margarina (ou creme de leite fresco, se prefirir) e 1 colher de queijo parmesão ralado. Sirva bem quente.
Legumes fortes
Misture, em uma panela grande, os seguintes ingredientes: 2 folhas de louro, 1 colher de sopa de sal, 3 litros de água, 3 cenouras cortadas em rodelas, 3 cebolas bem picadas, 3 xícaras de salsão (aipo) picado, 3 alhos-poró cortados em rodelas, 6 cebolinhas verdes, 8 talos de salsinha. Deixe levantar fervura. Abaixe o fogo e cozinhe, em panela tampada, por cerca de 2 1/2 horas. Escorra o líquido. O caldo de legumes está pronto para servir.
O leite na guerra contra a desnutrição do viciado em drogas
Por causa da sua riqueza em proteínas (3,5 gramas/100 gramas), minerais (cálcio, fósforo, magnésio, potásio, iodo, ferro, zinco) e vitaminas (A, E, D, K, C, B, niacina, ácido fólico, B6, B12), o leite está indicado como arma de guerra para recuperar nutritivamente qualquer viciado combalido pela ação dos tóxicos.
Leite e espinafre
Cozinhe, durante 5 minutos, 1 maço de espinafre em 2 xícaras de chá de água. Bata no liquidificador e guarde. Doure 1 cebola média ralada com 3 colheres de sopa de óleo. Adicione o epsinafre batido juntamente com 4 colheres de sopa de maisena previamente dissolvida em 2 xícaras de chá de leite. Cozinhe até ferver, mexendo sempre. Tempere com sal e noz-moscada (a gosto). Acrescente 1/2 xícara de queijo ralado.
Esta é uma refeição energética, protéica, rica em ferro.
Leite e queijo
Desmanche previamente 200 gramas de maisena em 1 litro de leite. Misture agora com 200 gramas de queijo ralado, 50 gramas de manteiga, 1 colherzinha de sal. Leve a mistura ao fogo, mexendo sempre até que cozinhe e fique tudo ligado. Despeje numa forma untada.
Este requeijão é riquíssimo em proteínas.
Leite e batatas
Lavar e limpar 1/2 quilo de batatas e 2 cebolas grandes. Fritar por 5 minutos numa caçarola com 2 colheres de sopa de azeite. Não permitir que as batatas e as cebolas fiquem douradas. Juntar 2 xícaras de água, deixando cozinhar até que as batatas bem tenras. Passar por uma peneira, acrescentado na sopa, 1 xícara de leite. Levar novamente ao fogo. Quando estiver fervendo, juntar 1 colher de sopa de farinha de trigo. Deixe ferver por 10 minutos. Servir quente.
Esta sopa é altamente energética e hidratante.
Leite e arroz
Cozinhe 1 xícara de arroz na água, sem deixar amolecer completamente. Junte 3 copos de leite, açúcar (a gosto), pó de canela em pau (a gosto). Deixe a mistura no fogo até ficar bem mole. Depois junte 2 gemas, mexa rapidamente e leve novamente ao fogo, sem deixar ferver. Tire do fogo, junte 1 colher de chá de margarina, mexa para derreter. Polvilhe com canela em pó.
Esta refeição de arroz-doce é altamente energética, está indicada para pessoas debilitadas pela ação dos tóxicos.
Leite e abóbora
Cozinhe 250 gramas de abóbora com água fervendo. Acrescente sal, canela e cravo. Passe depois no liquidificador. Leve novamente ao fogo, na mesma água em que foi cozida, juntando 75 gramas de queijo branco. Deixe ferver. Em seguida, coloque 170 gramas de açúcar e 1 copo de leite. Leve a mistura ao fogo brando, mexendo sempre. Engrosse com farinha de trigo dissolvida previamente em um pouco de água.
Este mingau de abóbora é altamente energético e mineralizante.
(Salvar o Filho Drogado - Dr. Flávio Rotman - 2ª edição - Editora Record)
Recuperação

