TCC 2015

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domingo, 12 de agosto de 2007

Ninguém olha o mundo com os olhos do outro.


A relação entre pais e filhos é uma relação íntima, ou seja, de muitas expectativas entre ambos. Os pais torcem para que seus filhos sejam estimáveis, adequados, capazes e fortes e os filhos esperam ser compreendidos pelos pais quando não atenderem totalmente suas expectativas.
Quando os filhos correspondem a relação segue tranquila, quando os filhos são compreendidos por não corresponderem a relação continua tranquila.
Pais de filhos pequenos compreendem mais as frustrações, pois imediatamente justificam os resultados dos filhos como específicos, passageiros e não intencionais. Podem pensar: - "Daqui a pouco será exatamente como eu quero".
Filhos pequenos também aceitam melhor quando não são compreendidos, embora depois de uma boa birra, porque são mais otimistas nesta fase.
Mas, na medida que as crianças demonstram maior domínio as expectativas aumentam e tornam-se regras e os fracassos podem ser considerados intencionais, gerais e permanentes, causando grandes danos na relação.
Pais agem como se tivessem sido desconsiderados totalmente os filhos podem reagir com indignação ou depressão.
É preciso que pais lembrem-se que as expectativas são sonhos, metas, desejos apenas imagináveis, ou seja, mesmo que importantes elas são apenas hipóteses criadas em sua mente ou em seu coração.
Não há problemas em desejar, torcer, querer e até colaborar para que as hipóteses se concretizem, mas não podem tornarem-se exigências ou regras condicionais para os filhos.

Esses conflitos são decorrentes de PAns, pais e filhos podem entenderem-se melhor se verificarem a presença de PANs; que nesta questão podem ser muitos, exemplo:
PAN de generalização: o fracasso não ocorreu ou está ocorrendo em todas as situações da vida.
PAN de catastrofização: o fracasso ocorreu e pode ter ocorrido, mas nada garante cem por cento que continuará ocorrendo no futuro.
PAN de personalização externa: o outro tem 100% responsabilidade pelo erro cometido.
PAN de Leitura mental ou Inferência arbitrária: o desejo de errar já era conhecido, mesmo que a pessoa jamais tenha falado.
PAN Autoritário ou ele deve: a pessoa tem a obrigação de pensar, sentir e agir como eu penso, sinto e ajo.

As Evidências Contra esses pans na relação entre pais e filhos existem, e são muitas:

"Filhos não sentem como os pais e pais não sentem como os filhos, existem diferenças cognitivas e tmbém na intensidade emocional e biológica, entre outras".

"Ninguém olha o mundo com os olhos do outro".

Bibliografia recomendada: Aprenda a ser otimista de Martin Seligman.

Arnaldo Vicente

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