Quem nunca despetalou uma margarida branca brincando de mal me quer - bem me quer, torcendo para que a última pétala fôsse a do bem me quer?
Enquato despetala a pobre flor a pessoa firma seu pensamento na pessoa amada, e torce compulsivamente (ou seria obsessivamente?) para que a adivinhação seja positiva.
A euforia ou o desânimo, tudo ou nada, oito ou oitenta, ter alguém ou ficar solitário para o resto da vida!
A única coisa que não é questionada é se despetalar margaridas é uma forma comprovada de adivinhar o sentimento do outro. Nada demais quando se é adolescente e o sofrimento é acompanhado de uma boa dose de otimismo mesmo quando a última pétala é a do mal me quer. Afinal sempre é possível iniciar a adivinhação com outra margarida até que a profecia nos favoreça.
Leitura mental? Argumentação mental? Catastrofização, otimismo irrealista? Imaturidade? Desespero?
Um pouco de tudo, mas principalmente uma estratégia compensatóra de controle para amenizar a crença de vulnerabilidade derivada da crença de não estima.
Precisamos aprender a não sacrificar as margaridas, mas talvez oferecê-las a quem desejamos que nos estime. Não que isto garanta a realização de nossa meta, mas que aumenta, aumenta!
Precisamos nos habituar a investigar a comprovação de que algo de fato funciona ou não.
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