Tratamento Médicos e Psicológicos

Os jovens em geral são rebeldes às clássicas psicoterapias, mas quando usam drogas as resistências pioram e acabam criando verdadeiras batalhas em casa para não ir às consultas. As elegações mais comuns são, entre outras:
"Não sou louco para ir a um psiquiatra, os loucos são vocês",
"Não sou viciado. Paro quando eu quiser", "Vão gastar dinheiro à toa!"
Quando há comprometimento psicológico ou físico, a consulta especializada se faz necessária. Cabe ao profissional - médico, psiquiatra, psicólogo- especializado fazer um bom diagnóstico e estabelecer um procedimento adequado. Os especialistas estão mais capacitados a utilizar, se necessário, medicamentos específicos. Há muito progresso no campo medicamentoso terapêutico. Novidades surgem a toda hora, entretanto a validade deverá ser confirmada pelos profissionais escolhidos.

Só internação não resolve
Em casos graves, quando o usuário está muito comprometido, a internação hospitalar é necessária e fundamental para dar início à recuperação. Nesse sentido, os hospitais funcionam bem.
Depois da alta, o apoio de grupos de auto-ajuda é excelente.
Os "padrinhos" que adotam um novo usuário cuidam dele como se fossem um filho. A única obrigação desse "filho" é ligar para o "padrinho" quando a vontade de usar a droga começar a ser despertada. É a força da coletividade agindo sobre o indivíduo necessitado.
Não há psicoterapias nem internações que garantam uma proteção tão grande e tão empenhada quanto a que esses grupos oferecem. E, se houver, pode se tornar inviável para a maioria da população, pelo seu alto custo.
(Salvar o Filho Drogado - Dr. Flávio Rotman - 2ª edição - Editora Record)
As “Sete regras básicas para interrupção do consumo de cocaína” (Washton, 1989) são válidas para dependentes de outras drogas e/ou álcool, e devem ser extensivamente discutidas com os pacientes:
1 - O momento de parar é agora
Uma das táticas mais usadas pelos dependentes e abusadores de álcool e/ou drogas para evitar ingressar em tratamento é a procrastinação (“deixar para mais tarde ou para depois”, adiamento indefinido que colabora para o aumento das conseqüências derivadas do consumo). A frase “Eu vou parar amanhã” significa exclusivamente que o indivíduo não tem nenhuma intenção atual de interromper o consumo.
2 - Deve-se parar o consumo de uma vez
Reduzir o consumo de drogas e álcool é uma tarefa ingrata e infrutífera. Cada episódio de consumo de coca aumenta o desejo por mais cocaína e assim o processo de recuperação acaba sempre adiado.
3 - Parar todas as drogas de abuso, incluindo álcool e maconha
Esta é uma das regras mais difíceis para o dependente de cocaína aceitar. O indivíduo tende a focalizar todas as suas dificuldades por exemplo na cocaína, desprezando a participação das outras substâncias no seu padrão de consumo. O consumo de álcool ou de maconha freqüentemente representa o primeiro passo para uma recaída no consumo da própria cocaína. Além desse fato, o consumo de qualquer substância evoca as memórias do consumo da droga principal consumida, desencadeando “fissuras” intensas. Ao consumir outra droga, o indivíduo terá menor capacidade de resistir a tais “fissuras”, recorrendo ao consumo.
4 - Mudar o estilo de vida
Os dependentes de drogas não podem manter os relacionamentos com antigos companheiros de consumo, não podem ir aos bares e outros ambientes onde costumavam encontrar esses colegas, pois o consumo de substâncias psicoativas (drogas e/ou álcool) é a atividade central dessas atividades. O indivíduo, nessas ocasiões, volta a sentir desejo intenso, como uma necessidade de consumir, não conseguindo resistir à droga. Esta é a principal razão de recaídas, pelo menos nos pacientes em tratamento.
5 - Sempre que possível evitar situações, pessoas e ambiente que causem fissuras
É importante antecipar estas situações em tratamento antes de se encontrar nas situações acima descritas, para que o paciente possa lidar adequadamente e evite o uso. Os dependentes em tratamento nunca devem testar-se, para saber “como estão indo no tratamento”. Este fenômeno é muito visto entre os pacientes, que acreditam que “passando no teste” estarão provando que voltaram a conquistar o controle sobre a droga e que “jamais irão consumir novamente”. Infelizmente nada poderia ser mais falso que isto. Mesmo passando no “teste” o paciente estará mais próximo de uma recaída, por ter se aproximado ao ambiente de consumo e, provavelmente, por excesso de autoconfiança.
6 - Procurar outras recompensas (fontes de prazer)
Durante a trajetória da dependência os indivíduos costumam afastar-se de praticamente todas as formas de lazer que não se encontram associadas diretamente ao consumo.Freqüentemente abandonam hobbies, afastam-se de pessoas que não usam, param de exercitar-se; com a evolução da dependência mesmo o interesse no sexo reduz muito, e a vida torna-se escassa de prazeres não quimicamente induzidos. O aprendizado de como voltar a estar em sintonia com o mundo “careta” é uma das tarefas mais difíceis da recuperação. Alguns indivíduos chegam a relatar que “desaprenderam a falar” sem o efeito das drogas.
7 - Cuidados pessoais: aparência, alimentação, exercício etc.
A cocaína, por exemplo, é um potente inibidor do apetite, de forma que usuários crônicos tendem a apresentar deficiências de diversos nutrientes e vitaminas. Alguns indivíduos dependentes de álcool e/ou drogas ingressam no tratamento realmente depauperados fisicamente.Da mesma forma, o condicionamento físico do paciente costuma ser negligenciado, indicando a inclusão de exercícios físicos na recuperação do paciente. O exercício pode, ainda, auxiliar a controlar ansiedade do indivíduo, facilitando a manutenção da abstinência, e produz sensação de bem-estar pela liberação de substâncias (endorfinas), que podem resultar em redução do desejo pelo consumo.


Fases do tratamento de abuso e dependência de álcool e drogas

- Desintoxicação ou Promoção da abstinência
Fase de abstinência sob supervisão médica dos efeitos do consumo de álcool ou outras drogas. Fisiologicamente esta fase dura poucos dias, porém a vontade de consumo pode persistir por meses. O uso de medicações pode reduzir o desconforto dos usuários ou mesmo minimizar as complicações médicas. A desintoxicação estabiliza o paciente, permitindo que ele ingresse na próxima fase do tratamento. Porém a desintoxicação sozinha tem mínimo impacto na dependência

- Reabilitação
É a fase do tratamento em que os paciente aprendem como modificar seu comportamento para manter a abstinência. Inúmeras modalidades terapêuticas podem (e devem) ser utilizadas para esta finalidade – aconselhamento individual e familiar, aprendizado sobre dependência e sobre as substâncias que consome, psicoterapia individual e familiar, medicações contra as vontades de consumo que o indivíduo apresenta, treinamento social e vocacional, e outros processos são integrantes desta fase. Grupos de mútua-ajuda devem sempre ser incluídos no processo de reabilitação

- Cuidados continuados
Muitos dos pacientes dependentes devem se manter em tratamento por um período longo em suas vidas. Esta fase é composta de propostas para a manutenção do estado de sobriedade frente às dificuldades de suas vidas. Participação em grupos de mútua-ajuda é um dos mais conhecidos meios de manutenção dos benefícios conseguidos em um tratamento. Outras possibilidades para esta fase são oferecidas pelas comunidades terapêuticas. Elas oferecem um ambiente bem estruturado para indivíduos que não disponham destes recursos em sua vida. As internações nestas instituições são freqüentemente longas, possibilitando uma estruturação da vida do indivíduo antes dele retornar ao seu ambiente de vida. Todas as modalidades oferecem suporte moral e encorajamento.

- Prevenção de recaídas
Estratégias que podem ser aplicadas conjuntamente ou logo após o tratamento primário (desintoxicação ou reabilitação). Em geral estas estratégias têm o objetivo de antecipar (e lidar) com as situações em que os pacientes terão possibilidade de recair, ajudando-os a adquirir instrumentos eficazes para evitar uma recaída, também modificando seu estilo de vida. Assim sendo são efetivas na redução da exposição dos indivíduos às situações de risco, fortalecendo suas habilidades de evitar uma recaída.
Fonte: GREA - Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas


As regras do tratamento - Passo a passo as normas impostas pela Anvisa para o funcionamento das comunidades terapêuticas


Como deve ser escolhida a instituição que cuidará do tratamento da dependência de drogas de um familiar ou de um amigo próximo? Essa é uma pergunta muitas vezes presente nas consultas feitas à Abrafam (Associação Brasileira de Apoio aos Familiares de Droga-dependentes) - mas para a qual não existe uma resposta única. Em primeiro lugar, porque não existe tratamento que sirva para todos. Em qualquer área da saúde, cada indivíduo apresenta necessidades diferentes e reações diferentes às mais variadas terapias. Assim, não seria possível compor um "guia de tratamento de drogadependentes". E, certamente, se existisse um, não haveria tantos dependentes em apuros...
No entanto, algumas orientações básicas são imprescindíveis. A primeira delas é verificar se, no mínimo, a lei está sendo cumprida. O tratamento da drogadição pode ser realizado das mais diferentes formas: em regime de ambulatório, domiciliar ou de internamento, sendo que esse último ainda subdivide-se entre vários tipos de serviços prestados por diferentes instituições: clínicas, hospitais, comunidades terapêuticas. E, com relação às comunidades terapêuticas, a legislação existe para defender o paciente.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, órgão do Ministério da Saúde, publicou, em maio, a Resolução número 101, preparada por membros de diferentes áreas, que trata do assunto. Ali estão descritas regras de funcionamento que devem ser do conhecimento de qualquer pessoa internada ou que tenha providenciado o internamento de alguém, pois deslizes ou claros exemplos de negligência podem passar despercebidos por pura falta de informação. Assim, para apoiar a família nesse universo tão grande de comunidades espalhadas por todo o país, acompanhe este estudo e confira o texto integral da Resolução a seguir.

Para que serve
A Resolução 101, de 30 de maio de 2001, segundo Gonçalo Vecina Neto, que a assina, vem para normatizar e estabelecer padrões mínimos para o funcionamento de serviços públicos e privados de atenção às pessoas com transtornos decorrentes do uso de drogas. Expõe exigências mínimas para o funcionamento dessas instituições, denominadas de comunidades terapêuticas e dá prazo de dois anos para que as que já existem adaptem-se às normas (portanto, até 2003).

A quem se aplica
As normas se aplicam a qualquer pessoa física ou jurídica, de direito privado ou público, envolvida direta ou indiretamente na atenção a indivíduos com transtornos decorrentes do uso de substâncias psicoativas, sejam elas quais forem. Esses responsáveis, podem ser, portanto, uma empresa - um hospital, por exemplo, público ou privado - ou uma pessoa - um médico, um religioso ou qualquer outro interessado em responsabilizar-se pela instituição. Assim, não vale dizer que só os espaços públicos têm que seguir a regra: todos que se proponham a prestar esse tipo de tratamento estão sujeitos ao que determina a Resolução. E mais: uma pessoa deve designar-se como responsável técnica pelo estabelecimento e deve ter curso superior completo na área de saúde ou da assistência social.

Penalidades
Tratando-se de uma Resolução - e não propriamente de uma lei - quem não cumpre as regras é penalizado de acordo com o que determina a Lei 6.437, de 20 de agosto de1977, pois não agiu de acordo com o determinado pela Vigilância Sanitária e, portanto, incorreu no que é chamado de "infração sanitária". A Vigilância se atribui a obrigação, inclusive, de fiscalizar essas instituições anualmente (para o que requer livre acesso às instalações). Está escrito no texto da Resolução. Se essa meta puder ser cumprida, isso significa que as entidades deverão manter também em ordem a documentação relacionada às licenças de funcionamento, prontuários de pacientes etc., pois qualquer irregularidade poderá significar infração.

O que são as comunidades terapêuticas
De acordo com o texto da Resolução, as comunidades terapêuticas são lugares onde se internam - em regime de residência ou por turnos - pessoas que precisem de serviços de suporte e terapia por uso ou abuso de substâncias psicoativas. Nesses locais, "o principal instrumento terapêutico é a convivência entre os pares", diferenciando o tipo de tratamento aplicado ali ao de uma psicoterapia individual, por exemplo, ou do oferecido num hospital geral. Na comunidade terapêutica, o interno convive com outras pessoas que estão nas mesmas condições que ele e com quem pode trocar experiências.

Avaliação
No momento da internação, o paciente deve ser avaliado segundo uma série de critérios descritos na Resolução e classificado de acordo com a gravidade de seu estado (muito dependente da droga e com grandes comprometimentos), com a sua motivação para se tratar de acordo com os danos que a droga já provocou em seu organismo e em sua mente. Além disso, o avaliador deve verificar quais são as condições familiares. Essa avaliação necessariamente tem que ser feita conforme os critérios descritos na Resolução e todos os dados registrados num relatório.

Quem pode se internar?
As comunidades terapêutica não podem recusar-se a atender uma pessoa pelo fato de que ela apresenta, além da dependência de drogas, alguma outra doença associada. Também não pode "escolher" tratar apenas um dos mais comprometidos ou apenas daqueles cujo comprometimento pelo uso de substâncias psicoativas ainda não é tão grave. Após uma avaliação diagnóstica, química e psiquiátrica, os resultados têm de ser anotados numa ficha de admissão. Quem apresenta comprometimento grave do organismo ou da psique deve, necessariamente encaminhado para um serviço especializado, ou seja, ao um hospital ou unidade de terapia intensiva, que possa cuidar de reverter os danos ao corpo, e/ou a um hospital psiquiátrico.
Crenças religiosas ou ideológicas também não são motivos para recusa da internação. Da mesma forma, ninguém pode ser ou permanecer internado contra a vontade nesse tipo de instituição - a menos que encaminhada por um mandado judicial - e todos os pacientes têm o direito de interromper o tratamento no momento que desejarem, exceto se estiverem em risco de vida (por intoxicação ou ameaça de suicídio, por exemplo) ou pondo em risco a vida de outros.


Regulamento Interno
Ao admitir um paciente, a instituição deve expor a ele e a seus familiares sobre suas normas de funcionamento, regime de internação e proposta de tratamento, já com uma previsão do tempo previsto para sua conclusão. Toda a rotina do horário de despertar, atendimento individual ou grupal, programas educacionais, etc., deve ser entregue por escrito. As atividades obrigatórias e opcionais, os critérios de alta e de acompanhamento após a alta também devem ficar bem claros nesse documento e o paciente ou responsável assinará um termo de concordância com o regulamento.


Instalações e Capacidade
As comunidades terapêuticas devem ter capacidade máxima de alojamento para 60 residentes, alocados em, no máximo duas unidades. Isso vale para instituições criadas a partir da data da Resolução. As que existiam anteriormente podem ter até 90 moradores em no máximo três unidades. As comunidades que também prestam atendimento médico devem estar de acordo com a legislação (e licenças de funcionamento) específicas. A Resolução faz uma sugestão das instalações ideais.


Medicamentos
Algumas vezes, é admitido um interno que já utiliza algum tipo de medicamento de venda controlada (psiquiátrico ou para tratamento de qualquer doença). A direção da comunidade terapêutica deve responsabilizar-se, nesses casos, pela guarda e administração do medicamento ao paciente. Nos casos em que a comunidade também presta atendimento médico de desintoxicação - em que, muitas vezes, são utilizadas substâncias psicoativas semelhantes ás drogas de abuso e que podem, portanto, provocar dependência quando usadas sem controle, a instituição deve ter licença de funcionamento específica e submeter-se a regulamento técnico próprio do Ministério da Saúde.


Direitos do Paciente
A Resolução da Anvisa descreve que todo paciente, durante a internação na comunidade terapêutica, tem direito:
- a exercer sua cidadania (votar, por exemplo)
- ao sigilo sobre suas condições clínicas e psíquicas
- a cuidados com sua segurança
- a alojamentos e higiene adequados
- a receber alimentação nutritiva
- a estar livre de castigos físicos, psíquicos ou morais
- ao livre exercício de sua espiritualidade
- ao cumprimento de recomendações médicas
- a ser encaminhado para outros serviços quando a comunidade não for capaz de resolver intercorrências
- a receber seus medicamentos de acordo com a prescrição médica

Revista Droga e Família - Órgão Oficial da Abrafam - Associação Brasileira de Apoio às Famílias de Drogadependentes




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Legislação
Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976... veja mais.
Dispõe sobre medidas de prevenção e repressão ao tráfico ilícito e uso indevido de substâncias entorpecentes ou que determinem dependência física ou psíquica, e dá outras providências.
• Situação: parcialmente revogada pelas leis nº 7.560 e nº 9.804; alterada por medidas provisórias
Propaganda de cigarros e outros produtos similares... veja mais.
Até o final de Junho de 2003 eram proibidas as propagandas de cigarros em todos os veículos de comunicação no Brasil pela Lei n.º 9.294, de 15 de julho de 1996. Só seriam permitidas propagandas no interior dos locais de venda do produto, por meio de pôsteres, painéis e cartazes. A Lei proíbe ainda anúncios em outdoors, placas e cartazes luminosos.

Por que usar drogas deve constituir um crime
1 – Fazem mal à saúde
Maconha provoca câncer, cocaína aumenta as chances de isquemia e ataque cardíaco. Além disso, o uso de drogas reduz a auto-estima e aumenta a chance de depressão.

2 – Causam dependência
Cocaína, heroína e maconha causam vício com o uso freqüente. Estatísticas indicam que até 10% dos usuários de maconha ficam dependentes.

3 – Incitam a violência
Na Holanda, 5 000 dos 25 000 dependentes de drogas são responsáveis por cerca de
metade dos crimes leves. Na Inglaterra, eles respondem por 32% da atividade criminal.

4 – As mais leves levam às mais pesadas
Quase todos os usuários de drogas pesadas já consumiram maconha. O governo americano diz que fumar maconha aumenta em 56% a chance de consumo de outra droga.

5 – Sem punição, o uso vai aumentar
A Holanda liberou o uso de maconha e ele subiu 400%. Nos Estados Unidos, o uso de álcool caiu 50% com a Lei Seca (1920-33) e só voltou ao nível anterior em 1970.

6 – Causam prejuízo à sociedade
Usuários de drogas consomem mais recursos do sistema público de saúde e têm produtividade menor.

7 – Pervertem quem as usa
O uso da droga transforma pessoas produtivas em indolentes, responsáveis em inconseqüentes, cidadãos em párias.
Fonte: Revista Super Interessante
Você Sabia ?
... Na mulher, o uso de Maconha, perturba o ciclo menstrual e altera o metabolismo da ovulação resultando períodos imprevisíveis de infertilidade.


... Espermas de homens viciados em Maconha, revelam menor numero de espermatozóides e maior numero de defeitos genéticos.


... O uso de maconha afeta a produção de espermatozóides e óvulos.


... Fumar aumenta as complicações pós-operatórias, especialmete em idosos, obesos e pacientes em tratamento de doenças cardíacas ou respiratórias


... Fumar prejudica o tratamento de doenças como gastrite, úlcera péptica, esofagite de refluxo, angina, insuficiência cardíaca, bronquite, enfisema e asma


... A chance de viver até os 73 anos é de 42% em fumantes e 78% em não-fumantes


... Fumar aumenta o risco de infertilidade e de complicações na gravidez


... Fumar eleva o risco de rugas prematuras e de celulite e interfere na cicatrização de feridas cirúrgicas


... Cocaína na gravidez causa perda de neurônios em cérebro de bebê.


... Divulgado em janeiro de 2001, o relatório da ONU afirma que 4,2% de toda a população mundial acima de 15 anos consome drogas, cerca de 180 milhões de pessoas


... Aproximadamente 4.700 substâncias tóxicas já foram encontradas no cigarro (nicotina, alcatrão, amônia, monóxido de carbono, agrotóxicos, substâncias radioativas e muitas outras)


... O tabagismo diminui a fertilidade, a idade de menopausa natural e o peso corporal


... Cerca de 90% dos casos de morte por câncer no sistema respiratório são causados pelo tabagismo


... A nicotina é a droga do tabaco responsável pela dependência


... Os processos farmacológicos e suas consequências no comportamento, causados pela dependência do tabaco, são similares àqueles que determinam a dependência da heroína e da cocaína


... De todos os fumantes que tentam parar de fumar pela primeira vez, apenas 17,2% conseguem largar o vício


... Os consumidores crônicos de maconha sofrem de perda de memória e desvios da atenção


... 20% das internações psiquiátricas em 1999 foram causadas pelo consumo de álcool e custaram aos cofres públicos R$57 milhões


... 90% dos fumantes brasileiros se tornam dependentes ainda crianças e adolescentes, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca)


... Segundo a Organização Mundial de Saúde, a cada 10 segundos alguém morre precocemente devido aos efeitos do tabagismo.


... A nicotina é uma droga mais letal que a maconha e vicia com mais facilidade que a heroína


... Quem usa maconha tem 56% mais chances de vir a consumir outro tipo de droga


... O Brasil já é o segundo maior consumidor de drogas do mundo, só perdendo para os Estados Unidos da América (EUA)


... Alguns fortificantes como o "Biotônico Fontoura" tem teor alcoólico de 9,5%


... Os fumantes passivos se equivalem a fumantes que consomem 10 cigarros por dia


... Mais de 200 tipos de cânceres têm forte relação com o tabaco, que comumente provoca problemas cancerígenos no pulmão, mama e próstata


... O tabaco causa 25 tipos de doenças


... Um pequeno chumaço de fios de cabelo, de 15 centímetros, pode revelar que o investigado usa droga há dez meses


... Atualmente, quase 14 milhões de americanos, um em cada 13 adultos, abusam do álcool ou são dependentes do álcool


... As mulheres têm um risco ainda maior de desenvolver câncer de mama se beberem dois ou mais drinques por dia


... Cerca de 10 a 20% de bebedores pesados desenvolvem cirrose alcoólica, ou degeneração do fígado


... A hepatite e a cirrose alcoólica podem levar à morte se o indivíduo continuar a beber


... Crianças que nascem com problemas devido à bebida podem ter problemas de aprendizado e de comportamento para toda a vida


... O álcool reage negativamente com mais de 150 medicamentos


... A cafeína causa dependência psicológica


... Fumar mata mais americanos a cada ano do que álcool, cocaína, crack, heroína, homicídio, suicídio,acidentes de carros, incêndios e AIDS combinados.


... A nicotina produz dependência mais rápido do que a cocaina e crack


... A maconha foi confirmada como um trampolim para as drogas mais pesadas


... O crack é cinco a sete vezes mais potente do que a cocaína


... Apenas um cigarro é suficiente para contrair todos os vasos sanguíneos do corpo


... Os efeitos sedativos dos inalantes combinados aos do álcool podem causar morte súbita.


... Um comprimido de ecstasy equivale a 6 horas de euforia e uma semana de depressão e insônia


... 20 mil brasileiros morrem a cada ano, em decorrência do consumo de tóxicos ou de crimes relacionados com o tráfico


... A maconha é dez vezes mais cancerígena que o cigarro


... 150 mil óbitos/ano por alcoolismo nos USA


... As drogas circulam de maneira previsível pelo corpo e ganham maior velocidade e alcance a partir do momento em que entram na corrente sanguínea


... 27,5% dos pacientes tiveram problemas com drogas mais de um ano antes dos primeiros sintomas da esquizofrenia

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